tag:blogger.com,1999:blog-10013961.post1706728919901218386..comments2023-10-31T11:52:19.305+00:00Comments on Crónicas das horas perdidas: #YesAllWomenUnknownnoreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-21186217310738536292014-06-27T15:35:00.037+01:002014-06-27T15:35:00.037+01:00Olá Luna! Bons olhos (os meus) te revejam. E basta...Olá Luna! Bons olhos (os meus) te revejam. E bastaram duas páginas de publicações para perceber que realmente pensamos de igual forma: ou o mundo está todo do avesso, ou estamos a regredir, ou simplesmentos, nós é que estamos erradas e os analfabrutos é que sempre estiveram certos. <br />Resumo... ser mulher, mesmo num país "ocidental", "instruído", "culturalmente democrático", é igual a ser-se ... nada. A fêmea existe para procriação e como tal, pode estar vestida ou despida, maquilhada ou sem um único resíduo na face, que o que ela quer no final das contas é sexo. Ou ser fodida - pardon my french (que eu também ser usar vernáculos). De uma forma ou de outra, se tu passas na rua e és assediada, seja de que forma for, deves aceitá-lo de preferência com um sorriso. Estranhamente também aprendi que reagindo desta forma a probabilidade de NÃO sermos vítimas de uma agressão é muitíssimo superior, uma vez que se de uma forma ou de outra, não passamos de umas oferecidas, não há coisa pior do que a oferecida ofendida (a tal que quer, mas depois arma-se em cara). Então, wave and smile, wave and smile. <br />Pior que isto foi, mais uma vez constatar, que no Brasil nunca, por mais locais onde esteja, me senti perturbada ou incomodada por isso, enquanto que logo na primeira noite em Lisboa, após ter regressado dos trópicos, senti um desconforto brutal e honestamente passo o tempo a olhar over my shoulder just in case. Vá-se entender... Cláudia Paiva Silva https://www.blogger.com/profile/17965275989735342908noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-42995586580285425722014-06-10T12:19:51.942+01:002014-06-10T12:19:51.942+01:00O Ernesto deve ser dos poucos homens a perceber o ...O Ernesto deve ser dos poucos homens a perceber o "centro" da questão. Lá está... ter filhas muda as prespectivas.lado obscurohttps://www.blogger.com/profile/10389359639486595302noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-55309624687956618912014-06-10T12:13:47.862+01:002014-06-10T12:13:47.862+01:00Essa das plantas mata-me! Também sou vegetariana (...Essa das plantas mata-me! Também sou vegetariana ( e só aturo barbaridades). Enquanto mulher assino por baixo de tudo o que já foi dito. Temos direito a sair de casa descansadas e regressar seja a que horas for.lado obscurohttps://www.blogger.com/profile/10389359639486595302noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-64142069778798965572014-06-05T08:33:40.017+01:002014-06-05T08:33:40.017+01:00Caro Ernesto, violência é violência.
E quem a sof...Caro Ernesto, violência é violência. <br />E quem a sofre é vitima. EJSantoshttps://www.blogger.com/profile/05852368107744304790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-79401630840574129942014-06-04T00:57:53.857+01:002014-06-04T00:57:53.857+01:00Pois não, e também há fome no mundo.Pois não, e também há fome no mundo.A.https://www.blogger.com/profile/13991434088653622894noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-91167948603418797512014-06-03T18:56:42.556+01:002014-06-03T18:56:42.556+01:00Ernesto, é apenas mostrar que as mulheres não são ...Ernesto, é apenas mostrar que as mulheres não são as únicas vítimas do mundo - que não são.S*https://www.blogger.com/profile/17482032885928485410noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-10860366405217977682014-06-03T18:39:06.247+01:002014-06-03T18:39:06.247+01:00S, não, não está. É desconversar. Se se está a fal...S, não, não está. É desconversar. Se se está a falar de um assunto tão comum, que é o facto de as mulheres serem agredidas (seja lá como for, nem que seja um simples olhar) tantas vezes, não tem jeito nenhum vir dizer "ah, mas os homens também". Ou seja, se há um post a dizer "ser mulher é chato porque..." não tem jeito vir um post dizer "ah e então ser homem? Isso é que é!". Num ex.totalmente diferente, se alguém se queixa porque partiu a perna, não vejo a lógica de vir alguém dizer "então e eu que parti o lóbulo da orelha?". Nas discussões de casais acontece muito (digo eu...), ela diz "hoje nem me deste um beijo e estou triste com isso" e ele diz "há dois anos nem me abraçaste quando eu cheguei a casa". Ou seja, em vez de se falar do assunto presente e em questão vão-se buscar coisas que não têm nada a ver. E que é o caso no "notallmen". Claro que "not all". O problema são os que não fazem parte dos "not all". Isto é assim: um homem tem uma irmã, uma mulher, amigas... mas quando tem uma filha, caraças, rasga-se um véu!Helena https://www.blogger.com/profile/16573587078549065328noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-24112925711804901452014-06-03T14:39:28.828+01:002014-06-03T14:39:28.828+01:00Está tudo relacionado.Está tudo relacionado.S*https://www.blogger.com/profile/17482032885928485410noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-59711570730056084722014-06-03T14:36:32.485+01:002014-06-03T14:36:32.485+01:00Quando a cara metade diz "olha, não gostei di...Quando a cara metade diz "olha, não gostei disso que acabaste de dizer, chateou-me, e não concordo e tal..." a melhor maneira de acabar com a conversa é dizer " e eu não gostei daquilo que disseste na semana passada" e que é um assunto totalmente diferente. Querem falar do que os homens sofrem? Façam um post sobre o assunto. Não aproveitem o post que fala do que as mulheres sofrem. Senão, nunca chegamos a lado nenhum. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.Helena https://www.blogger.com/profile/16573587078549065328noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-27615187289938875372014-06-03T14:30:00.055+01:002014-06-03T14:30:00.055+01:00Há cerca de 3 anos estava de saia (saia pelo joelh...Há cerca de 3 anos estava de saia (saia pelo joelho), a caminho de casa, à hora de almoço. Senti, de repente, um homem a dar uma corrida atrás de mim, a erguer-me a saia. Estava de collants pela coxa e o cabrão ainda me disse, enquanto se pirava para ir embora "isso é bonito, isso é bonito!". Lembro-me de ter dado um gritinho e de ter ficado a tremer. Nem entendi bem o que se passou. Era um homem novo, na casa dos trinta anos, bem parecido. Ergueu-me a saia, viu-me as pernas, e pôs-se no caraças. <br /><br />No comboio, há cerca de 5 anos, estava a pescar fanecas - a dormitar. Como estava a dormir, aquilo parecia tudo irrealista. Tinha alguém a passar-me a mão nas coxas (estava de calções pelo joelho). Acordei sem perceber se tinha sonhado ou se era real. Quando saio do comboio e um rapaz (parecia-me ter atraso mental ligeiro) me dá a mão para me ajudar a sair do comboio e me pergunta "vamos?", percebi que não tinha sonhado. Comprou o bilhete, entrou no metro atrás de mim, seguiu-me até casa. Cerca de meia-hora. Quando estava a chegar ao meu prédio, tive de bater pé (ele até tremeu) e dizer que o meu namorado estava a chegar. Pôs-se na alheta.<br /><br />Sim, acredito que as mulheres sofram mais com este tipo de situações. Mas, como o Pipoco referiu, os homens também sofrem muito - porque há sempre os idiotas que acham que é "de homem" desafiar para uma luta, para um murro, para uma troca de palavras. O mundo é uma merda para todos.S*https://www.blogger.com/profile/17482032885928485410noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-28140572301768574242014-06-03T14:17:26.872+01:002014-06-03T14:17:26.872+01:00Eu pedi.
Pedi quando daquela vez que com os meus...Eu pedi. <br /><br />Pedi quando daquela vez que com os meus 12 anos fui encurralada na escola (!) à noite depois de uma visita para observação da lua. Fui encurralada à entrada, enquanto esperava pelos meus pais, por um grupo de rapazes bem mais velhos que eu, provavelmente já com 17/18 anos, que me cercaram e bloquearam qualquer fuga. Passou imensa gente por nós, incluindo funcionários. Eu, miúda, cheia de medo não consegui dizer uma palavra sequer mas ninguém achou estranho. Quando escalou e começaram a aproximar-se mais veio um colega ter comigo e pediu para que desaparecessem. Morria de medo sempre que ia para a escola depois disso, sempre à espera que me reconhecessem. Não trazia nenhuma saia vestida mas calças de ganga e uma gabardina roxa. Nunca mais a usei.<br /><br />Também as pedi quando um colega (tinha eu uns 13/14 anos) se aproveitava das aulas em que fazíamos trabalhos em grupos para passar as mãos pelas minhas pernas e para me apalpar sempre que passava por ele. Este último gerava gargalhadas. Afinal é divertido e eu estava a pedi-las....<br /><br />Conheces? http://hypnoticowl.com/theday/play/ é bastante forteRaquelhttps://www.blogger.com/profile/16078020944925144894noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-66477037590448938072014-06-03T12:13:47.158+01:002014-06-03T12:13:47.158+01:00Eu acho que hoje já não consigo mais discutir isto...Eu acho que hoje já não consigo mais discutir isto, mas queria só partilhar isto: aquando das últimas discussões que houve, vi não só muitos homens naturalmente do "nosso" lado da barricada, concordando com a necessidade e pertinência da discussão como, mais especificamente, tive dois amigos que me contaram que mudaram de opinião depois de terem consciência do quanto era incómodo, degradante, do quanto uma mulher se sentia limitada na sua esfera de acção, conspurcada e ameaçada. Um deles até escreveu um texto fabuloso que circulou no Facebook, tenho de ver se o encontro e to mando. <br /><br />E honestamente achei isto um fenómeno natural - a maior parte dos homens que conheço, e o Pipoco certamente também, abstém-se de grosserias (já nem falo de comportamentos violentos) e portanto não se sente necessariamente atacado quando se fala de violência de género. E, por isso quando tentamos, numa conversa calma que reconheço que às vezes nos falha, explicar como é que agressões verbais e a ameaça da violência nos limitam e incomodam, pelo menos os mais empáticos e sensíveis de entre eles vão aceitar a nossa perspectiva do problema e a relevância do mesmo, sem terem necessidade de passar pela mesma experiência.Rita Mariahttps://www.blogger.com/profile/07337030669916341290noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-1885985572835322792014-06-03T11:52:32.058+01:002014-06-03T11:52:32.058+01:00Sendo mulher, obviamente que discordo da opinião d...Sendo mulher, obviamente que discordo da opinião do Pipoco de que "também os homens vivem situações de perigo, e então?". Não é comparável.<br />Infelizmente, penso que a opinião do Pipoco, e da grande maioria dos homens, por mais empatia que sintam connosco, é essa porque só pode ser. Não tem como não ser. Porquê? Porque eles, sendo homens, nunca vão saber o que é estar na pele de uma mulher a sentir-se ameaçada sexualmente. Quem não sente, não compreende como é diferente, tão diferente, um insulto/ameaça "normal" de uma ameaça sexual. E portanto, o Pipoco quase que nem tem culpa de pensar assim. Se nunca sentiu, como pode compreender a diferença?marhttps://www.blogger.com/profile/16835663958197886775noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-89773901680059386922014-06-02T22:16:49.797+01:002014-06-02T22:16:49.797+01:00Diz-me então que o seu comentário nada teve a ver ...Diz-me então que o seu comentário nada teve a ver com os meus anteriores... Parece-me pouco provável, mas se assim foi de facto a minha resposta perde sentido. Lamento por isso. (Para as restantes inquietações é ir lá espreitar a minha casa que já lhe respondi.)NMhttps://www.blogger.com/profile/13361450122806539971noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-38205502317180468622014-06-02T20:34:39.799+01:002014-06-02T20:34:39.799+01:00Não, não veio de comentários anteriores. Veio, com...Não, não veio de comentários anteriores. Veio, como a grande maioria dos outros, da junção de todos os argumentos que me lembrei ter ouvido até hoje para defender quem pratica violência sexual e acusar a vítima (o do instinto é um dos mais frequentes, mas acho que ainda não o vi nesta discussão) . <br /><br />Sim, há homens que também são sexualmente violentados, embora sejam muito menos. Da mesma maneira que são muitos mais os homens que as mulheres soldados. Mas isso altera exactamente o quê nesta discussão? Nada. Não é por também haver homens violentados nem por eles sofrerem mais de outro tipo de problemas que o da violência sexual conta mulher (incluindo piropos) se torna menos pertinente, como acredito que a NM concordará. Esse tipo de observações só serve para desconversar.Navajovskyhttps://www.blogger.com/profile/12153497843857439052noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-82112784563141884912014-06-02T17:16:18.433+01:002014-06-02T17:16:18.433+01:00errata: perpetradaerrata: perpetradaA.https://www.blogger.com/profile/13991434088653622894noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-86203747206809233832014-06-02T17:07:03.325+01:002014-06-02T17:07:03.325+01:00AnaC, por acaso já esperava que alguém levantasse ...AnaC, por acaso já esperava que alguém levantasse a questão da violência sexual contra homens, e uma vez mais, essa violência é maioritariamente perpretada por outros homens.. E ao falarmos de violência sexual, e do que se pode fazer para a combater, enquanto problema social, esse debate só poderá ser também benéfico para o sexo masculino.A.https://www.blogger.com/profile/13991434088653622894noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-23590537258544425932014-06-02T16:59:26.494+01:002014-06-02T16:59:26.494+01:00Não querendo dar razão ao pipoco, que não tem, por...Não querendo dar razão ao pipoco, que não tem, porque a agressão sexual é muito mais violenta do que uma simples agressão não sexual, que é o que ele tem comparado, venho expor outro lado da questão: a agressão sexual contra rapazes também existe, muitas vezes os agressores sabendo que se agredirem uma menina, mais facilmente são "apanhados", viram-se para os rapazinhos mais fracos. Eu conheço um caso assim, em que ninguém queria acreditar no miúdo precisamente por ele ser rapaz. Infelizmente, também não devem faltar casos destes, porque é mais vergonhoso para um rapaz admitir que foi "violado" pelos seus pares, ou porque ninguém acredita neles...<br /><br />e não estou a tentar diminuir a gravidade da violência contra as mulheres, estou mesmo só a dar o outro lado da moeda, que é sempre esquecido.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-14750017119844266312014-06-02T16:34:57.521+01:002014-06-02T16:34:57.521+01:00É incomparável. No 8º ano estive para levar porrad...É incomparável. No 8º ano estive para levar porrada de uma rapariga muito mais velha (sem motivo), andava cheia de medo, nem a podia ver (e às amigas, todas o triplo do meu tamanho), mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Estes dias, no trânsito, um tolinho não parou à entrada de uma rotunda, quase que batia no meu carro. Por fim, mais à frente ultrapassou-me e fez uma travagem brusca, para me obrigar a parar. Apeteceu-me atropelá-lo :) mas contive-me. Travei as portas e ele ficou aí uns 5 minutos a discutir do lado de fora, com a cara colada ao vidro. Mantive a calma, só lhe dizia: vai lá ver, é uma rotunda. Entretanto a namorada (ou amiga, ou irmã...) veio buscá-lo e pediu desculpa. Ele faria o que fez, se fosse um homem? Ou dois, ou ainda três? (e aí entra a questão do Pipoco e as diferentes respostas conforme o nº de marmanjos com os quais te deparas). Mas uma mulher tem muito mais a perder e estatisticamente mais suscepível de ser violada (desconheço quantos homens são violados, por ano). É tudo uma questão de poder sobre o outro e o nosso medo perante a situação depende das possíveis consequências, por isso, no geral, sim, as mulheres tem mais medo do que os homens e sofrem mais do que eles. <br /><br />Não, os homens não são todos iguais, mas penso que o mais importante é que se procurem soluções para um problema gravíssimo da nossa sociedade, que se fale sobre isso, que se mudem mentalidades, que se puna como deve ser (a começar pelos pequenos delitos), que se critique quem manda bocas, não desculpabilizando só por que se está habituada (o) a isso. Não ajuda nada esses homens que são diferentes dos tais mais agressivos desconversarem (é a minha opinião). Querem falar sobre a violência exercida sobre eles? Força. Mas não como resposta à exercida sobre as mulheres. Comecem o assunto do nada, debatam, procurem soluções. Não é só com este assunto, é um problema geral de muita gente: quem ajuda animais leva sempre com um espertinho que vem falar sobre as crianças, ou idosos ou a crise ou whatever. Os que nada fazem por causa nenhuma são os que mais dedos apontam aos outros, que se dedicam a uma ou mais causas específicas. No meu caso, muitas vezes ouvi esta frase, quando descobriram que sou vegetarinana: E as plantas? Really? Até então nunca se viu nem ouviu aquela pessoa toda ofendida fazer campanha pelo sofrimento do Reino Plantae!Anabela Diashttps://www.blogger.com/profile/04194954747617184172noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-49015800947364177272014-06-02T16:11:27.656+01:002014-06-02T16:11:27.656+01:00Uma vez, vinha do colégio de autocarro para casa, ...Uma vez, vinha do colégio de autocarro para casa, com uma farda que devia ser super apetecível para rebarbados, e vem um tipo encostar-se a mim. <br />Não havia lugares sentados, mas o autocarro não estava assim tão cheio que justificasse aquele encostar todo, quase colado, a aproveitar as curvas e solavancos para todo o tipo de roçadelas, e cheio de espaço vazio à volta. <br />Com os meus treze ou catorze anos, fui o caminho todo sem respirar, incomodadíssima, a morder o lábio... Até que foi demais. Ganhei coragem e gritei-lhe um "Importa-se de chegar para lá e não estar todo colado a mim?" alto e a bom som. <br />Ficou toda a gente no autocarro a olhar com ar acusador para ele, que envergonhado, meteu o rabo entre as pernas e saiu na paragem seguinte.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-83961501239314350752014-06-02T15:42:03.073+01:002014-06-02T15:42:03.073+01:00Tinha eu 16 e estava a caminho da minha aula de in...Tinha eu 16 e estava a caminho da minha aula de inglês em pleno centro da Invicta quando um gajo com tremendo mau aspecto e com idade para ser meu pai me apalpa o rabo em plena rua... lembro-me de ficar mortificada, de não dizer uma palavra sobre o assunto a ninguém sem ser ao meu (então) melhor amigo. O caso aconteceu perto da rua dele e ele mais tarde contou-me que aquele homem já era um "habitué" da zona, o que só me faz pensar como é que ninguém (mais velho e menos amedrontado do que eu) fez queixa...<br /><br />Uns aninhos mais tarde, tinha eu 19 anos, outra vez em pleno centro da Invicta, estava a caminhar para a paragem do autocarro, alheada nos meus pensamentos em modo "zone-out", quando começo a ouvir uma espécie de sussurrar. Olhei em volta e não vi nada de estranho no meio de tantos transeuntes, por isso continuei a andar. Passado alguns segundos voltei a ouvir a mesma coisa. Desta feita, ao virar-me, vejo um rebarbardo (este já com idade para ser meu avô) com a mão dentro das calças a olhar para mim e a murmurar coisas que gostaria de fazer a certos sítios meus... Misturei-me o mais depressa que pude com as pessoas que aguardavam na paragem, ele manteve-se à distância mas não deixou de olhar para mim e de me controlar. Ninguém naquela paragem notou, e se notaram ninguém fez nada... eu estava aterrorizada. Isto sem contar com o gajo que achou muita piada esfregar a dita cuja contra mim num autocarro em hora de ponta... como estava à pinha toda a gente acha que não é por mal, que apenas estamos todos sardinhas em lata. No estrangeiro também aconteceram cenas destas, como quando saímos uma vez à noite e um grupo de rapazes não largava algumas das minhas amigas, mesmo nós estando acompanhadas por amigos do sexo masculino, ao ponto de uma das minhas amigas quase os ter de ameaçar de porrada...<br /><br />(Luna, já comentei algumas vezes com outros nomes [fui eu quem uma vez disse que o massapão era uma instituição] mas vamos ver se este nome fica para a posteridade :) )Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-73826170955651177342014-06-02T15:34:59.679+01:002014-06-02T15:34:59.679+01:00Não me lembro de haver um Pedro no grupo, talvez f...Não me lembro de haver um Pedro no grupo, talvez fôssemos em quinzenas diferentes (nós costumávamos ir na segunda de Agosto). Continuámos a ir até 2000, embora já ficássemos em casas alugadas, mas íamos na mesma jantar lá à messe. Era bem fixe. :)A.https://www.blogger.com/profile/13991434088653622894noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-631983293953224962014-06-02T15:02:32.063+01:002014-06-02T15:02:32.063+01:00Esta parte de se confundir violência/humilhação se...Esta parte de se confundir violência/humilhação sexual, com umas chapadas (ou um roubo) é para os apanhados ?Carla R.https://www.blogger.com/profile/03728860483471600953noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-46693634009907736892014-06-02T14:31:18.657+01:002014-06-02T14:31:18.657+01:00E aqui venho eu acrescentar a parte mais banal da ...E aqui venho eu acrescentar a parte mais banal da história, já que o meu repúdio por esse tipo de assédio está garantido. Por momentos pensei ter participado na primeira parte da história, já que devemos ter mais ao menos a mesma idade e fui passar férias a Porto Santo por duas vezes, para a mesma messe, praticamente na mesma altura. Simplesmente, no meu grupo da altura não houve porrada. Bons tempos; estou velho.Pedro M.https://www.blogger.com/profile/04447834674747526574noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10013961.post-8459670525586055442014-06-02T14:27:50.021+01:002014-06-02T14:27:50.021+01:00O meu Pai, desde os oitos anos educado num colégio...O meu Pai, desde os oitos anos educado num colégio interno exclusivamente masculino, também argumentava como o Pipoco, enquanto era Pai de dois rapazes apenas. Mas depois nasceu-lhe uma menina. <br />Há gente a fazer mal a homens, mulheres, crianças, animais. Mas com o que uma mulher tem para "oferecer" e com aquilo que o homem quer, tornamo-nos um alvo mais comum. <br />Todas as mulheres têm histórias para contar. E um homem quando vem para cima da nós quer-nos bater, quer-nos penetrar, obtém prazer enquanto nos vê lutar, sangrar e implorar por que pare. Um homem desses está a violentar fisicamente (reversível na maior parte dos casos) e emocionalmente (irreversível na maior parte dos casos). Uma mulher faz sexo por escolha, por partilha, por rendição, por prazer. Dali nasceram ou nascerão os filhos dela. Desculpe lá, Pipoco, mas é sagrado. Não é comparável. Ambos os casos (violência contra homens e violação de mulheres) são graves mas, ainda assim, incomparáveis. <br />Anonymousnoreply@blogger.com