28 de fevereiro de 2009



Audrey Hepburn (de sabrinas)

Standards

Ter muitos amigos rapazes tem coisas boas e coisas más. Se por um lado nos ajudam a manter a sanidade mental, ensinando-nos uma visão prática e mais simples do dia a dia e prevenindo-nos de congeminar histórias mirabolantes nas nossas cabeças sobre tudo e sobre nada, por outro podem trazer-nos uma carrada de problemas. É que, convivendo (e vivendo) quase exclusivamente com rapazes, entramos num limbo de não feminilidade, estatuto quase gajo, o que acaba por ser péssimo para a auto-estima. Porque, sendo quase um deles, não faz sentido o flirt, e não havendo interesse, não há elogio. Não há reparos a um corte de cabelo ou um vestido novo, nem mesmo a um decote ou mini-saia. E se há, é em tom de gozo, transformando o eventualmente sexy em ridículo, o que nos leva a questionar a nossa sensualidade. E depois há as conversas sobre gajas no geral, gostam assim ou assado, não toleram isto ou aquilo, e os standards parecem sempre tão incrivelmente altos que, a certa altura, nos convencemos que de certeza nos acham a rapariga mais feia e sem graça à face da terra, aquela em que não pegavam sequer se fosse a última. Até que os vemos aparecer com verdadeiros camafeus. E aí, meses ou anos de auto-inferiorização e espectativas elevadíssimas, dão origem a uma desiludida indignação: "Isto? É que só pode estar a gozar!" E à revelação de que, afinal, talvez não sejamos assim tão más. Mesmo que nunca nos digam.

Adenda: Estou em Leiden há 5 meses e, para além de partilhar casa com um rapaz, ainda não tenho amigas raparigas. Só me dou com gajos. Confesso que começa a ser testosterona a mais.

27 de fevereiro de 2009

A lata


A lata desarma-nos. É aquilo que nos falta, having the nerve. Insegurança que escondemos sob a capa de cinismo e desdém. A ironia usada como escudo. Mas o medo excita e o abismo atrai. A audácia tem um charme irresistível, mesmo que a saibamos volúvel. E por trás da falsa indignação com que nos defendemos, lá no fundo adoramos.

(O filme teve tantas cenas boas que até é pena ser mau.)

Excertos*


R: o teu problema é que tu ADORAS cabrões, sempre gostaste
na teoria podes não gostar
mas na prática

me: sim, mas já não me meto com eles
daí o celibato constante

R: sim, mas isso estraga os outros possíveis interesses
pq tens essa quedazinha
tu n dás 2 oportunidades a um rapaz mais bonzinho
lembras-te daquele xxxx
era giro, querido, etc

me: sim...

R: e tu sempre achaste que era chocho de mais



*ou Porque é que eu vou ficar solteira para todo o sempre explicado às crianças

What am I doing here?

Revi-me em Vicky durante quase todo o filme, mas especialmente em certos momentos, como a cena do tiro. O tiro, ao contrário do que possa parecer, não aparece por acaso. O tiro é a salvação. É o destino a repor a ordem natural das coisas. É o que abruptamente a traz de volta à realidade, funcionando como pretexto, subitamente desejado, para a tirar daquele filme, a que não pertence, nem quer pertencer. Quis sim, num momento de fraqueza e delírio romântico, mas não mais. Nunca levei um tiro, mas já vi sinais semelhantes. Aqueles que nos lembram que nós não fazemos "estas coisas", porque é contra a nossa natureza, e que ousar trangredi-la em momentos de impulso dá merda. E que não há volta a dar nem vale a pena lutar contra isso. It's not meant to be. E é nessa altura que a frase "o que é que eu estou aqui a fazer" nos assalta e percebemos que há que saber aceitar que as coisas são como são e retirarmo-nos de cena. Discretamente, sem fazer barulho, para não incomodar. Até porque não temos nada a ver com isso.

Everything is amazing, nobody's happy

Ora vão lá ver este youtubezinho, se faz favor. Não, não dá para embed.

26 de fevereiro de 2009

Vicky Cristina Barcelona


Terei sido apenas eu a achar esta cena mais hot que aquela chachada do quarto escuro?

Juan Antonio: Oh my god, oh my god, oh my god...

Cristina: É que não consigo... é a bimba parvinha*. Básica e previsível. Unidimensional. Ou como é descrita lá no meio: "[...] because she's pretty... [...] I find her [...] pretensious. It's a boring cliché". (*um dia ainda hei de perceber porque é que os homens têm tanto fascínio pelas bimbas parvinhas que fazem boquinhas, e se é só válido para as que têm mamas grandes)

Vicky: Pronto, basicamente eu sou a Vicky, embora não tão corajosa. (Perceberam a ironia?)

Maria Elena: a catalisadora da acção.

Voz off: perfeitamente dispensável.

Resumindo: Eu queria mesmo gostar muito, a sério. Mas não deu. Gostei só um bocadinho. É fraquinho, pouco crível, cheio de incongruências, todo ele um cliché, e com personagens mal vestidas - alguém me explica aquelas t-shirts horrendas da Cristina que já não se usam desde os anos 80? Ou as personagens só terem uma camisa?

E pronto, já não me sinto blogoexcluída.


Il postino

Ele há gente para tudo


Sarah Jessica Parker e Mathiew Broderick

Já a Maya, por exemplo, não se deve importar. Nem a Sarah Jessica.

Não, não vou desenvolver

Mas se há coisa para a qual a minha pessoa não está preparada é para começar a ouvir piropos às mamas quase aos 30 anos. É coisa que requer muita habituação e complexos resolvidos desde a adolescência. Clearly not my case.

É que há coisas mais agradáveis


Mer calme - Gustave Courbet


Como este mar calmo, por exemplo.

Valha-nos isso

Mas pelo menos aí há umas 24 horas que não vejo uma origem do mundo em grande plano.

As vagas

Depois da vaga de indignação sobre o provincianismo do caso Courbet, começa agora a vaga reversa em ironia à repentina erudição popular. Às vezes a blogosfera é um lugar tão previsível.

25 de fevereiro de 2009



Lily Cole

Até no lado conservador se indignam muito com a coisa do quadro

E de repente o país está a tornar-se um lugar "perigoso". Pelos vistos sou só eu que dou pouca importância ao assunto, achando-o um tanto ou quanto ridículo. Talvez porque ainda me lembre bem de como certos pais proibiram o visionamento de "O nome da Rosa" às suas filhas no colégio de freiras em que andava, por o considerarem pornográfico. Mas é um país de modas e de vez em quando é preciso arranjar um tema quente que distraia toda a gente, seguindo-o que nem carneirada acrítica. Choca-me, no entanto, que além de um ou outro blog, não veja comentários indignados a esta notícia. Ou, para dar um exemplo nacional, esta - que só vi comentada aqui. Mas têm razão, o livrinho e o conservadorismo da PSP de Braga - conjunto de palavras só por si self-explanatory - é que são muito importantes.

Porque este é um blog púdico


Woman with a parrot - Gustave Courbet (antes de se meter nas poucas vergonhas)


Não há cá Origens do Mundo para ninguém. Tudo tapadinho, como deve de ser.

24 de fevereiro de 2009

Coisas que eu gostava de perceber

Porque é que, para as mesmas datas, os voos da Tap são mais caros se comprados directamente no site da Tap que noutros sites de viagens estrangeiros.

Ainda sobre o caso do livro

Acho que nunca antes vi tanta cona escarrapachada por todo lado. Umas 37 vezes, só no dia de hoje. É que até o Público, que quase nunca acompanha notícias com foto. Parece que andava tudo à espera de um pretexto para a libertação. Ou então é porque é carnaval, e ninguém leva a mal.

Coisas boas de se estar na Holanda num dia como hoje

Estar sol e não haver Carnaval. Abdicar de um feriado é preço mais que justo a pagar por não ter de passar por essa provação.

Porque é que os homens são sempre apanhados?

Os homens raramente conseguem esconder algo decentemente. Deixam sempre um rabo de fora, através do qual descobrimos imediatamente o que nos foi escondido, ou omisso. E porquê? Porque não prestam atenção aos detalhes. Aqueles que não nos escapam. Como por exemplo, o pacote de leite aberto no frigorífico quando voltei do fim de semana em Bruxelas. Ora, eu não bebo leite. Nem o meu flatmate. De modo que se a ideia era eu não perceber que ele esteve acompanhado durante o weekend, enfim, não resultou.

5 anos de Controversa Maresia



Parabéns Vieira. Que venham mais cinco.

(estão atrasados mas isso não interessa nada)

Às vezes dá-me a sensação que o pessoal não conhece o país onde vive

Ao ver, blogosfera fora, as reacções escandalizadas à notícia da apreensão de livros cuja capa exibia "A origem do mundo" pela PSP de Braga, não deixa de me dar uma certa vontade de rir. É que a mim, estas bizarrias já não me surpreendem. Esperavam o quê? Que os senhores agentes da PSP de Braga soubessem que é um famosíssimo quadro de Courbet que está exposto no Musée d'Orsay e debatessem demoradamente a sua influência no realismo na pintura do século XIX?
O país real é pouco educado, é um facto. E tacanho, também. E as forças policiais, semi-analfabetas e mal pagas, não são excepção. Mas descobri-lo agora parece-me um tanto ou quanto ingénuo. E, no mínimo, desfasado da realidade.

23 de fevereiro de 2009

WTF?

















Começo pela gaja de branco, uma tal de Melissa, de quem, por enorme falta de cultura minha, certamente, nunca ouvi falar. Enfim, já disse que detesto vestidos à pequena sereia? Pois, detesto mesmo, e este não é excepção. Já concedi uma, e já chega. Good lord, coisa feia. Continuamos então para o segundo sereia, um pouco menos mau, but still, de outra tipa que também não faço ideia quem seja, porque há muito deixei de decorar pindéricas. Falando em coisas feias, alguém me consegue explicar aquela coisa da Miley Cyrus? Credo, que pirosada. Foi demasiada Ariel para estas meninas.
Outra coisa que não consigo entender é o gorro do Philip Seymour Hoffman. Se calhar não era o dia de lavar o cabelo. Por sua vez, Mickey Rourke veio de chulo, coisa que lhe assenta bem, embora a mim provoque um certo asco. Mau, muito mau.
À Marion Cotillard esqueceram-se de avisar que o dia das bruxas é em Novembro e que ao tule à Cindy Lauper já não está na moda, e aquela corrente, enfim, dispensável.
E chegamos então àquelas que nunca nos desiludem por estarem sempre uns trambolhos: Tilda Swinton, que todos os anos se esforça por parecer ainda menos mulher. Na verdade, cada vez menos ser humano também.
Em sentido oposto, como se fosse possível esquecer a voluptuosidade, a sempre bimbinha Beyoncé volta a esfregar-no-la na cara, conseguindo nunca surpreender pela positiva. De tal forma que até faço uma aposta em como estará no top 3 das piores no ano que vem também. Uma vez bimba, para sempre bimba. Nada a fazer.

A cores







Gosto do vestido de Freida Pinto, embora, como diz a Kitty Fane, a faça parecer mirradinha e pareça emprestado pela irmã mais velha. Mas gosto do azul, e devo acrescentar que em princípio irei desta cor ao próximo casório.
Já o vestido de Alicia Keys me encanta, embora encantasse mais ainda antes de descobrir aquela racha ali à frente - nas primeiras fotos não se via. A Natalie, hmm, mixed feelings. É que eu não sou uma pessoa de rosas, e este é um pouco rosinha de mais para mim, embora deva admitir que é muito bonito e lhe fica bem. Noutra cor e levava o prémio da noite.

Nunca me comprometo







Com um vestido preto (ou cinzento, vá). E ainda bem, porque nem só de tchans vive o mundo e a elegância discreta deve ser aplaudida - e devidamente ornamentada, o que tanto Angelina Jolie como Diane Lane, conseguiram com sucesso - e embora não goste do género sereia, rendi-me com a Diane. Kate Winslet, apostou na sobriedade de um cinza escuro, e embora a ache elegantíssima, talvez me pareça um tanto ou quanto apagada. Poderia ter ousado mais.

Ladies in Red






Heidi Klum voltou a apostar no vermelho, e embora o vestido seja muito, mas mesmo muito giro, acusa uma certa falta de originalidade, e perde em grande relativamente ao ano passado. É impossível não fazer a comparação.
Curiosamente, ainda não vi ninguém comentar a Virginia Madsen, elegantíssima num vestido que lhe assentava como uma luva.
Já Amy Adams escolheu um dos vestidos mais horrendos da noite - embora não ganhe o prémio, mas já lá vamos -, enquanto a miúda do Mamma Mia também não me convenceu - tenho uma certa resistência a loiras de vermelho, embora com excepçoes, nomeadamente as enunciadas acima.

Acho que não é preciso muito para perceber a cor da noite

































Vamos lá então começar por comentar as noivas (como diz a Rititi). Achei que a Penélope estava lindíssima, embora o penteado não fosse o melhor, dando-lhe um ar de prom queen juvenil que o vestido não pedia, enquanto que Anne Hathaway, coitadita, parece cada vez mais enfesadinha e anémica - acho que lhe falta proteína -, e nem o vestido magnífico a salvou.
Sarah Jessica Parker arrasou com o seu Dior, verdadeira alta costura ao estilo Cinderela, embora com dois senãos: o cabelo e as mamas a saltar do vestido. Less is more, quando concerne a questões glandulares e elegância. Devem continuar a existir razões para a considerarmos diferente da Scarlett.
Já a Aniston, conseguiu estragar o vestido lindíssimo com aquele penteado à parolinha. Marisa Tomei, por sua vez, estava lindíssima de Versace, uma das minhas favoritas, tal como Taraji P. Henson no seu Cavalli.
Já Evan Rachel Wood não me convenceu, não tanto pelo vestido, muito bonito, mas pela palidez geral do conjunto, tudo muito da mesma cor, ela incluída. Jessica Biel, temos pena, mas saíu enrolada no lençol. E mesmo que o lençol seja Prada, não deixa de ser um lençol.

Porque eu não sou menos que as outras,

e também aqui já é tradição comentar os trapinhos que se levam as aos Oscars, vamos lá começar no corte e costura.

18 de fevereiro de 2009


Pink Saturday, Castro street, 28 de Junho de 2008

A minha opinião (resumida)

Tendo em conta que já tive "mixed feelings" sobre o assunto, revendo-me em alguns dos argumentos apresentados por ambos os lados, hoje em dia não tenho dúvidas que a legalização é necessária.
Embora acredite que a legalização do casamento entre homossexuais não mudará mentalidades por si só, ela trará legitimidade e "seriedade" aos relacionamentos homessexuais aos olhos da sociedade. E com a sua vulgarização, os casais homossexuais passarão a ser vistos cada vez menos como aberrantes, e cada vez mais como comuns, dentro das normas sociais.
Mais ou menos na linha das leis anti-racismo: elas não acabam com o racismo, esse existirá sempre, mas legitimam a luta pelo seu fim, dando poder social às suas vítimas.
Enquanto, aos olhos da lei, existir discriminação, seja ela de que tipo for, ela não acabará de certeza na sociedade, uma vez que sustenta os argumentos de quem discrimina, dando-lhe razão. (isto está meio simplista, mas creio que dá para perceber o ponto)
Assim, tornando igual o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao de pessoas de sexo oposto, com mesmos direitos, abre-se a porta a uma mudança de mentalidades, mesmo que (muito) lenta. Ou pelo menos eu quero acreditar nisso.

(tirada de um comentário que deixei noutro blogue)

Tinha sido melhor pedir desculpas publicamente

Alguém acredita naquela tanga do deputado Pedro Duarte?

Depois de ter finalmente visto o Prós e Contras:

(e um pouco à semelhança da Laura Abreu Cravo)

- Porque é que os senhores do Não não assumem de uma vez que acham que os homossexuais não são normais e por isso não devem ter os mesmos direitos? Ao menos seriam honestos, em vez de estar para ali a engonhar e a tentar arranjar argumentos mirabolantes que não pareçam mal e não mostrem o que realmente pensam - aposto que a Sarah Palin não teria desses pruridos.

- De repente a igrega tornou-se super aberta e o senhor Padre vaz Pinto até já tem amigos gay? Estou verdadeiramente estupefacta. Resta saber o que considera das relações sexuais entre eles, uma vez que, segundo me lembro, sexo sem ser para procriação é pecado. Ou será porque terão todos feito voto de castidade? (ai que é desta que eu vou para o inferno)

- Preferia que todas as crianças do mundo fossem adoptadas e educadas pelo Miguel Vale de Almeida que tivessem de viver com pais como aquele senhor feio das famílias numerosas, e boa parte da plateia daquele lado.

- Aquela gente do Não tem medo do quê? Que deixe de haver casamentos heterossexuais?

16 de fevereiro de 2009

Starting again

Depois do frenesim americano, precisei de parar um bocadito com as viagens, muito em parte por falta de fundos - isto de mudar de país, de ter de mobilar casa, etc., tem muito que se lhe diga - mas, uma vez totalmente estabelecida e com dólares finalmente trocados, tenciono voltar ao espírito andarilho por essa europa fora. Começando agora.

Pronto, talvez nem tanto



E este fim de semana será por aqui.

Acabadinha de comprar o bilhete



De 1 a 5 de Maio vou estar por aqui. Já estavam a estranhar a monotonia, não?

14 de fevereiro de 2009


Esta gente do frio

A adaptação de um latino à cultura nórdica nem sempre é fácil. Os códigos, as normas, as convenções, o distanciamento, a maior frieza, a obsessão com o planeamento, o medo do improviso e das last minute calls, são muitas as diferenças que dificultam o relacionamento com esta gente do frio. Não é fácil fazer amigos. As aproximações são lentas e cautelosas, de uma formalidade enorme e distância calculada ao milímetro. Não é fácil que gostem de nós e se sintam à vontade com a nossa maior espontaneidade e descontracção, com os nossos atrasos, a nossa diferente noção do tempo, a nossa maior tendência para desrespeitar ou ignorar regras. Mas, quando gostam, são capazes de fazer por nós coisas que dificilmente faríamos por eles, exactamente porque na sua rectidão e falta de elasticidade, sentem que deve ser feito, aqui e agora, e não amanhã ou depois. E foi assim que, sem me aperceber, a meio da festa de ontem, o Daniel pedalou 5 km para ir buscar o meu presente, que tinha esquecido no laboratório.

13 de fevereiro de 2009

Porque hoje o meu pai faz anos


©Animesh Ray


Parabéns Pai.

"I kissed a girl la la la"

Já não posso ouvir esta música. É que não há pachorra para estas pseudos. Dá-me vontade de responder: "ai sim, e então, o que é que eu tenho a ver com isso?". Eu também e não gostei. Felizmente. Que isto de ser lésbica ia ser uma trabalheira.

12 de fevereiro de 2009

Até tenho medo que dê azar comentar

Mas estiveram dois dias seguidos de sol.


Anti-Valentine

Concluo que não sou uma rapariga romântica quando ao ouvir um colega dizer que não pode ir à festa amanhã porque quer preparar uma surpresa à namorada, em vez de achar querido e fofinho, acho apenas totó.

Estava a reparar melhor

E acho que o alto e louro é um bocado louro de mais. É um problema, esta gente tem sempre um ar meio deslavado, sem cor. Acho que só serve como fofo assim de longe, que não se nota tanto.

11 de fevereiro de 2009

Os meus amigos são melhores que os teus*



Metabloguismos

O que aconteceu à palavra "iconoclasta"? Ia jurar que estava na moda há coisa de 2 anos e era usada post sim, post não, blogosfera fora. Estes modismos são coisas que sempre me fizeram muita confusão.

Alto e louro

Finalmente, após cerca de 3 meses para trás e para a frente no Gorleaus, creio ter encontrado um fofo. Para quem não sabe, ou não se lembra, o conceito é simples: o fofo é o tipo giro - e alto, tem de ser alto, se não tiver pelo menos mais 30 cm que eu não conta - com quem me cruzo de tempos a tempos pelos corredores, mas com quem não trabalho directamente e por isso não conheço pessoalmente, e cuja visão me alegra o dia. Infelizmente, ao conhecê-los, geralmente deixam de ser fofos e lá tenho de arranjar outros. Uma chatice.
Há tempos, quase pensei ter encontrado o fofo, um espanhol que trabalha aqui duas portas ao lado, que também cumpre os requisitos de giro e alto, mas em moreno. Infelizmente é antipático - depois de nos termos cruzado uma série de vezes numas quantas festas, o nunca dizer olá deixa de ser charme para passar apenas a má-educação - e por isso deixou de servir. Mas este é muito melhor, até porque tem ar (e cabelo) de holandês, e como tal a probabilidade de o encontrar em festas é mais diminuta, evitando-se assim as desilusões da humanização. Finalmente uma razão para esperar todos os dias pelo coffee break, que é quando o vejo.

Bem resolvida



Por estes dias, a Pipoca e a Nika Liu resolveram atribuir-me mais um prémio blogosférico, desta feita o de ser uma mulher bem resolvida. Eu agradeço a distinção, e o facto de acharem isso de mim, o que suponho ser um elogio. Acontece que eu nunca entendi muito bem o que é isso de ser bem resolvida. Normalmente vejo sempre a expressão associada a uma pirraça que se atira às coitadas das mal resolvidas, sinónimo de mal fodidas, lugar comum em qualquer disputa feminina. Depois penso em todos os outros aspectos da vida, as inquietações, dúvidas e inseguranças e fico ainda mais confusa. Certa, no entanto, dentro das minhas incertezas, que se há coisa que não sou é bem resolvida. Ou se alguma vez serei.

10 de fevereiro de 2009

O que eu gosto de testes



You're Mrs. Dalloway!

by Virginia Woolf

Your life seems utterly bland and normal to the casual observer, but inside you are churning with a million tensions and worries. The company you surround yourself with may be shallow, but their effects upon your reality are tremendously deep. To stay above water, you must try to act like nothing's wrong, but you know that the truth is catching up with you. You're not crazy, you're just a little unwell. But no doctor can help you now.

Take the Book Quiz
at the Blue Pyramid.

Roubado à Charlotte.

29


Monterey(a minha cidade natal), 10 de Fevereiro de 2008

Apesar de definitivamente não me sentir assim tão crescida, ao que parece é essa a minha idade, pelo menos a julgar pela minha certidão de nascimento.

Adenda: no ano passado, quando foi tirada esta fotografia, andei de t-shirt na rua. Achei que era importante referir. Não, o tempo horrivel que está não me afecta nadinha...