10 de abril de 2005
Inclinações
Não há tempo ou espaço mais propício a observações soltas e descaradas que a noite, com a sua variedade, cambiantes, mundo de encontros e desencontros, copos na mão e brilho nos olhos.
Olhando em volta vemos amigos de longa data conversando com a descontracção de quem já não tem nada a esconder, gente só procurando em vão alguém conhecido e o conforto de uma companhia, casais apaixonados, primeiros encontros, gente que conversa com um olhar penetrante em pleno ritual de sedução.
Podemos medir o grau de interesse pelo grau de inclinação das cabeças, tombadas ligeiramente para um dos lados, manifestando ora doçura ora desafio. É infalível e quase matemática esta proporcionalidade directa. A prova aparece minutos mais tarde, numa carícia inesperada, um sussurrar ao ouvido, uma aproximação cada vez mais premente, que conhecemos de cor e onde nos revisitamos. E sabemos que não passarão aquela noite sozinhos.
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Ultimamente só tem escrito sobre estas coisas: beijos, inclinações, tenho que ir para o ginásio,...
ResponderEliminarparece que ou já anda aí passarinho novo ou a menina ex-tutu anda carente.
Escrevo sobre experiências e observações que faço dia-a-dia, ou noite-a-noite. E quando reparo em certos detalhes, que antigamente passariam despercebidos, penso imediatamente em escrever sobre eles. Foi o que fiz.
ResponderEliminarEntão a menina ultimamente só tem observado, de dia e de noite, romance no ar. Deve ser da Primavera!
ResponderEliminarEu cá vou pôr um post de tributo ao Tony Carreira, que foi a coisa mais insólita que observei nas últimas 24 horas. Isso e o Benfica.
ResponderEliminar(amanhã, que hoje estou mal).
Curiosamente pensei escrever sobre o mesmo assunto, mas já estava atrasada para sair naquele dia e deixei para outra oportunidade.
ResponderEliminarA primavera exerce efetivamente os seus efeitos maléficos, principalmente em pessoas solteiras no momento.
Acho que é de alguma forma inspirador quando as pessoas deixam sair determinados tiques ou reacções que de alguma forma, expressam indirectamente a falta de conteção de uma emoção. E verificar aquele ritual das carícias tímidas, do toque na mão que dura mais um meio segundo, é algo que nos reconcilia com o meio ambiente, com um espaço que afinal de contas não é só feito de pragmatismos constantes de uma agenda concreta.
ResponderEliminarBom dia. :)
conteção, leia-se contenção.
ResponderEliminarum olhar acima de tudo... as carícias nas mãos que subitamente começam a ser invadidas por um suor quente... o ligeiro afagar de um pescocito e depois um VALENTE CHUPÃO como quem diz já te marquei daqui não voltas a sair... eheheheh
ResponderEliminarPS: desculpem mas não resisti... eheheh
Vou continuar a esforçar-me, afinal é só olhar com atenção. ;)
ResponderEliminare nós vamos esperar que não estejas com uma "broa" para não deturpares os factos e que nos contes tretas assim como eu faço...
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