31 de julho de 2005

Capítulo XX - O Resgate

Pode ler o capítulo I em As Sombras.

Pode ler o capítulo XIX em Lchaimshedim.

Ficou decidido que Júlia acompanharia Pedro na missão de recuperar a Caixa do seu esconderijo e entregá-la nas mãos do Grão Mestre da Ordem. Por precaução, Júlia devia permanecer ignorante do seu paradeiro até ao exacto momento do seu resgate, e nem um minuto antes. Para isso deveriam voltar a casa de Pedro e aguardar instruções.

Equanto isso, o Professor, com a ajuda do seu fiel Fagundes, ficaria encarregado de levar Carvalho ao hospital e entregar o invasor da sua mansão à Judiciária. Hanna tomaria a responsabilidade de contactar o seu irmão mais velho, Samuel, o Grão Mestre, que desconfiava já ter iniciado os procedimentos necessários para os ajudar e finalmente devolver a Caixa à Ordem de Lótus, sediada em Viena e formada décadas antes para se tornar a legítima guardiã daquela caixa que poderia mudar o destino do mundo.

O Professor sabia o que fazia ao mandar Júlia acompanhar Pedro. Sempre fora um observador, estudou meticulosamente as pessoas que o rodeavam, as suas reacções, a linguagem corporal, e ao longo dos anos foi desenvolvendo uma intuição aguçada, que lhe permitia prever, quase sempre, os sentimentos e acções daqueles que o rodeavam, e a sua experiência de vida aliada ao seu trabalho na PJ permitiu-lhe adquirir um conhecimento profundo do ser humano.

Confiava nas capacidades de Júlia, e sabia-a indispensável na missão que confiara a Pedro, demasiado desajeitado para a levar a cabo sozinho. Mas não era só isso. Tinha-lhe já lido nos olhos o interesse que Júlia tinha despertado, e sabia que para um tímido como Pedro, só a imposição de um tempo a sós poderia promover uma aproximação. Pedro era um belo rapaz, desde sempre que as mulheres o olhavam com interesse, mas a sua timidez e introversão acabavam por afastar as possíveis pretendentes, e só alguem muito especial poderia quebrar essa distância e entrar naquela redoma de solidão que tinha criado à sua volta. E Júlia tinha tudo para ser essa mulher.

Regressaram então a casa de Pedro, sabendo que provavelmente teriam de aguardar ainda umas quantas horas por quaisquer desenvolvimentos. Possivelmente teriam de lá passar a noite, e só no dia seguinte seriam instruídos da sua missão. Não valia a pena ficar ali à espera ansiosamente sem fazer absolutamente nada naquele silêncio constrangedor. Foi Júlia que tomou a iniciativa:

- E se me levasses a jantar fora? Estou faminta, é hora de jantar, e com certeza conheces um bom restaurante aqui na zona onde me possas levar…
Pode ler o capítulo XXI em As sombras.

5 comentários:

  1. Eh,eh,eh... Blog com "roupa" nova e a aproximação de Júlia a Pedro. O Verão anda aí. Gostei.
    Beijinhos.

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  2. só hoje é que pude ler isto. Está bom sim sra... mas 3 semanas a dar pás 4 deveria ter saído algo muito melhor... eheheh

    compensa pelo template novo...

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  3. Eu gostei, tá tudo muito fresco!Deve mesmo ser do Verão, ãnh Lunita?

    Mas estou a ver que o pessoal tá a perder a pica!...Devagar se vai ao longe!

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  4. Tchi... que cena! As meninas e o amor! Que lamechiche...
    Já se tá mesmo a ver onde é que vai parar o jantarzeco!!! O que vale é que n'As Sombras há sempre um sofá à mão ou um colchão... ou o chão... quiça uma mesa...
    Estas meninas só pensam em sexo!

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  5. Então a gaja 'tá com os calores e lembra-se de ir jantar fora? Não podia ter vestido uma roupinha leve e ter cozinhado uma coisa qualquer?
    O Pedro também é um coninhas de sabão. Daqui a pouco pergunta à gaja se a pode beijar. E nós já sabemos o que acontece quando se pergunta isso, não sabemos?...

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