... que o meu Erasmus oficialmente acabou. Depois de ter visto partir, um a um, todos os meus amigos, fechei as portas da residência, ou melhor, a residência fechou as portas a mim, e de malas à porta passeei por Milão uma última vez, subi à Duomo, despedi-me de quem devia. Parti sozinha para Roma no comboio da noite, com o malão atrás, feita burra de carga, arrastando a custo o peso de 5 meses de tralhas, para a derradeira viagem e a minha despedida sentida de Itália.
Nunca me tinha arriscado a viajar sozinha. Mas Roma valia a pena, e era mais um teste a mim mesma, serei capaz ou não? A companhia é agradável, mas será essencial? As respostas fui-las obtendo ao longo dos 3 dias que deambulei sob o sol abrasador de Roma, sempre só, decidindo por mim o que ver e o tempo dispendido em cada lugar. Vi muito, não parei, Roma é tão rica que nos ocupa os dias inteiros, e quase não sentimos falta de companhia por falta de tempos mortos.
Mas se por um lado o poder de decidir tudo com base nas nossas vontades, no nosso egoísmo, nos dá uma enorme sensação de liberdade, permitindo conhecermo-nos cada vez melhor, por outro fica a pena de ver tanta história, vida e beleza sem a poder partilhar com ninguém. E é isso que dá uma companhia, seja ela quem for, a possibilidade de partilha de momentos e lugares belos, o sentimento de comunhão, preenchendo esse vazio da ausência de um amigo.
Mas era a minha despedida, e precisava de fazê-la sozinha.
D.Luna:
ResponderEliminarA semana acaba hoje... Será que surge o capítulo XX ?
Hoje não, na minha cabeça tenho até amanhã, que a semana para mim começa à segunda-feira.
ResponderEliminarEu adorei Roma... Tive companhia, e por isso, percebo o que dizes a respeito da necessidade de partilhar a experiência dessa cidade fabulosa. :)
ResponderEliminarimagino a despedida... a menina Luna sozinha num beco escuro de Milão, munida de uma garrafa de Vodka, a contarolar para si própria... "e se a A.L. é amiga cá da malta..."
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