13 de julho de 2005

Saúde

“O que é preciso é saudinha!”

Engraçado como passamos a vida a ouvir e repetir esta frase sem lhe darmos qualquer importância, até ao dia em que esta falta a alguém muito chegado e tudo adquire um novo significado. Uma doença grave revira a vida de uma família de pernas para o ar, acaba-se o mundinho feliz, aquela redoma em que vivemos enquanto achamos que a vida é bela, e os problemas dos outros nos parecem sempre demasiado distantes e impossíveis de nos atingir. Até ao dia. O dia em que é diagnosticada.

E a vida muda mesmo. As esperas infindáveis em corredores de hospitais, a preocupação constante, a busca de forças onde pensamos que já não existem, a esperança conjugada com uma tentativa de mentalização para o caso do desfecho não ser feliz. E muitas vezes não é. Ou sabemos que não será, apesar de não termos datas marcadas.

O pior é a sensação de impotência, impotência total, ter de assistir a tudo sem poder fazer nada, pois não depende de nós. A força ajuda, ajuda muito mesmo, mas não é suficiente. E por vezes vem o desânimo e a tristeza. Dizem que faz parte da vida. Sim, parece-me que sim...

11 comentários:

  1. Qualquer que seja a situação, espero que se resolva o mais depressa possível...
    Não há assim muitas palavras adequadas, pois não?... Olha, fica com um beijinho.

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  2. Apesar de o Odiador ter razão quando diz que tens é que contar contigo própria e com todos os teus amigos reais, não posso deixar de reflectir sobre um aspecto. A net não passa de virtualismo até certo ponto... as palavras servem também para reconfortar e não são virtuais. Por isso, imagina que te passo a mão pela cabeça e te pouso o dedo no nariz enquando te sussurro «força, amiguinha!».

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  3. E fica também um beijinho meu que já pasei algumas vezes por esse confronto que é "o que é preciso é saudinha, tudo se arranja com saúde". É tão verdade"

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  4. E mais um beijo de Bruxelas!
    :-)

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  5. É verdade, Luna. A pior sensação é a impotência.
    Vivi essa situação na primeira pessoa. A doença foi-me diagnosticada a mim e via a dor da impotência nos olhos dos que me amam.
    Foram momentos difíceis para todos. Mas se há uma medida, no meio disto tudo, tenho a certeza de que a dor e o medo dos que me rodeavam era maior que a minha própria dor ou medo ou impotência.
    Felizmente, para mim, nem tudo acaba "mal".
    Numa situação destas, toda a gente aprende lições de vida.
    O saldo foi positivo [ou sou eu que sou feita de pensamentos positivos].
    Coisas que acontecem, das quais ninguém tem culpa. Simplesmente acontecem.
    Passa. A sério que passa. Enquanto dura, dói. Mas passa.
    Um beijinho.

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  6. Como é verdade, não há nada mais importante que ela... Força e sorte!

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  7. Um beijinho muito muito grande Luna.

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  8. Como te compreendo! A sério....
    Não adiantam as palavras apenas os actos e as melhoras....
    Por isso apenas o que te posso dizer é que para o bem ou para o mal que seja ultrapassado rápidamente....desejos que seja para o bem.
    bjs

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  9. Ao Pajo, Ângela, Afrodite, Blackito, Vampirito, Formiga, Pitucha, PP (felizmente existem finais felizes!), Lilla mig, Raspinha e Pita, em suma: a todos, um grande beijinho, e obrigada pela preocupação. Felizmente a crise acalmou, pelo menos temporariamente, ainda que não seja definitivo.
    Obrigada mesmo e beijinhos

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  10. fogo... nem um sinal de apreço para mim... era o que faltava... pera... cadê o meu comentário???

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