3 de outubro de 2005

Firme e hirto como uma barra de ferro!

Adivinhem lá quem tive o privilégio de ter na mesa ao lado hoje ao jantar? A fina flôr, crème de la crème, uma finesse só, numa mesa de quatro onde o que tinha melhor aspecto era o Alexandrino com a sua pulseira de ouro a roçar no prato e a sua magnífica utilização do belo do palito. Se jantar fora em dia de bola num restaurante com televisão tinha sido um erro estratégico, a noite foi salva pelas aves raras da mesa do lado que sempre serviram de diversão. Mas se eu digo mata o meu paizinho diz esfola, e lá fomos saboreando aqueles personagens vindos directamente da Musgueira, Regueirão dos Anjos ou Intendente, engates oxigenados encontrados no Rasputine. Pelo menos acho que tinham dentes.
Ai ai, lá tou eu a ser elitista, lá vou ter de levar com os defensores dos pobres e oprimidos!

12 comentários:

  1. Cruel... insensível... elitista... pouco amiga dos oprimidos!

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  2. és mesmo má, cruel, insensível.Inclusive acho que devo pedir desculpa pelo meu descaramento de vir aqui falar com sua excelência...

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  3. Ah pois é... depois não te queixes...

    ;)

    bjs
    Rui

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  4. Luna,

    tu não és má, cruel e nem mesmo insensível. Mas és bastante elitista.

    A tão aclamada "elite" depende apenas do ponto de vista. Aposto que durante o jantar, na companhia de tão "ilustre" figura pública, as rameiras sentiram que faziam parte da verdadeira elite nacional porque o Alexandrino até já apareceu na televisão e é amigo pessoal do Hermam que por sua vez faz parte da elite dos artistas portugueses...

    Por diversas vezes te "ouvi" defenderes as elites, mas fica sabendo que todas as elites não passam de um rebanho que carneiros com desejo veemente de serem pastores.

    O que me enoja nas "elites" é a sua pretensão de serem os MELHORES E OS MAIORES e olharem para todos os outros com desprezo.

    Que se fodam as elites,
    submerso

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  5. Luna,
    eu gosto mais do Sô Zé (ex-bombista, que se pensa estar relacionado com o atentado que vitimou o Sá Carneiro e Cia.) e da Linda Reis, mas o Alexandrino protagonizou mesmo um dos momentos mais "altos" da televisão.
    Boa sorte com o pessoal anti-elitista (será também anti-sulista e anti-liberal?).

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  6. Nem vou comentar para ser não ser mal interpretado
    Tem um bom dia.

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  7. Nem vou comentar para ser não ser mal interpretado
    Tem um bom dia.

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  8. E quando levamos com esses "defensores" durante a hora do almoço? Batata frita com sabor a culpa é sinistro.
    Beijos

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  9. Quando se é educado segundo certos parâmetros e comportamentos, a exigência aumenta, sem dúvida alguma. Não defendo elites, mas gosto de gente educada, que se sabe comportar à mesa. Sorry, mas cresci assim.

    E ainda hei de falar da minha mania das mesas bonitas e bem postas e de como vou sempre corrigir os talheres em todo o lado...

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  10. Acho que se está a confundir duas coisas diferentes. Educação e elitismo. Até, porque o elitismo é falta de educação, porque pressupõe um juízo de soberba relativamente aos outros que não sabemos se está ou não fundamentado.
    Claro que todos nós temos barreiras. Pessoas que deixamos á porta da nossa permeabilidade, porque pressupomos que algo em nós simplesmente não computa as formas de estar dessas outras pessoas. No entanto, quando isso começa a ser demasiadamente genérico, e a estender-se a pessoas que não correspondem a um certo arquétipo de afectação e ostentação de alguma coisa que nunca consegui perceber muito, então a figura de estúpido segregacionista está garantida.
    Neste post não vi nada disso. Vi apenas um gozo com uma certa caricatura, como por exemplo gozamos com o gajo do bigode farto e a unhaca multi-usos no mindinho.
    Não vi aqui senão uma forma de gozo até suave com certas realidades. E que achei engraçado.
    Mas a título de resposta ;):
    Chiça, os elististas, com aquelas franjas à capacete que nunca tiram de frente dos olhos mas que comprimem até constituir uma pala de boné feita de cabelo, mais as fraldas das camisas que saem debaixo do pullover, quando de tratam por você (ao 15 anos!) que só dão um beijinho porque é chic, são ainda piores que a renomada chingaria. Estes ao menos mostram mesmo o que são. Ferro ferrugento, nao lata pintada disfarçada de ouro.

    Beijinhos Luna.

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  11. O SK é que sabe, percebeu-me muito bem. O que critico não é simplicidade, mas a rasquice, que é muito diferente. Há gente que teve todas as oportunidades do mundo, nada em dinheiro, mas é profundamente rasca. E aquela mesa era muito rasca.

    Só falei em elitismo para antecipar as reacções que costumam suceder qualquer crítica.

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  12. pois é cara amiga, nós "génios" somos sempre incompreendidos...
    (o roque explica)

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