Na minha sociedade ideal não existe o aborto, simplesmente porque não é necessário, uma vez que todas as gravidezes são profundamente desejadas e todos os filhos gerados com amor, em famílias capazes de os criar sem passarem necessidades. Todas as mulheres sabem como evitar gravidezes indesejadas e têm ao seu dispôr todos os meios existentes para se precaver, enquanto a informação e educação sexual é uma realidade que chega a toda a gente desde muito cedo, começando no seio familiar e estendendo-se às escolas e meios de comunicação.
Na minha sociedade ideal não existe prostituição porque não existe mercado para ela. A sexualidade é encarada sem preconceito e como opção de cada um, sendo a liberdade individual um valor prezado e respeitado por todos. Mulheres e homens usufruem da sua sexualidade sem barreiras morais nem tabus, e por isso ninguém tem necessidade de pagar para poder satisfazer os seus desejos que são naturalmente realizados pela naturalidade com que se encaram relacionamentos e a facilidade de encontro de um parceiro.
Na minha sociedade ideal não existe prostituição porque não existe mercado para ela. A sexualidade é encarada sem preconceito e como opção de cada um, sendo a liberdade individual um valor prezado e respeitado por todos. Mulheres e homens usufruem da sua sexualidade sem barreiras morais nem tabus, e por isso ninguém tem necessidade de pagar para poder satisfazer os seus desejos que são naturalmente realizados pela naturalidade com que se encaram relacionamentos e a facilidade de encontro de um parceiro.
Na minha sociedade ideal também não existem prisões porque não existe crime, ninguem rouba, viola, mata, todos se respeitam e vivem em harmonia, considerando as liberdades de cada um e de todos, contribuindo para o bem estar geral e a paz, construindo em conjunto uma sociedade civilizada.
Na minha sociedade ideal não existe discriminação nem racismo, todas as pessoas são iguais aos olhos uns dos outros e têm os mesmos direitos, sem terem de existir leis contra a discriminação racial, social ou sexual, pois a igualdade é um conceito de tal forma enraizado que não existe espaço para a marginalização.
Acontece que o mundo não é perfeito e a sociedade ideal não existe. Não estará então na altura de olharmos de frente os seus tão grandes defeitos, sem falsos moralismos nem hipocrisias, e em vez de escondermos a cabeça na areia fazermos alguma coisa para minorar o sofrimento daqueles que deles são vítimas?
Ufa.. ainda bem que isto não passa de uma utopia, senão não íam ser precisos psicólogos para nada e eu teria de me realizar profissionalmente noutra área!!
ResponderEliminarNão queres constituir Governo? Votava em ti.
ResponderEliminarPara já, linkei-te. ;)
Obrigada, mas governo nem pensar! ;)
ResponderEliminarCara Luna:
ResponderEliminarIsso não é uma sociedade ideal. É uma sociedade utópica.
Na sociedade ideal, continua a existir aborto, gravidez indesejada, prostituição, racismo, discriminação e crime.
Mas na sociedade ideal, o aborto pode ser feito com apoio especializado e a mulher não tem de passar a humilhação suprema de ir a um tribunal responder por um «crime» (sic). Na sociedade ideal, a gravidez indesejada existe, mas é residual porque existe informação e educação sexual. Existe prostituição, mas apenas se dedicam a ela homens e mulheres que, conscientemente, a encaram como um natural modo de ganhar dinheiro. O racismo e a discriminação também existem, mas a quantidade de oportunidades de estudar, de trabalhar em sectores dignos e o grau de civismo é tanto que apenas os imbecis recorrem a essas formas baixas de argumentação. Finalmente, também existe crime, mas os presos não são mantidos 2,3,4 ou mais anos em prisão preventiva, o trabalho em favor da comunidade é uma pena aplicada amiúde, as prisões têm um mínimo de dignidade e os crimes são julgados com critérios de insenção, onde o adágio: «quem rouba um tostão é um ladrão; quem rouba um milhão é um barão», há muito foi eliminado da sabedoria popular por ser falso.
Penso que seja esta a diferença, cara Luna: nós vivemos na realidade que temos, mas devemos ter uma sociedade ideal - não utópica - por a qual lutemos.
E esta sociedade ideal existe, ou muito perto disso. Basta olharmos para países como a Noruega, Suécia ou Finlândia.
Carlos
As perguntas também as conheço...As respostas é que tardam. As que dependem de mim, sei e dou! As que dependem de outrém...Passam pela minha cruzada de erradicar a estupidez. Eu tento...
ResponderEliminarSubscrevo o comentário do Carlos Malmoro.
Ó Luna andas a ler muita Utopia, não?
ResponderEliminarMeu caro Carlos, permita-me um pequeno comentário para abreviar o longo e consensual texto. Tomemos o vocábulo ideal como sinónimo de perfeito. As sociedades são constituídas por homens. Os homens são imperfeitos. Logo não há sociedades perfeitas. Chama-se a isto a lógica da batata. Porém, sonhar não custa. Pelo menos, not yet...
A tua sociedade ideal é um sonho. Mas será que conseguiríamos viver nessa sociedade ideal?
ResponderEliminarFelizmente o meu querido Blackito compreende a minha linguagem e perce que ideal é perfeito e que o "minha" não está ali por acaso, é a minha imagem de sociedade perfeita, ou utópica, se assim o desejarem. Se lerem com atenção o final, verão que digo que esta não existe e que o melhor que fazemos é adaptarmo-nos ao mundo tal como ele é, e não como se fosse um hipotético mundo perfeito.
ResponderEliminarNão será difícil imaginar também que o post vem em sequência dos anteriores sobre o aborto e a hipocrisia a ele associada, bem como a certos comentários que tive o desprazer de ler.
Em "perce" ler "percebe".
ResponderEliminarPois é. Infelizmente nao existe, mas a verdade é que podia ser mesmo um bocadinho mais 'ideal' do que realmente é... Continuo a acreditar que se lutarmos, conseguimos mudar algo para melhor. Quando deixar de acreditar nisto, é pq morri, verdadeiramente ou apenas o meu espírito... Qr pessoa se identificaria com a tua sociedade ideal. Grande blog... Vou 'linkar-te'... ;)
ResponderEliminarUma vez que sei que os comentários que tiveste o desprazer de ler foram meus, vou esperar por dias melhores em que a minha palavra não seja somente utilizada na criação de conflitos mas sim de levantamento de questões importantes que vocês na vossa profunda cegueira, geralmente, negligenciam.
ResponderEliminarSabes Luna, há formas de discutir uma ideia, e não é chamando de hipocritas e falsos moralistas que chegas à tua tão ansiada razão.
Beijos
R.
Cara Luna e Blackmarrow:
ResponderEliminarSubstituam no meu texto o vocábulo ideal por possível.
Isso é que eu pretendo dizer: não existem sociedades perfeitas. Mas existem sociedades onde é possível abortar sem se ser julgado por isso, onde a gravidez indesejada é residual e onde as prisões não são escolas de crime ou locais de contágio de DST, etc, etc.
Ou seja, isto não é um sonho, Blackmarrow: sociedades destas existem! Isto é, você, eu e a Luna, poderíamos fazer e ser exactamente tudo aquilo que fazemos e somos hoje, mas poderíamos viver numa sociedade mais justa. Eu não me bato por sociedades utópicas ou perfeitas, mas sim por sociedades possíveis.
Carlos
E sexo com carácter pecaminoso, há?
ResponderEliminarJá agora, Carlos, explica-me lá porque é que na Suécia a taxa de suicídio é tão elevada?
Se isso (nº de suicídios) é um indicador de mais/menos proximidade à sociedade ideal, quer dizer que a região portuguesa mais próxima desta meta é o Alentejo?
[leia-se «maior/menor»]
ResponderEliminarCaro vampire xii (sempre desejei tratar um vampiro amigavelmente):
ResponderEliminaro estado sueco não decreta que as pessoas se tenham de suicidar. O estado português decreta que, se uma mulher abortar, é julgada como criminosa.
Carlos Malmoro
parece-me justo... se bem que a Utopia não é uma palavra proibida!
ResponderEliminarda para perceber... mas tem muitas contradições... sorry uma opiniao
ResponderEliminarÉs uma rapariga priveligiada, mas alguma vez perguntaste aos teus pais se não foste uma gravidez indesejada? Secalhar se os teus pais pensassem como tu não estarias agora a dizer que eras uma rapariga priveligiada. Queres foder como uma maluca? força, mas quem tem o poder de dar a vida não és tu nem qualquer outra pessoa. Pensa assim, quando morreres terás os filhos que mataste a dizer: Obrigado mãe por me teres morto, aqui estou bem melhor, aqui sinto-me amado!
ResponderEliminarCada vez agradeço mais a Deus a rapariga espectacular que colocou ao meu lado!
alguem conhece o zeitgeist (filme)?? eles falam exatemente disso, na minha opiniao nao é uma utopia, é o futuro
ResponderEliminarps: bom blog
A sociedade ideal é uma utopia inatingível mas que se renova continuamente nas ideias, na filosofia, na matemática, na origem do cosmos, nos contrários, caos/ordem, nunca na ilusão materialista.
ResponderEliminarhttp://josmaelbardour.blogspot.com/