6 de novembro de 2006

Para reflectir

O estado que impede uma mulher de decidir se quer ou não ter um filho indesejado é o mesmo que, em caso de guerra, lhe leva esse filho e lhe põe uma arma nas mãos para matar e ser morto em prol de razões com as quais pode até nem concordar.
Como se avalia que razões podem ser consideradas legítimas para se pôr termo a uma vida? Serão as do indivíduo menores que as da colectividade? Legalmente sim, mas até que ponto?
No limite, aniquilando o indivíduo e o poder de autodeterminação sobre a sua vida, não se chegará a uma forma de totalitarismo e opressão?

5 comentários:

  1. O que me irrita é ouvir mulheres defenderem o 'não' à despenalização ao aborto, o que me irrita e choca e tudo e tudo é ouvir mulheres defenderem penas de prisão para outras mulheres que façam um aborto...

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  2. Gostei de te ler. Respeito é a compreensão da mulher como um ser de enorme inteligência e sensibilidade, capaz de tomar de acordo com estas características as suas decisões. Sou completamente a favor da DESPENALIZAÇÂO porque acredito acima de tudo que consciência e lúcidez só se adquirem longe, como dizes, de totalitarismo e opressão.
    Ninguém é simplesmente a favor do aborto,como muitos se atrevem a acusar. E é a esses que não reconheço qualquer mérito nos argumentos.

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  3. Hoje em dia as guerras são feitas por profissionais e com profissionais para o efeito. Ninguém leva os filhos a ninguém porque eles é que querem ir.

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  4. O coneceito de autodeterminação não passa pela vida em sociedade. Ainda hoje fui buscar a recompensa da minha autodeterminação aos correios via-PSP.

    eheheh

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