30 de janeiro de 2007

Fico extasiada perante estas demonstrações de brilhantismo

Porque será? Se calhar é porque o aborto é uma consequência de uma gravidez indesejada, que, tal como a palavra indica, é uma situação indesejada, e em princípio ninguém é a favor de uma situação que à partida é indesejada. Além disso, e apesar de eu considerar que a palavra indesejada diz tudo, mas sem menosprezar a capacidade alheia de não o entender assim, o aborto é uma consequência penosa para a mulher, desagradável física e psicologicamente, pelo que toda a gente preferia que não existisse. Tal como a gravidez indesejada. Alguém, além da Kátia Guerreiro cuja preocupação principal é a demografia, será a favor das gravidezes indesejadas? Parece-me simples, mas enfim...
Qualquer dia ainda oiço alguém a dizer que as mulheres engravidam de propósito só para poder abortar.

3 comentários:

  1. Bem, eu recebi um email que afirmava que várias pessoas importantes da nossa história nasceram de gravidezes indesejadas! Parece que existem pessoas que são a favor das gravidezes indesejadas porque é assim que nascem os grandes génios...

    E o pior é que muitos indecisos se deixam levar por esse tipo de campanhas!!!

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  2. Independentemente de ser indesejada ou não, acho que nós todos somos a favor da vida, sob pena de o sermos a favor da morte. Eu também na minha vida passei por muitas situações indesejadas e tenho que levar com elas. A isto chama-se responsabilização. A despenalização não vai cobrir os restantes casos de abortos clandestinos, mas tão só até às 10 semanas. Acho que estamos a tentar ir por uma via interina em que limpámos as mãos, muito embora esquecendo que o problema da clandestinidade do aborto continuará a subsistir. Um estudo estatístico confirmou que essas ditas gravidezes indesejadas resultam da falta de apoio. Não acham que este problema merece uma solução mais profunda do que descartar algo que vocês dizem que não é pessoa não é nada? Alguma coisa há-de ser. Vida, pelo menos, é. E Vida, na nossa Constituição, implica inviolabilidade. Bastaria que se criasse uma legislação sobre nascituros (como se está a revelar no Brasil) ou medidas de apoio à natalidade, como a Alemanha, para que este problema fosse enquadrado de uma forma mais eficiente.

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  3. Eu acho, porque já o senti, que um feto já é uma vida e não me canso de dizer que o meu filho nasceu quando foi concebido. Estava lá, ligado a mim, tinha vida sim! Não sei se já viste o coração a bater num ser tão, tão pequenino.
    Parabéns pelo blog mas, nesta questão, não concordo minimamente contigo.

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