7 de fevereiro de 2007

Life after blogger #2

Há um blogger que me atrai. Sim, nesse sentido mesmo, o que se há de fazer, o tipo mexe comigo, dá-me os calores, enfim... Nesta fase penso seriamente internar-me numa instituição psiquiátrica para pessoas com disfunções internetianas. E não, é óbvio que não vou dizer quem é nem sob tortura. Mas continuando, o tal gajo. O gajo escreve bem, muito bem mesmo, o que me me estimula certamente partes cerebrais não estudadas com ligações a outras partes cerebrais que mexem com outras partes que acabam por mexer com, bem, you know what. Nunca o vi, não trocámos uma palavra, um comentário, nem sequer um mailezinho mixuruca, é uma relação apenas unilateral, mas ainda assim sinto que o conheço. É a vantagem (ou desvantagem) dos blogues, a exposição do que somos torna quase possível que alguém nos conheça sem nunca nos ter visto. Aquilo que por vezes demora anos a descobrir e que faz com que conheçamos alguém, é muito mais facilmente revelado através da palavra escrita, em que obrigatoriamente pomos algo de nós. A palavra escrita resume ao essencial o que desperdiçamos em palavras inúteis oralmente.
Um blogue é um resumo de quem o escreve. Gostar de um ou de outro, são apenas detalhes.

4 comentários:

  1. Bem, eu tive, recentemente, paixonetas por personagens de dois filmes, o que, tendo em conta o elemento imaginário, parece quase um sintoma simétrico do que aqui descreves.
    Há o contributo visual e mesmo verbal, mas a pessoa não existe.

    Curioso :)

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  2. Pois, eu sou apaixonada pelo Mr. Darcy, por exemplo, e tanto faz que seja em filme ou livro. :)

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  3. È verdade, no passado as pessoas apaixonavam-se assim...

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  4. “Imagina
    Imagina
    Hoje à noite
    A gente se perder
    Imagina
    Imagina
    Hoje à noite
    A lua se apagar”

    Chico Buarque

    Como diz o seu amigo Chico é tudo uma questão de imaginação, e a palavra é fértil. Concordo consigo e com o Chico :)

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