17 de março de 2007

Filhos

Ao contrário de muitas mulheres, não creio que ter filhos seja condição necessária para a realização pessoal. Pode, no entanto, entreter a solidão por uns anos.

11 comentários:

  1. Se assim fosse, aquelas que têm a infelicidade de nascer estéreis ou aquelas que, em virtude da vida que levam, não encontram forma de engravidar, fariam o quê? um tiro nos cornos, clausura conventual?
    Não podia concordar mais contigo e se é certo que tais circuntâncias podem contribuir para algum vazio na vida de algumas mulheres (nas quais me incluo), certo é também que essas mulheres encontram formas de se dedicarem a tantas coisas na vida, que muito dificilmente alguem dirá que a vida das mesmas é vazia ou inutil.
    Já ouvi de familiares algumas coisas que me chocaram, mas nenhuma me marcou tanto como a afirmação inconcebivel de que todos nascemos para constituir e criar uma família.

    ResponderEliminar
  2. Não podia concordar mais contigo. Embora quase sempre concorde. :)

    ResponderEliminar
  3. E ainda mais giro é que nunca comento mas este post está bom demais para eu não comentar.É!

    ResponderEliminar
  4. Enquanto homem, entendo que a questão não terá que ver com problemas de incapacidade, ou porque se é estéril ou pela vida que se leva. Essa será uma situação mais triste porque não deixa opção de procriar, sendo ainda assim possível adoptar. Eu sou a favor da liberdade de escolha e entendo que ninguém vem ao mundo apenas para constituir e criar uma família.
    Quanto ao post da Luna, mais uma vez como homem, tenho também a opinião que realização pessoal não tem que passar por ter filhos.
    Quem entende que para si ter filhos levará á sua realização pessoal tem a mesma legitimidade de todos os que entendem que não necessitam de ter filhos para ser realizado.
    Por último, entendo ainda que as pessoas podem até mudar de opinião durante a vida. Eu, para já, nãome sinto motivado a ser pai, e já fui criticado por isso. Entendi não voltar a conversar sobre o assunto com as pessoas que me conhecem melhor e se sentem no direito de me confrontar.

    ResponderEliminar
  5. cj,
    creio que o que a lua quer dizer quando usa o "entreter a solidão" é que se as mulheres
    (ou os homens, umas vez que
    pais são ambos)
    delegam na ma/paternidade a sua realização pessoal/felicidade algo vai mal; se se, e só disso
    (com tudo o que o "disso" envolve e que é muito)
    depende para ser feliz... é um muito mau príncipio...

    PS - Li assim... Se assim não for mil mui humildes perdões...
    Ele

    ResponderEliminar
  6. ok, mas a expressão parece leviana "per si".
    mas é um facto que muita gente arranja um novo (e único) sentido de vida na paternidade.

    ResponderEliminar
  7. Entreter como um adiar distraindo.

    ResponderEliminar
  8. Já vi amigos meus fazerem esse malabarismo, e as coisas correram sempre mal. Porque cedo ou tarde, aquilo que foi usado como forma de escapar a solidão só se transforma em solidão trabalhosa.
    A descendência deve ser um acto de amor em primeiríssimo lugar, e poucas coisas na vida devem ser tão absolutamente desejadas e bem pensadas, mas confundi-la com realização pessoal é por nas costas de alguem um fardo que nunca deveriam ter.
    E tens razão. Infelizmente acontece muitas vezes...

    ResponderEliminar
  9. Concordo contigo na primeira parte, ter filhos não é importante para a realização pessoal. Ponto Final parágrafo, mas, quando se toma a opção de is ter, é por uma razão muito simples, o Amor! Não a solidão, senão, tomava-se a opção de ter um cão ou gato, que serve para isso mesmo.
    Filhos, são uma dádiva , e não um brinquedo para nos entreter.
    Beijos.

    ResponderEliminar