16 de abril de 2007

Le cynisme

Percorrendo a lista dos preferidos concluo rapidamente serem de direita os meus bloggers de eleição, aqueles que leio todos os dias e que não raras vezes me fazem ganhá-los pelo humor cínico com que descrevem a sociedade. Paródias a mulheres de esquerda, quantas me fazem sorrir, pela inteligência com que são construídos os estereótipos e comportamentos grupais. Coisa que Alexandre Soares Silva faz magistralmente, por exemplo, ou, com mais violência, o já referido Tiago Galvão. E se o seu cinismo, acompanhado de uma escrita perfeita, me levam a admirá-los incondicionalmente, sei que a educação os impediria de usarem da mesma condescendência desdenhosa em respostas pessoais. E é lá que reside le nombre. Coisas que se vêem.
O que me leva aos textos anteriores. Se numa primeira leitura achei alguma graça às provocações, afinal é coisa do diabo, não tendo resistido a comentar a resposta sobranceira e arrogante aniquilou qualquer tipo de simpatia que me pudesse suscitar o autor. E de arrogância sei eu, que dela também tenho uma boa dose.
Já dizia Lizzy Bennett: "I could easily forgive his pride, if he had not mortified mine." E dizia bem. Jane Austen percebia disto p'ra caraças.

*"Le cynisme" ( ou em português "O cinismo")

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