14 de junho de 2007

Eu hoje acordei assim©

O silêncio como resposta a um insulto tem um significado muito concreto. Qualquer pessoa decente percebe-o. Mas aqui reside o erro de que falo neste último parágrafo: as criaturas - anónimas ou não - que insultam o próximo não são decentes e por isso não compreendem o silêncio como resposta. Se não compreendem as palavras, como hão-de compreender o silêncio? Aquele abaixo dos níveis mínimos de dignidade chega a confundi-lo com vergonha ou cobardia e considera-o uma espécie de sinal verde para continuar a sua prática difamatória. Tenho tentado perceber a confusão e concluí o seguinte: quem insulta quer falar, conversar, resolver qualquer coisa lá sua com um completo estranho, tagarelando, dizendo coisas, usando as palavras como se fossem tijolos. Quando se depara com o silêncio absoluto, fica sem saber o que fazer. Atira os tijolos contra uma parede e, olhando para os cacos, recusa-se a aceitar que se partiram. A questão é apenas afectiva. Vieram bater à porta errada. Não sou a pessoa indicada para tratar os afectos mal resolvidos de estranhos.

Com vontade de reler este magnífico texto da Charlotte.

4 comentários:

  1. Hmmm... Isto terá a ver com o comentário que apagaste uns posts ali abaixo?

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  2. Querida Luna nem me digas nada! É o ideal para colocar no meu blog.

    Tenho sido vítima da frustração de uma pessoa, que passa os dias e as noites a enviar comentários completamente ofensivos para o meu blog. Eu apago-os todos, não dou importância nenhuma mas o tipo não desiste. Irra.

    http://amoreumlugarestranho.blog.com/

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