Diz que eu conheço um dos gatos de serviço. Diz que a ideia está giríssima. Diz que eu vos aconselho a irem lá espreitar. Diz que eu vos peço que façam publicidade a este blog nos vossos cantinhos. Diz que vocês vão fazer a vontade à Picas?
E uma mulher que diz. «o meu homem» é o quê? Não entendo essa dita «parolice», até porque o Código Civil refere «nubentes», «esponsais« ou «contraentes». Homem ou mulher é apenas o género, e como se sabe o casamento é apenas um contrato regulado pela lei civil. Portanto, «esposo» ou «esposa» está correcto. Parece-me que «o meu homem» ou «a minha mulher» é muito mais parolo.
Pá eu sinceramente... Ok, não uso nem esposo nem esposa, é mesmo marido/mulher, donde:
1. acho muito mais democrático o esposo/esposa (para o mesmo grau de democraticismo deveria ser marido/marida ou em alternativa homem/mulher) - dizer "a minha MULHER" tem muito daquele cena de posse do antigamente; 2. acho de um pretenciosismo enorme afirmar-se "é parolo" só porque sim. quem diz que é parolo? não será essa pessoa, sim, parola?
Tudo depende de com quem se dialoga. O termo mulher quando usado no sentido de "marido e mulher" toma o sentido de feminino de marido e não como feminino de homem, isto é, temos uma mesma palavra que tem dois significados: mulher enquanto género do individuo e enquanto pessoa do sexo feminino que está casada com. Acho sinceramente que dependendo com que se fale se deve usar o termo esposa/mulher ou esposo/marido, o que for mais adequado. Não me choca um nem outro. O que não gosto de ouvir é "mê home" e a "minha maria", mas tudo isto é subjectivo e uma questão de perspectiva: já viram a cara da maioria dos septuagenários quando alguem se refere à sua outra metade como o "meu gajo" ou a "minha gaja", mesmo que no gozo?
Sim, acho e é parolo. Sou portanto parola segundo alguns comentadores por julgar os outros parolos. Mas a vida social é regulada com base em regras e convenções e, temos pena, mas ou se sabe ou não.
Dizer "a minha esposa" é o equivalente ao dedo espetado ao pegar na chávena de café por se pensar parecer mais fino ou comer pão de faca e garfo.
Aquando do casamento religioso o padre declara os noivos "marido e mulher" não "esposo e esposa", certo? De modo que o correcto é dizer "o meu marido" e "a minha mulher", NUNCA "o meu esposo" e "a minha esposa".
Quando se se refere a terceiros, o termo já é aceite e "a sua esposa" ou "o seu esposo" podem e devem ser usados.
Não sei se é "parolo" mas que é horrível é. Marido e mulher são as palavras adequadas e soam bem melhor do que esposo e esposa: o meu marido, a minha mulher, o marido dela, a mulher dele.
Para conferirem que isto não vem do nada ou da cabeça de pessoas que se lembraram um dia considerar piroso dizer esposo e esposa sigam os links. Não é por acaso que a minha mãe mo ensinou de pequenina.
Certo. Continuo a achar pretencioso o dizer-se que é "parolo". Talvez ficasse melhor dizer tão-só "é incorrecto". Talvez. Em todo o caso meninas e senhoras, não se esqueçam: "seja qual for a espécie de convite, o nome do marido sempre precede o da mulher, como cabeça, que é, do casal"
eu gosto sempre de uma justificação com base no que dizem outros. ou no porque sim.
O que é que o casamento tem a ver para o caso? A forma legal é cônjuge porque não essa? e se forem judeus? ou muçulmanos? Porque é que a caras ou a Paula Bobonne ou tu acham que podem definir o que EU devo achar parolo? e mesmo que eu saiba as "regas e convenções" posso escolher pensar por mim não é?
Acho que neste caso se calhar diria o nome da pessoa como Carla ou Firmina ou José. Também é assim que chamo os meus pais, pelo nome. Se calhar é parolo. Nunca tinha pensado nisso, mas deve ser muito importante.
Tomtraubert as regras de etiqueta existem, e devem ser cumpridas principalmente em ocasiões formais. Podes concordar ou não, mas são regras por vezes muito antigas e que regem o comportamento adequado em sociedade. Porque é que a faca é do lado direito e o garfo do lado esquerdo? Porque é que não se arrota à mesa (no mundo ocidental)? São regras de etiqueta que geralmente têm razões lógicas para o ser desta forma. Se decides cumpri-las ou não, é opção pessoal, mas é possível que demonstres depois uma certa falta de chá se o não fizeres, mesmo que não propositadamente. Se te estás a cagar para isso, óptimo. Esperemos que não tenhas de te movimentar em meios protocolares e não haverá problema de maior.
Ninguém disse que era parolo chamar ninguém pelo nome, mas por meu esposo ou minha esposa, lamento imenso, é.
Mas eu nisso concordo contigo Luna. Só que estamos a chamar coisas diferentes a uma gafe de protocolo. Tu chamas parolo e eu uma gafe de protocolo.
Eu preferia dizer bárbaro inculto do que parolo. Parolo na minha definição implica um sentido estético, que eu não acho que deva/possa ser definido por outra pessoa, por ser sempre pretensioso. Para mim parolo é gostar do Luís Represas, mas claro se digo isto, para além de ser parolo pela minha definição levo com uma data de pessoal em cima :-)
É uma forma de expressão, claro. Mas dizer que é parolo gostar de música brasileira é como dizer é parolo gostar de jazz ou coisa assim. Música brasileira há-a muito boa e com qualidade, tal como há géneros que abomino tipo baile-funk e a galinha da vizinha. Pode não-se gostar, mas daí a dizer que é parolo gostar de Vinícius de Moraes ou Chico Buarque vai um bocado.
Eu concordo com a Papoila quanto à música brasileira. Já quanto à noção de cabeça de casal, devo dizer que o elemento mais velho é quem deve assumir essa posição - pelo menos à face da Lei: mas como uma papoila é a origem de todo o opiácio, talvez possamos abrir excepção.
Quanto aos cônjuges, tema principal... o melhor mesmo é que passem a vida sem o ser, que se refiram um ao outro como "o meu namorado/a": acreditem que evitam um montão de chatice na hora de se tornarem ex-o/a.
A "papoila" é parola (além de parva, com aquela conversa da música brasileira... como se a "música brasileira" fosse uma só e, por isso, catalogável). E não percebeu. Os parolos, aliás, são como as pessoas preconceituosas: nunca se reconhecem como tal. Uma pessoa parola nunca admitirá que o é porque desconhece o conceito, que julga reconhecer (erradamente), no outro. O parolo pensa que ser parolo é ser "kitsch" e gostar do popularucho. Não é: ser parolo não é uma questão de gosto, é uma maneira de estar na vida (o teu exemplo do mindinho é perfeito, Luna). A principal característica do parolo é não saber definir o que é ser-se parolo.
"tom": não posso chamá-lo de "parolo" porque os dados de que disponho são insuficientes, mas basta ir ao seu blogue para ver de que lado estão os delírios de "superioridade estética" (ai os telhados de vidro). Quanto à "falta de chá" (acusou-me disso não foi?), pois é, tal como acontece com o termo "parolo", muita gente a usa erradamente, sem saber o que signfica... temos pena. E agora que já brincámos um bocadinho, meninos, vou trabalhar.
Um beijinho, querida Luna (gabo-te a paciência, acredita). :)
Claro, nunca reconhecemos em nós aquilo que criticamos nos outros. Ou até podemos reconhecer, mas para nós, atribuindo essa característica a quem nos critica. Sentimo-nos atingidos e, como as crianças, temos a nossa forma de dizer "quem diz é quem é". :) É como a parvoíce. E concordo que ser parolo não é gostar do popularucho. Ser parolo é tão-só achar-se mais que os outros. (e agora vou ali ao dicionário e já venho)
Por acaso nem sequer acho Vinicius ou Buarque parolo. Simplesmente não gosto, julgo ter o direito a não gostar de algo. Parolo, sim, é gostar-se de alguma coisa com medo que os outros julguem parolo se não se gostar.
Parolo é não ter gostos assumidos ou definidos para poder cair sempre na gaça de todos.
Mas não levo nada a mal que me aches parola por não gostar de bossa nova e todas as eruditices brasileiras. Simplesmente não mudo o meu gosto para agradar a ninguém. Isso é parolo?
[«Luna disse... Depende da música brasileira. Não gostar de bossa nova para mim é crime.»]
Thunderlady said... Aos teus olhos sou uma criminosa... pronto assumo ;)
Luna said... É uma forma de expressão, claro...
O facto de uns 50% da musica passada aqui ser brasileira, muito Jobim, Vinícius, Elis ou Chico, deve dar uma pequeníssima ideia dos meus gostos e preferências, não?
Acho que se tiver de explicar mais alguma coisa sobre este assunto corto os pulsos.
Acho a discussão tipicamente portuguesa e dou os parabéns a todos! O portugues tem sempre muito medo da parolice e passa a vida a dividir as coisas em certo/errado e a colocar-se e achar-se no lado certo. As etiquetas servem, não sei se será o caso, para serem cortadas como a lingerie cor-de-rosa da Luna... ;)
O adjectivo "parolo" repugna-me, confesso, mas não vou... adjectivá-lo.
Esposo é de uma piroseira atroz - já tive de dizer isso na Gota, num comentário, a uma pessoa de quem muito gosto.
Consegue ser ainda pior do que dizer lábios (BEIÇOS, lábios têm as senhoras noutro sítio!)), mala (CARTEIRA!), vivenda (MORADIA!), conduzir (GUIAR!), rádio (TELEFONIA!) e outras muitas.
Estou contigo, educadamente: PORRA!
Quanto a pretencioso (pretensioso), lido algures nos comentários... nem me pronuncio...
P.S. E já agora, se não te importares, diz à Controversa Maresia que aquela vírgula entre esposa" e não é crime de lesa-majestade em Português: separa sujeito e predicado. Quem quer dizer mal deve exprimir-se bem.
RETRACTAÇÃO: Reli a frase e peço desculpa, está correcta; a vírgula antecede uma nova oração. Humilde pedido indulgência à Controversa Maresia. Eu e as minhas impulsividades...
O Mourinho tratar a mulher por "a minha esposa" é do mais parolo que pode haver. Não há dúvidas!
P.S. - E nem tem desculpa que o justifique. Tal como o facto de nunca se ter preocupado em aprender a usar o pretérito dos verbos em inglês. É o Special One, sim senhor, mas falta-lhe o resto.
Certo! esposo(a) é piroso que se farta. Mais vale não casar para não correr riscos...
ResponderEliminarTrue!
ResponderEliminarE o termo "companheiro"? eheh
Esse então mata-me de tão foleiro que é!
E a mulher diz "o mê home"?
ResponderEliminarDiz que eu conheço um dos gatos de serviço. Diz que a ideia está giríssima. Diz que eu vos aconselho a irem lá espreitar. Diz que eu vos peço que façam publicidade a este blog nos vossos cantinhos. Diz que vocês vão fazer a vontade à Picas?
ResponderEliminarwww.sevenblackcats.blogspot.com
"A minha esponja". é bimbo.
ResponderEliminarÉ como "faleceu". Morreu, senhores, morreu.
ResponderEliminarParolo, mas mesmo parolo é quem acha qu tem a "superioridade estética" de definir o parolo.
ResponderEliminarSão geralmente os que depois transformam o que segundo eles era parolo em kitsch.
E uma mulher que diz. «o meu homem» é o quê?
ResponderEliminarNão entendo essa dita «parolice», até porque o Código Civil refere «nubentes», «esponsais« ou «contraentes». Homem ou mulher é apenas o género, e como se sabe o casamento é apenas um contrato regulado pela lei civil. Portanto, «esposo» ou «esposa» está correcto. Parece-me que «o meu homem» ou «a minha mulher» é muito mais parolo.
Pá eu sinceramente...
ResponderEliminarOk, não uso nem esposo nem esposa, é mesmo marido/mulher, donde:
1. acho muito mais democrático o esposo/esposa (para o mesmo grau de democraticismo deveria ser marido/marida ou em alternativa homem/mulher) - dizer "a minha MULHER" tem muito daquele cena de posse do antigamente;
2. acho de um pretenciosismo enorme afirmar-se "é parolo" só porque sim. quem diz que é parolo? não será essa pessoa, sim, parola?
Não sei se é parolo... mas que não gosto. Não.
ResponderEliminarTudo depende de com quem se dialoga. O termo mulher quando usado no sentido de "marido e mulher" toma o sentido de feminino de marido e não como feminino de homem, isto é, temos uma mesma palavra que tem dois significados: mulher enquanto género do individuo e enquanto pessoa do sexo feminino que está casada com.
ResponderEliminarAcho sinceramente que dependendo com que se fale se deve usar o termo esposa/mulher ou esposo/marido, o que for mais adequado. Não me choca um nem outro. O que não gosto de ouvir é "mê home" e a "minha maria", mas tudo isto é subjectivo e uma questão de perspectiva: já viram a cara da maioria dos septuagenários quando alguem se refere à sua outra metade como o "meu gajo" ou a "minha gaja", mesmo que no gozo?
E a vida lá de fora agita as coisas. E tu? Achas parolo?
ResponderEliminarPossívelmente a 'esposa dele' acha-o sexy e carismático.
ResponderEliminarÉ claro que a parolice irrita, mas também ninguém escapa a ser parolo de vez em quando...
Sim, acho e é parolo. Sou portanto parola segundo alguns comentadores por julgar os outros parolos. Mas a vida social é regulada com base em regras e convenções e, temos pena, mas ou se sabe ou não.
ResponderEliminarDizer "a minha esposa" é o equivalente ao dedo espetado ao pegar na chávena de café por se pensar parecer mais fino ou comer pão de faca e garfo.
Aquando do casamento religioso o padre declara os noivos "marido e mulher" não "esposo e esposa", certo? De modo que o correcto é dizer "o meu marido" e "a minha mulher", NUNCA "o meu esposo" e "a minha esposa".
Quando se se refere a terceiros, o termo já é aceite e "a sua esposa" ou "o seu esposo" podem e devem ser usados.
Não sei se é "parolo" mas que é horrível é. Marido e mulher são as palavras adequadas e soam bem melhor do que esposo e esposa: o meu marido, a minha mulher, o marido dela, a mulher dele.
ResponderEliminarTão simples quanto isto.
Para conferirem que isto não vem do nada ou da cabeça de pessoas que se lembraram um dia considerar piroso dizer esposo e esposa sigam os links. Não é por acaso que a minha mãe mo ensinou de pequenina.
ResponderEliminaraqui e aqui
Aqui a tua chafarica começa a ser um serviço público!!!
ResponderEliminarCerto. Continuo a achar pretencioso o dizer-se que é "parolo". Talvez ficasse melhor dizer tão-só "é incorrecto". Talvez.
ResponderEliminarEm todo o caso meninas e senhoras, não se esqueçam: "seja qual for a espécie de convite, o nome do marido sempre precede o da mulher, como cabeça, que é, do casal"
eu gosto sempre de uma justificação com base no que dizem outros.
ResponderEliminarou no porque sim.
O que é que o casamento tem a ver para o caso? A forma legal é cônjuge porque não essa? e se forem judeus? ou muçulmanos?
Porque é que a caras ou a Paula Bobonne ou tu acham que podem definir o que EU devo achar parolo? e mesmo que eu saiba as "regas e convenções" posso escolher pensar por mim não é?
Acho que neste caso se calhar diria o nome da pessoa como Carla ou Firmina ou José. Também é assim que chamo os meus pais, pelo nome. Se calhar é parolo.
Nunca tinha pensado nisso, mas deve ser muito importante.
e que tal "a minha patroa"?
ResponderEliminar(boa tomtraubert)
Tomtraubert
ResponderEliminaras regras de etiqueta existem, e devem ser cumpridas principalmente em ocasiões formais.
Podes concordar ou não, mas são regras por vezes muito antigas e que regem o comportamento adequado em sociedade. Porque é que a faca é do lado direito e o garfo do lado esquerdo? Porque é que não se arrota à mesa (no mundo ocidental)? São regras de etiqueta que geralmente têm razões lógicas para o ser desta forma.
Se decides cumpri-las ou não, é opção pessoal, mas é possível que demonstres depois uma certa falta de chá se o não fizeres, mesmo que não propositadamente. Se te estás a cagar para isso, óptimo. Esperemos que não tenhas de te movimentar em meios protocolares e não haverá problema de maior.
Ninguém disse que era parolo chamar ninguém pelo nome, mas por meu esposo ou minha esposa, lamento imenso, é.
Mas eu nisso concordo contigo Luna.
ResponderEliminarSó que estamos a chamar coisas diferentes a uma gafe de protocolo. Tu chamas parolo e eu uma gafe de protocolo.
Eu preferia dizer bárbaro inculto do que parolo. Parolo na minha definição implica um sentido estético, que eu não acho que deva/possa ser definido por outra pessoa, por ser sempre pretensioso.
Para mim parolo é gostar do Luís Represas, mas claro se digo isto, para além de ser parolo pela minha definição levo com uma data de pessoal em cima :-)
Ui Tomtraubert se formos por aí então....
ResponderEliminar:DDDD
Para mim será parolíssimo gostar de música brasileira!
(isto agora vai ser bonito, vai!)
ResponderEliminarPara mim, isto não vai dar a lado nenhum...
ResponderEliminarTentem fazer piadas sem serem politicamente incorrectos, vá.
( e é verdade, é parolo gostar de musica brasileira )
Depende da música brasileira. Não gostar de bossa nova para mim é crime.
ResponderEliminarAos teus olhos sou uma criminosa... pronto assumo ;)
ResponderEliminarÉ uma forma de expressão, claro. Mas dizer que é parolo gostar de música brasileira é como dizer é parolo gostar de jazz ou coisa assim.
ResponderEliminarMúsica brasileira há-a muito boa e com qualidade, tal como há géneros que abomino tipo baile-funk e a galinha da vizinha. Pode não-se gostar, mas daí a dizer que é parolo gostar de Vinícius de Moraes ou Chico Buarque vai um bocado.
Eu concordo com a Papoila quanto à música brasileira. Já quanto à noção de cabeça de casal, devo dizer que o elemento mais velho é quem deve assumir essa posição - pelo menos à face da Lei: mas como uma papoila é a origem de todo o opiácio, talvez possamos abrir excepção.
ResponderEliminarQuanto aos cônjuges, tema principal... o melhor mesmo é que passem a vida sem o ser, que se refiram um ao outro como "o meu namorado/a": acreditem que evitam um montão de chatice na hora de se tornarem ex-o/a.
ResponderEliminarA "papoila" é parola (além de parva, com aquela conversa da música brasileira... como se a "música brasileira" fosse uma só e, por isso, catalogável). E não percebeu. Os parolos, aliás, são como as pessoas preconceituosas: nunca se reconhecem como tal. Uma pessoa parola nunca admitirá que o é porque desconhece o conceito, que julga reconhecer (erradamente), no outro. O parolo pensa que ser parolo é ser "kitsch" e gostar do popularucho. Não é: ser parolo não é uma questão de gosto, é uma maneira de estar na vida (o teu exemplo do mindinho é perfeito, Luna). A principal característica do parolo é não saber definir o que é ser-se parolo.
ResponderEliminarBem, vieira do mar ainda bem que a falta de chá, para usar uma expressão da Luna, é uma característica dos parolos.
ResponderEliminar"tom": não posso chamá-lo de "parolo" porque os dados de que disponho são insuficientes, mas basta ir ao seu blogue para ver de que lado estão os delírios de "superioridade estética" (ai os telhados de vidro). Quanto à "falta de chá" (acusou-me disso não foi?), pois é, tal como acontece com o termo "parolo", muita gente a usa erradamente, sem saber o que signfica... temos pena.
ResponderEliminarE agora que já brincámos um bocadinho, meninos, vou trabalhar.
Um beijinho, querida Luna (gabo-te a paciência, acredita). :)
E que tal se fossem ver a definição de parolo? Sabem, ela existe, está definida num diccionário. Não é um conceito abstracto.
ResponderEliminar"Parolo" não significa o mesmo que "ter mau gosto", por muito que algumas pessoas o queiram à força.
Quem manda lá em casa é realmente o mais velho que é simultaneamente o macho mas.... e eu mando nele! :-))))
ResponderEliminarClaro, nunca reconhecemos em nós aquilo que criticamos nos outros. Ou até podemos reconhecer, mas para nós, atribuindo essa característica a quem nos critica. Sentimo-nos atingidos e, como as crianças, temos a nossa forma de dizer "quem diz é quem é". :)
ResponderEliminarÉ como a parvoíce.
E concordo que ser parolo não é gostar do popularucho. Ser parolo é tão-só achar-se mais que os outros.
(e agora vou ali ao dicionário e já venho)
parolo
ResponderEliminaradj. e n. m.
1. depreciativo
que ou o que é considerado pouco evoluído, rude, grosseiro;
2. depreciativo
que ou o que é considerado como tendo ou exibindo mau gosto;
3. depreciativo
que ou o que se comporta de forma ingénua e pouco inteligente;
Segundo o "meu" Grande Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora.
Estou com a Luna, achar Vinicius ou Buarque parolo é um crime. Dos mais graves!
lá estamos... E quem falou em Buarque ou Vinicius?
ResponderEliminarSe alguém disser "ouvir musica portuguesa é parolo", ninguém associa a piada a Lopes-Graça, à Maria João Pires ou ao Jorge Palma...
Por acaso nem sequer acho Vinicius ou Buarque parolo. Simplesmente não gosto, julgo ter o direito a não gostar de algo. Parolo, sim, é gostar-se de alguma coisa com medo que os outros julguem parolo se não se gostar.
ResponderEliminarParolo é não ter gostos assumidos ou definidos para poder cair sempre na gaça de todos.
Mas não levo nada a mal que me aches parola por não gostar de bossa nova e todas as eruditices brasileiras. Simplesmente não mudo o meu gosto para agradar a ninguém. Isso é parolo?
[«Luna disse...
Depende da música brasileira. Não gostar de bossa nova para mim é crime.»]
Eu conheço a génese das afirmações e está relacionada com direcções.
ResponderEliminarThunderlady said...
ResponderEliminarAos teus olhos sou uma criminosa... pronto assumo ;)
Luna said...
É uma forma de expressão, claro...
O facto de uns 50% da musica passada aqui ser brasileira, muito Jobim, Vinícius, Elis ou Chico, deve dar uma pequeníssima ideia dos meus gostos e preferências, não?
Acho que se tiver de explicar mais alguma coisa sobre este assunto corto os pulsos.
Acho a discussão tipicamente portuguesa e dou os parabéns a todos! O portugues tem sempre muito medo da parolice e passa a vida a dividir as coisas em certo/errado e a colocar-se e achar-se no lado certo. As etiquetas servem, não sei se será o caso, para serem cortadas como a lingerie cor-de-rosa da Luna... ;)
ResponderEliminarO adjectivo "parolo" repugna-me, confesso, mas não vou... adjectivá-lo.
ResponderEliminarEsposo é de uma piroseira atroz - já tive de dizer isso na Gota, num comentário, a uma pessoa de quem muito gosto.
Consegue ser ainda pior do que dizer lábios (BEIÇOS, lábios têm as senhoras noutro sítio!)), mala (CARTEIRA!), vivenda (MORADIA!), conduzir (GUIAR!), rádio (TELEFONIA!) e outras muitas.
Estou contigo, educadamente: PORRA!
Quanto a pretencioso (pretensioso), lido algures nos comentários... nem me pronuncio...
P.S. E já agora, se não te importares, diz à Controversa Maresia que aquela vírgula entre esposa" e não é crime de lesa-majestade em Português: separa sujeito e predicado. Quem quer dizer mal deve exprimir-se bem.
ResponderEliminarRETRACTAÇÃO:
ResponderEliminarReli a frase e peço desculpa, está correcta; a vírgula antecede uma nova oração. Humilde pedido indulgência à Controversa Maresia. Eu e as minhas impulsividades...
O Mourinho tratar a mulher por "a minha esposa" é do mais parolo que pode haver. Não há dúvidas!
ResponderEliminarP.S. - E nem tem desculpa que o justifique. Tal como o facto de nunca se ter preocupado em aprender a usar o pretérito dos verbos em inglês. É o Special One, sim senhor, mas falta-lhe o resto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOs meus Colegas usam mto a expressão: a minha Maria....
ResponderEliminarQue será mais parolo?
Haja quem me dê razão :) É que eles acham aquilo finérrimo!
ResponderEliminarhttp://baby-steps.blogs.sapo.pt
pois claro que é... e de certeza que tem uma amante e vai às meninas
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