8 de fevereiro de 2008

MUNI

Como sabem, na América não há transportes públicos. Ou melhor, há, em New York e San Francisco, e mais umas poucas cidades grandes. Mas no geral não há, e mesmo quando há, são uma piada quando comparados aos sistemas que se encontram nas grandes cidades europeias. Aqui, apesar das várias linhas, o metro aka BART, limita-se a um único trajecto dentro da cidade, seguindo a Market St. De resto, somos dependentes do MUNI, o sistema de eléctricos e autocarros de SF. Isto porque toda a gente tem carro e anda de carro. E não há cá carros económicos e citadinos, quais Clios ou Puntos, naaaa... aqui só se vêem carros gigantes, pickups e SUV (jipes), ou, quanto muito, uns Beetles e uns Minis dos novos, exclusivamente usados pela ala feminina ou gay. Assim sendo, o uso de transportes públicos está reduzido aos pobrezinhos e estagiários - ou seja, eu -, que, como sabem, têm pouco a dizer nesta sociedade. Hoje, de todas as situações surreais com que me deparei desde que cheguei, como a vez em que mandaram sair todos os passageiros uma paragem após ter entrado, ou o típico "next muni in: 1 min, 3 min, 35 min" que nos leva por vezes a esperar horas pelo raio do eléctrico, vivi o top dos tops. Estava eu na paragem, chega o eléctrico e pára, até aqui tudo normal. Mas eis que e as portas não abrem. Carrego umas 10 vezes no botão e nada, não abre. Estava a dirigir-me para a porta da frente quando a puta da motorista arranca. Assim, sem mais nem menos. E eu, feita parva, a correr atrás durante 4 quarteirões, sempre quase a chegar à próxima paragem, até decidir que chegar a horas ao trabalho não valia um ataque cardíaco. E pronto, agora para superar isto só mesmo uma falha de travões na Mason.

2 comentários:

  1. Porque será que a iliteracia nos States é superior há nossa? e a nossa meu deus...
    beijo para esse lado do mundo

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