Gosto de ver tocar, não só de ouvir, mas de ver, hipnotizada entre dedos, mãos, braços. Há algo de incrivelmente belo na anatomia subitamente exposta: falanges, falanginhas, falangetas, que se mostram no dedilhar; tendões que aparecem e desaparecem à transparência sob a pele; veias que se tornam salientes, grossas, pulsantes; o requebrar ritmado do pulso ou os músculos que se contraem. Uma certa magreza torna-o ainda mais bonito, revelando mais osso, mais cartilagem, mais sangue, deixando à vista a fragilidade de tudo aquilo que faz o nosso corpo por dentro. Podia passar horas a olhar, embalada naquele movimento.
As mãos de quem toca são realmente bonitas... Gostei muito da descrição.
ResponderEliminarNunca tinha expresso em palavras mas é efectivamente o que sinto ao ver o meu rapaz a tocar. Sempre adorei ver o pai dos meus dois tocar guitarra e principalmente guitarra baixo. Foi assim que ele me apanhou :)
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