A medida que se muda de estatuto, também as embirrações pessoais vão sendo deslocadas a novos destinatários. Automobilista durante cerca de 10 anos, os meus odiozinhos de estimação dirigiam-se sobretudo aos outros automobilistas, muitos verdadeiros energumenos sobre rodas. Agora, como ciclista, os alvos da minha irritação são, por esta ordem: motoristas de autocarros - tem mesmo de andar no meio da estrada a ponto de eu ter medo de levar com um em cima quando vem em sentido contrario ao meu ou colar-se atrás de mim como se por isso eu conseguisse pedalar mais depressa? -, automobilistas em geral que não param para eu passar e me obrigam a travar, peões que se atravessam a minha frente, e last but not least, outros ciclistas. Especialmente aqueles que vão a anhar a minha frente, e que, tal como geralmente em versão automobilizada, são sempre gajas. Eu ate percebo, não tem mais nada que fazer, mas eu não tenho culpa. E que eu não pedalo por prazer, não ando ali a passear, vou com objectivo definido e geralmente atrasada e com pressa. Por isso, caras senhoras, saiam-me da frente que eu não tenho travões.
Adenda: Para quem se possa perguntar: "mas porque e que ela agora mete asteriscos?", e porque o meu pai agora lê o meu blog.
ah, como eu entendo!
ResponderEliminarna minha vida de ciclista urbana, eu acrescento os putos da escola que andam na estada em vez de andar no passeio.
e estes esperam que quando eu me atravesse a frente dos carros para eles continuarem a andar...
Adorei a adenda :)
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