Nos últimos 3 anos, os foguetes do Hamas mataram 40 (ou menos) israelitas. Nos últimos dias, desde que o ataque a Gaza começou, terão morrido 854 palestinianos, incluindo 270 crianças, vítimas colaterais, e 13 israelitas, incluindo 3 civis e 3 soldados vítimas acidentais dos companheiros. São números sujeitos a confirmação e permanente actualização, mas tranquilizemos os cépticos com um corte salomónico que não muda o essencial: terão então morrido pelo menos 135 crianças palestinianas. O Hamas, que ganhou as eleições de 2006, não abandonou o terrorismo e será hoje a ponta dos dedos do longo braço do Irão. A chuva de foguetes sobre as populações israelitas não é uma rotina tolerável, sobretudo pelo medo que gera, mas, nos últimos dias, Israel insiste em dar a razão a quem vê na indumentária do seu exército o único elemento que o separa dos terroristas. O que é o ataque a uma escola da ONU devidamente sinalizada onde civis procuravam abrigo, sob pretexto de que elementos do Hamas estariam nas “proximidades” e que têm o hábito de usar civis como escudos? A prova de que para Israel 30 civis palestinianos valem zero – check – e de que a ONU vale zero – check.
Para ler na íntegra aqui.
Gosto muito do Vasco M. Barreto. Ou quando a moderação é uma virtude.
E isto não é tomar partido? (ver 4 posts abaixo)
ResponderEliminarRecomendo também esta leitura: http://blogoexisto.blogspot.com/2009/01/um-pensamento-cruel.html
O facto de não conseguir tomar partido no conflito em si - este que se arrasta há tanto tempo entre Israel e Palestina, por ver razões em ambos os lados - não quer dizer que não considere criminoso o abate de civis, principalmente de crianças, ou que Israel tem vindo a desrespeitar as naçoes unidas e os mais básicos direitos humanos. Aliás, tal como o Hamas, só que em maior número. E a guerra será para mim sempre a pior das soluçoes.
ResponderEliminarMas o texto que transcreves é nitidamente partidário (pelo menos este excerto). E, se o critério é o número de mortos, parece-me então que o mau da fita será sempre o mesmo, uma vez que é o que tem a maior capacidade bélica. Além disso, é preciso ter em atenção que quem faz a contabilidade dos mortos palestinianos são os próprios e não uma entidade externa e independente.
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