25 de fevereiro de 2009

Até no lado conservador se indignam muito com a coisa do quadro

E de repente o país está a tornar-se um lugar "perigoso". Pelos vistos sou só eu que dou pouca importância ao assunto, achando-o um tanto ou quanto ridículo. Talvez porque ainda me lembre bem de como certos pais proibiram o visionamento de "O nome da Rosa" às suas filhas no colégio de freiras em que andava, por o considerarem pornográfico. Mas é um país de modas e de vez em quando é preciso arranjar um tema quente que distraia toda a gente, seguindo-o que nem carneirada acrítica. Choca-me, no entanto, que além de um ou outro blog, não veja comentários indignados a esta notícia. Ou, para dar um exemplo nacional, esta - que só vi comentada aqui. Mas têm razão, o livrinho e o conservadorismo da PSP de Braga - conjunto de palavras só por si self-explanatory - é que são muito importantes.

3 comentários:

  1. De facto os Media estão a empolar demasiado o caso de Braga.
    Quanto ao outro caso, como somos um país homofóbico, essa notícia não passou pelos nossos noticiários generalistas porque simplesmente tem a ver com vítimas homossexuais...
    É o país de brandos costumes que temos...

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  2. O que me irrita a mim é a hipocrisia, confesso. Vamos voltar a discutir a educação sexual nas escolas (que tantos recusaram sequer ponderar em moldes minimamente decentes), agora que anda tanta gente indignada com a tal da "censura" à imagem? Será que podemos pôr esta arte nos livros do 1º ciclo, juntamente com um poema erótico do Bocage como leitura obrigatória e depois está tudo bem e já não aparece ninguém a pedir censura a conteúdos? É que esta falsa modernidade de tanta gente não está nada de acordo com tantas outras afirmações que fizeram. Só que depois há quem se lembre. E eu sou uma dessas pessoas e vai daí não tenho qualquer pejo em chamar hipócrita a quem só nestas alturas se lembra da liberdade de expressão na arte ou seja onde for.

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  3. Eu penso que Espanha e Portugal não estão assim culturalmente tão longe, ao que não são alheios nem Salazar nem Franco.
    Quanto ao caso do martelo é bem provável que o juiz tenha considerado que a moça se atirou deliberada e variadissimas vez contra o mesmo donde além dos danos corporais também resultou a morte. Provavelmente se tivesse ficado viva seria condenada por agressão a um indefeso martelo.

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