A adaptação de um latino à cultura nórdica nem sempre é fácil. Os códigos, as normas, as convenções, o distanciamento, a maior frieza, a obsessão com o planeamento, o medo do improviso e das last minute calls, são muitas as diferenças que dificultam o relacionamento com esta gente do frio. Não é fácil fazer amigos. As aproximações são lentas e cautelosas, de uma formalidade enorme e distância calculada ao milímetro. Não é fácil que gostem de nós e se sintam à vontade com a nossa maior espontaneidade e descontracção, com os nossos atrasos, a nossa diferente noção do tempo, a nossa maior tendência para desrespeitar ou ignorar regras. Mas, quando gostam, são capazes de fazer por nós coisas que dificilmente faríamos por eles, exactamente porque na sua rectidão e falta de elasticidade, sentem que deve ser feito, aqui e agora, e não amanhã ou depois. E foi assim que, sem me aperceber, a meio da festa de ontem, o Daniel pedalou 5 km para ir buscar o meu presente, que tinha esquecido no laboratório.
As pessoas são tão diferentes umas das outras .... mas é tão giro viver-se num meio inter-cultural onde temos a oportunidade de conviver e conhecer de perto todas essas diferenças que primeiramente nos afastam mas que depois acabam por nos aproximar :)
ResponderEliminarQuerida Luna, pessoalmente tenho como missão fazer pelo menos 1 bom novo amigo por ano. Parece-me que já aí tens o teu de 2009.:)
ResponderEliminarO pouco contacto que tive com norte da Europa encontrei também algum fascínio pelo modo caótico como vivemos, acham incrível como conseguimos :)
ResponderEliminar;)
ResponderEliminarBeijinhos
fodasse, agora tive vontade de «heartar» este post, pôr lhe um coraçãozinho no canto
ResponderEliminarestou a deliciar me ao ir lendo para baixo os teus posts sumarentos e diveridos
;)
beijinhos
inês