Revi-me em Vicky durante quase todo o filme, mas especialmente em certos momentos, como a cena do tiro. O tiro, ao contrário do que possa parecer, não aparece por acaso. O tiro é a salvação. É o destino a repor a ordem natural das coisas. É o que abruptamente a traz de volta à realidade, funcionando como pretexto, subitamente desejado, para a tirar daquele filme, a que não pertence, nem quer pertencer. Quis sim, num momento de fraqueza e delírio romântico, mas não mais. Nunca levei um tiro, mas já vi sinais semelhantes. Aqueles que nos lembram que nós não fazemos "estas coisas", porque é contra a nossa natureza, e que ousar trangredi-la em momentos de impulso dá merda. E que não há volta a dar nem vale a pena lutar contra isso. It's not meant to be. E é nessa altura que a frase "o que é que eu estou aqui a fazer" nos assalta e percebemos que há que saber aceitar que as coisas são como são e retirarmo-nos de cena. Discretamente, sem fazer barulho, para não incomodar. Até porque não temos nada a ver com isso.
Por muito que custe, e que o nosso orgulho nos tente impedir, há mesmo batalhas em que temos que baixar os braços...mas depois levantamos a cabeça e seguimos em frente.
ResponderEliminarUm beijo
Pá, fizeste-me lembrar de uma das minhas músicas preferidas. Creep, dos Radiohead: "wath the hell am i doing here? I don't belong here..."
ResponderEliminarEu tb gostei do filme e tinha ali muita mensagem nas entrelinhas. Acho sobretudo que há aqueles momentos em que a fantasia acaba e olhamos as coisas tal qual as mesmas são e seguimos o nosso caminho...neste caso o tiro foi isso mesmo, o sinal de bater em retirada o quanto antes :)
ResponderEliminareu tb revi-me no filme... especialmente por causa de mi querido BARDEM... adoro esse homem... é mt o meu tipo de homem, forte, cara de macho, cabrazão...quarentão... adoroooooooooo ..ahahahahaha
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