24 de março de 2009

Eu às vezes penso que é a gozar, mas não é


E já agora porque não o fim dos testes, das notas, de qualquer avaliação em geral? É que traumatiza muito e causa ansiedade, e nós não queremos cá criancinhas nervosas, isso é que não. E testes e notas mínimas para entrar na faculdade? Uma injustiça, devia ser por sorteio ou assim. E ficar com graus equivalentes ao resto da europa, estar formado aos 21 anos como em Inglaterra, esse país atrasado, sem ter dificuldades em explicar o que é uma licenciatura? Parvoíce, quem quiser sair de Portugal que se amanhe. O melhor mesmo era dar-lhes logo o doutoramento como garantido à saída da primária para evitar chatices e depressões. É uma questão de saúde pública.

Sim, eu também acho que me ando a tornar uma grande reaças, mas é que já não há pachorra.

18 comentários:

  1. Vi essa notícia hoje de manhã e pensei o mesmo... não há mesmo paciência!

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  2. Apesar de algumas vezes não estar de acordo com as opiniões que transmites no teu blog, o que é totalmente normal, desta vez não teria dito melhor.
    Realmente não há pachorra para estes meninos...

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  3. Também não percebo... acho que só todos temos a ganhar com avaliações sistemáticas, periódicas e exigentes! A menos que estavamos a concorrer nalgum ranking de mediocridade... aí está bem!

    Acho que seria muito mais fácil gerir o stress para as grandes avaliações (exames nacionais ou o que quer que se faça agora) se formos habituados desde miudos a que temos que prestar contas daquilo que sabemos.

    Eu sou da geração das provas globais no 10º e 11º e dos exames nacionais no 12º e estou aqui fresca e fofa! não percebo!!!

    (que me perdoem o ter-me alongado!)

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  4. Muito bom post e quanto a isso de te achares reaccionária... estou na mesma e tenho medo de, qualquer dia, começar a concordar com o Sócrates...

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  5. Deixem-me só dizer que há uma parte da notícia que, em parte concordo: "Acresce que, ainda por causa de Bolonha, os estudantes que queiram ir além dos três anos têm agora que pagar "dezenas de milhares de euros em mestrados ou pós-graduações", acrescentou Vicente, apontando ainda casos em que "as propinas aumentaram para os mil e tal euros, tornando impossível a muitas famílias arcar com essa despesa".
    É um facto porque eu já tenho licenciatura de Bolonha, e estou a investigar mestrados/pós-graduações para continuar os estudos e são realmente mais caros. Mas penso que nos casos em que é obrigatório mestrado integrado (arquitectura, biologia, engenharias etc) para aceder à profissão, os valores das propinas são equivalentes às de licenciatura.
    Mas daí a "acabar com Bolonha"...Em vez de pedirem isso e coisas sem nexo como o fim dos exames nacionais, que tal apresentarem soluções para uma melhor e mais justa acção escolar por explo., ou medidas para evitar que as universidades não se "aproveitem" de Bolonha, para cobrarem mais pelos mestrados etc, pois sabem que vão ter procura. Mas claro que quem anda a passear os livros na universidade, acha qualquer valor de propinas um roubo...Sobretudo o pessoal das associações de estudantes. Muitos dos nossos políticos actuais foram "formados" nessas mesma associações, não digo que não têm coisas positivas), mas pensem nisso :)

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  6. Eu tenho um mestrado pós-bolonha: custou 4000€. Os mestrados e pós graduações não ficam mais caros, além de que em casos em que são integrados custam bem menos.

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  7. Sim quando são integrados fica ao mesmo preço que a licenciatura. Desculpa posso só perguntar se o teu mestrado foi do que eles chamam "continuidade" e em horário laboral, ou em horário pós-laboral? Pergunto porque tenho notado que existe uma diferença considerável entre ambos. E se a ideia de bolonha é o aluno puder trabalhar e estudar ao mesmo tempo, com esses mestrados "de continuidade" torna-se impossível conciliar, pois por explo na minha faculdade e noutras (sobretudo públicas) a oferta fica-se pelo horário laboral quase exlcusivamente. Quem quiser um pós-laboral terá de optar pelos que sempre existiram que chegam a custar 7500€ (falo da minha faculdade).

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  8. Horário laboral, a tempo inteiro, durante 2 anos. Sem estar a receber, dos 25 aos 27 anos. Mal por mal preferia estar sem receber aos 22 e ter o mestrado aos 23, pronta finalmente para entrar no mercado de trabalho. Mas bolonha é muito mau. :|

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  9. Sim são os tais de continuidade, como eles chamam. São opções :) No meu caso como o meu curso dá para trabalhar em diversas áreas, quis primeiro ver como é o mercado de trabalho, e tentar conciliar o mestrado na área que gosto e que trabalho. Mas estou a deparar-me com essa dificuldade, mestrados de continuidade e pós-laborais em universidades públicas, não existem. Isso é o que mais critico em Bolonha. Se a ideia era puder fazer isto que fiz, tal torna-se praticamente impossível, com a oferta existente.
    Nisso é que este pessoal devia protestar por explo, não com o fim dos exames nacionais, que com franqueza, eu tinha vergonha...Ainda para mais agora que estão de um facilitismo atroz. Se alguém se der ao trabalho de verificar os do último ano, irão concordar.
    Fiz provas globais, exames de tudo e mais alguma coisa e não morri, muito pelo contrário, até me preparou e me fez aprender a controlar o stress dessas alturas.

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  10. Enquanto este gente que protesta me enviar CVs cheios de erros ortográficos, por mim podem berrar até ficar roucos.

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  11. Concordo com tudo! Eu sou um pouco mais antiga, ainda fiz PGA, provas de aferição, especificas e sei lá mais o quê para entrar na Universidade. E na altura muita gente ficava de fora!
    Tenho o mestrado que me custou 3000€ na FEUP e foi feito em 2 anos, mas em horário pós-laboral. Durante o dia estava como bolseira de um projecto.
    Custa-me imenso entender estes miudos, acho que eles não querem mesmo fazer nada, têm tudo dado e ainda acham pouco!! por favor...Haja mesmo muita paciência!!!
    bjs
    Sofy

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  12. Não é ser reaças, é abrir os olhos aos parasitas que o estado social foi criando: todos têm direitos, ninguém tem deveres. E acha-se que é mais fácil andar de mão estendida que arregaçar as mangas. E não só estudantes, os pais também compraram o LCD e o carrão a crédito, e agora maldizem os bancos, esses malandros... e por aí fora.
    Subsídios e ajudas a quem precisa, sim, mas tem de haver contrapartidas. Tipo: orientem-se e levantem o rabinho do sofá!

    Felizmente nem toda a gente é assim, e são os que se esforçam que hão-de chegar a qualquer lado na vida. Espero eu...

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  13. I. espero que tenhas razão...mas infelizmente cada vez verifico que quem se esforça é menos recompensado...E falo um pouco por experiência própria infelizmente.
    Estes miúdos têm tudo de mão beijada desde o berço. O "não" está proibido, pois pode traumatizar a pobre criança. Claro que é fácil falar para quem como eu não tem filhos, mas...há limites! Espero, se um dia os tiver conseguir manter este discurso.

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  14. R!TA, se não tiverem cunha (que as há, vê-se aí cada aventesma a ganhar balúrdios sem saber ler nem escrever...) não têm outro remédio que não seja fazerem-se à vida.
    Não está fácil para ninguém.

    A propósito de mestrados, eu também queria um que fosse em horário pós-laboral, se não fosse pedir muito. Sou de antes de Bolonha, e como agora tooooda a gente vai ter mestrado, tenho que me pôr a pau. Mas pós-laboral (já nem peço interessante) só em privadas, e demasiado caro, digo eu. :/

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  15. Tens razão, e mesmo tomando uma atitude a vida está mesmo difícil para todos.
    Partilho do teu problema, só tenho encontrado pós-laborais em privadas. E como eu sou pós-Bolonha tenho mesmo de tirar, senão 3 anos daqui a pouco...é o mesmo que nada...E sim as privadas na minha opinião abusam do preço. Porque sabem que o podem fazer, pois nas públicas, pelo menos do que vi até agora, poucas opções há. Então se quiser juntar a parte do interessante também ui ui...Ou então terei de procurar melhor :)

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  16. Vou mandar-te um mail elucidativo da coisa.

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  17. Numa altura de escasso emprego, é diminuir as competencias dos estudantes que faz sentido? Numa altura em que valoriza as actividades extracurriculares é racional alargar em mais de vinte e cinco o tempo de aulas?
    Este processo de bolonha tras atras de si varias ideias escondidas. É a forma encontrada pela europa para ter menos dois anos para suportar estudantes economicamente. É a forma traçada por este sistema egoista para trocar um formado competente, por um formado de marca branca.
    Isto tudo num pais que diz que o ensino é um direito de todos e que é tendencialmente gratuito.
    Ou também acha que pessoas sem condiçoes economicas para estudar, que queiram ser competentes numa qualquer vertente, sao parasitas sociais?

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