25 de junho de 2009

As putas das excepções

Cada vez que escrevo alguma coisa, usando obviamente generalizações, que é a única forma de poder escrever sobre algum assunto em forma de post em vez de quatrocentas e cinquenta páginas que dessem para uma tese de doutoramento, há sempre alguém que me vem chatear com as excepções, e lembrar quão redutoras são as generalizações abusivas. Acontece que, se de cada vez que eu me decidir a dissertar sobre um assunto que me veio à cabeça em momentos tão importantes como a viagem de bicicleta ou quando em frente à prateleira dos queijos no supermercado, tiver de enumerar as mil duzentas e cinquenta e sete excepções estudadas e documentadas, nunca mais daqui saía, e, mais importante ainda, acabava com qualquer pinta de graça que a coisa pudesse ter. As piadas só têm piada porque são generalizações, e só um chato refere o amigo alentejano que afinal não é nada assim depois de uma anedota bem sucedida. Mais que falta de sentido de humor, revela burrice, e falta de oportunidade.

É por isso que creio necessário repetir que aqui só se fala em médias mais ou menos um desvio padrão, todas elas baseadas no meu limitado conjunto de experiências pessoais. É que uma pessoa ter que pensar em todas as excepções é uma coisa que cansa muito, e isto é só um blogue parvo. Não o levem muito a sério.

4 comentários:

  1. mmm bem explanado. De tempos as tempos, dou por mim a ter de fazer esta explicação toda bla bla bla bla seca de gente...

    ResponderEliminar
  2. O problema e' que essas pessoas nao se integram na curva de Gauss, o que poderia fazer delas uma excepcao intelectual para entender esse genero de comentarios :)

    ResponderEliminar
  3. Sim, sim, sim, percebo tudo muito bem, mas nao posso deixar de dizer que no caso dos alntejanos a maioria e sobre a excepcao e nao sobre a regra. Portanto o seu amigo nao teria uma amigo que " afinal nao e nada assim" mas um no meio de muito que o e.
    Ahh e eu nao sou nada chata. Faco parte da excepcao!!!

    ResponderEliminar