O gosto pela arte, em todas as suas formas, é influenciado pela nossa sensibilidade estética e particular percepção do mundo. Varia de pessoa para pessoa, e aquilo que pode ser sublime para um, não será certamente para outro. Mas desengane-se quem pensa que julga apenas a obra, descurando o que a envolve. A percepção do artista e do seu génio influencia tanto a forma como a apreciamos, como a obra em si. Somos feitos de preconceitos que nos moldam a visão do mundo, e nos permitem fazer escolhas, consoante nos sintamos mais ou menos atraídos numa dada direcção. A intuição, oh, qual intuição, qual senso comum, não são mais que preconceitos que nos permitem julgar face a uma situação, face a pessoas. E toda a sua envolvência estética é apreciada à luz da nossa experiência, toda uma matriz de preconceitos que afectam a forma como vemos o mundo e as pessoas, e que nos predispões a querer conhecer umas e evitar outras. E com a literatura não é diferente.
Tendo a concordar, mas olha que há excepções que, de tão marcadas, quase invalidam a regra.
ResponderEliminarHá artistas (escritores, poetas, dramaturgos, pintores ou escultores) que muito admiro e são umas pessoas execráveis e com quem nunca gostaria de lidar.
Salvador Dali, por exemplo, só a pontapé, e era um génio que só visto.Esteticamente também haverá exemplos. O Lobo Antunes já foi bonito, mas agora, cruzes.
Não me lembro de mais.
Ah, Neil Labute: vi um filme dele e fiquei varada com o brilhantismo da situação, diálogos e personagens. O homem, em carne e osso, é pavoroso.