18 de agosto de 2009

Sabes, sim

"Voltemos então ao amor… eu, que sei tudo de fonte segura, por ter consultado o que se escreveu sobre o assunto em revistas sérias como a Lancet, a New England ou a Nature, vos garanto que é SÓ uma questão de sorte. Ora pois, uma variável tão imprevisível como o acaso. É lixado, pois é. Mas não desesperem já os leitores. A sorte do amor é não só categorizável, como, condicionada por um sem números de factores que fazem com que cada ser humano tenho uma probabilidade muito superior a 50% de não ficar sozinho. O primeiro destes será, sem dúvida, o facto de não gostarmos de estar sozinhos. Não me lixem com a conversa de “eu agora estou bem assim”, “não me apetece ter ninguém”, “já me habituei a estar comigo”, “gosto deste espaço”, que em mim provocarão gargalhada farta, contida, é certo, mas intensa na mesma. O ser que é humano gosta de companhia no sentido sexual da coisa, e gosta, porque, a bem dizer, é bom. E é permitido estar à espera. Tem de ser, ou não aconteceria a ninguém. Porque a pessoa espera, é verdade que sim. Com maior ou menor ansiedade, pensando mais ou menos no assunto, querendo com mais ou menos intensidade, estando mais ou menos disponível. Assunto diferente é sermos surpreendidos e coisa dar-se num momento ou de uma forma menos típica mas, mesmo aí, e ainda que tranquilos, se olharmos para dentro, até ao fundo do intestino, percebemos que estávamos à espera."

pela Muxy-Muxy no seu Paracuca

Ditam as regras blogosféricas que nunca se copiam textos integralmente, razão pela qual me contive e deixei de fora umas duas frases. Está aqui quase tudo dito, sem merdas de síndromes de princesa e coisas do género, mas, se me apetecer, ainda hei de voltar ao assunto.

14 comentários:

  1. E já viste, ela foi tão querida. Diz que até fez um feitoçozinho para nos arranjar homem. :-D

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  2. Pois é, anda a fazer macumba. mas olha que eu ainda não vi nada.

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  3. Opáaaaaaaaaaaaaaa isto não é assim de um dia para o outro. o feitiço africano tem ritmo de preto, lento e balançado. e depois não te garanto, e sei do que falo, que não tenhas de beijar ainda uns sapos ;D

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  4. Redutor.

    Mas já agora podemos ainda ser mais redutores e pensar (certamente poderias fazê-lo melhor do que eu) que afinal o amor é mesmo só uma mixórdia química onde se misturam ingredientes com nomes fantásticos como testosteronas, vasopressinas ou ocitocinas.

    Aliás se quiserem mesmo saber se o vosso mais que tudo está mesmo caidinho por vocês é só pô-lo a fazer uma ressonância e depois ver como é que o hipotlamo ou o cérebro reptiliano do moço respondem a estímulos do tipo uma fotografia vossa naquele miradouro romântico onde se conheceram, ou outra em lingerie erótica...

    É obvio que eu não sei do que estou a falar. Mas também me faz sempre uma certa comichão ver as relações humanas reduzidas a fenómenos científicos (mesmo com magia negra à mistura...).

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  5. desconhecia tal regra blogosférica, mas vou continuar a infringi-la.

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  6. Ninguém aqui reduz seja o que for a critérios científicos, muito pelo contrário. E este texto é mil vezes menos redutor do que os que vêm com síndromes de sei lá o quê, e demasiadas exigências, etc. O que falta é a sorte de se encontrar alguém que conjugue as 3 características essenciais:
    1. De quem gostemos
    2. Que goste de nós
    3. Ambos gostemos de estar juntos

    Tudo o resto são balelas.

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  7. Muxy-muxy:

    Desde que sejam uns sapos assim giros... :)

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  8. auch!!! redutor chegava a doer, isto, se eu me importasse. gostava só de dizer que são mais a serotonina e a dopa que são chamadas à liça nesta doutrina mas isso é conversa para outro palco. ao contrário acho que a minha teoria, a ser uma, porque no fundo não a considero mais do que uma opinião e como todas as outras que tenho respeito-as pouquinho pouquinho. parece-me que o que escrevi é abrangente. assim como o fado tradicional, uma música, ou 10 ou lá o que é, com um milhão possibilidades para letras associadas.

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  9. só uma interpretação errada da palavra redutor é que pode levar a pensar que é ofensa, agressão ou que pode mesmo chegar a fazer doer. De qualquer forma não era,naturalmente, essa a intenção.

    Mas referir o amor como resultado do acaso, da combinação de resultados estatísticos ou de uma qualquer reacção química é a mesma coisa e em todos elas está pressuposta uma análise científica da coisa.

    E apesar de todo o respeito que me merece qualquer tese, teoria ou opinião desta estou em completo desacordo porque, reincido na palavra, parece-me redutor colocar a relação entre duas pessoas numa formula tipo 1,2,3. Tenho-a como um pouco mais complicada e com demasiadas variáveis para que possa sequer considerar equacioná-la.

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  10. Ó MRP

    desculpa, mas acho que além do andares do contra, não percebeste bem o texto. Nada nele pretende ser uma análise estatística no sentido literal. O que ele pretende dizer é que o encontrar de alguém se deve muito ao acaso e sorte, não se podendo prever quando ou como irá acontecer, ou mesmo se irá acontecer de todo. A probabilidade aqui entra como graça, como elemento de esperança, no sentido em que, mais tarde ou mais cedo, uma boa parte das pessoas acaba por encontrar essa pessoa que as completa. Mas nada disto era para ter carácter científico, corrija-me já a Muxy-MuxY se eu estiver errada.

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  11. Texto? Mas qual texto?...ah... (eu não uso emoticons, mas isto foi uma brincadeira)

    tens razão. Li-o de uma forma demasiado enviesada. Retracto-me (principalmente perante a autora do texto). Admito. Lido mal com o calor (e com conclusões sobre o amor!)

    Mas de qualquer forma o objectivo foi conseguido: trataste-me por tu!

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  12. Só há pouco percebi quem eras... :)

    É verdade, daquela vez, conseguimos apanhar o comboio.

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  13. LUNA és a maior percebeste tudinho muito bem.

    MRP não me ofendi de todo. eu sou mesmo assim tenho de responder a tudo ;). mas se algum dia me der o prazer de passar pelo meu belogue perceberá que sou boa onda. mais ainda aceito que discordem de mim.

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  14. A sorte é importante em tudo na vida...

    Basicamente concordo com a teoria. Mas mais vale só que mal acompanhado e muita gente prefere andar mal acompanhada (no sentido que qualquer pessoa serve para não estarem sozinhas). Mesmo sabendo que podem magoar bastante a outra pessoa...

    Um tema sem fim...

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