E agora, de repente, por causa das declarações de Saramago, descubro abismada que toda a gente, em todo o Portugal e ilhas, leu - e lê - a Bíblia menos eu. E o meu pai, vá. De resto, toda a gente leu tudinho, de lés a lés, duma pontinha à outra, sem escapar um único versículo. E olhem que eu levei com três anos de Doroteias, oito de Dominicanas e mais um de irmãs do Amor de Deus, num total de doze anos, dos três ao quinze de enfiada, é muita freira, senhores. Ainda assim, só nos obrigavam a levar o novo testamento para as aulas de catequese. Mas devo ser uma aberração, certamente.
Infelizmente, penso que todos nós, pelo menos os que chegaram ao 9.º ano, foram obrigados a ler os Lusíadas. O meu exemplar era da minha mãe e tinha rabiscos, pelo que ela, em mil nove e troca o passo, também foi. Já a Bíblia é mais requintado, só lê quem não é obrigado (e quem rima sem saber...) e muito menos quem levou com católicos toda a vida. Eu não tive pachorra para os números. Confesso que li o resto. Também não gosto do Saramago. Mas gosto do teu blogue.
ResponderEliminarNão fomos obrigados a ler os Lusíadas integralmente nos seus X cantos, mas sim episódios isolados: Inês de Castro, Velho do Restelo, Adamastror, Ilha dos Amores, etc. A maioria deles em livrinhos de resumos.
ResponderEliminarEu tive de ler aquilo tudo. O chamado temor reverencial que impunha naquela sala de aula fez-nos pensar que era isso ou o chumbo certo...mas penso que os Lusíadas são mais aborrecidos do que a Bíblia...
ResponderEliminarOs 10 cantos, seriously? É que nem sequer eram dados os 10 cantos. Olha, eu posso pôr a mão no fogo que ninguém na minha turma leu aquilo tudo por ser obrigatório. Lia-se o que era dado - quando se lia - e pronto. E sinceramente, não duvidando de ti, serás um caso excepcional. Sinceramente, nem tenho bem a certeza se os professores terão lido.
ResponderEliminarPois, eu sei quem ninguém leu. A minha professora de português era apaixonada por Luís de Camões e infelizmente estudámos aquilo dois anos seguidos. Sinto-me triste, no entanto, por ter perdido tempo a ler aquela xaropada. No entanto, os resumos ajudaram a passar incólume pelo Alexandre Herculado e pelo Almeida Garrett...belos tempos, dos livros amarelos e pretos. E ainda só para acrescentar (que a insónia vai longa mas não querendo invadir casa alheia) não entendo esta polémica toda em torno das afirmações do nosso Nobel, e muito menos esta coisa obcessiva de se ter lido a Bíblia. Serão, todos os que juram tê-la lido, católicos ofendidos? Ou será uma questão de status...penso que quem lê a Bíblia questiona a fé na instituição, mas estarei enganada? Adorei quando Saramago disse qualquer coisa como, Deus está na minha cabeça...
ResponderEliminarVenho por este meio comunicar que só li pequenos excertos da bíblia e dos lusíadas...e sabem que mais nenhum dos dois me deixou encantada.
ResponderEliminarLuna deixa-la, não é assim tão grave, há coisas mais interessantes para se ler.
Abraço :)
boa noite
Sairaf
Eu devo ser caso raro então aqui. Li os Lusíadas num Colégio de Dominicanas e adorei. Não li na altura a totalidade, mas o que foi dado nas aulas segui com o maior gosto. A minha professora de Português era também de História, logo tinha mais interesse.
ResponderEliminarBjs
Sofia MM
lol, nunca li a biblia. Fui obrigado a ir à parte mais funda - o canto gregoriano e toda a liturgia. Essa sim estudei, por academismo. Nunca a biblia me fascinou, apesar de conhecer isolados quase todos os episódios.
ResponderEliminarJá os Lusiadas, quando os dei na escola, ja os tinha lido todos, e tinha pedido como prenda de anos uma edição especial com gravuras que vi na Bertrand.
Na verdade, essa coisa das declarações é como a afirmação "católico, não praticante." Fica bem, mas não quer dizer nada.
Wolve
Não acredito em nada disso ...de que toda a gente leu a biblia...as pessoas até podem ler passagens, agora a biblia de lés a lés, não acredito. Eu nunca li, nadinha da biblia.
ResponderEliminarCorrendo o risco de ser lapidada, afirmo que li msmo a Bíblia de lés a lés. Que só li episódios salteados dos Lusíadas, mesmo tendo tido uma grande Professora (são aqueles que a Luna refere, os que eram do programa, e pouco importa que saiba versos e versos de cor, confesso que nunca li o poema inteiro). A minha paixão por Camões veio no ano seguinte, ao descobrir a Lírica. Mérito de outro grande Professor, chamado Vergílio Ferreira. Mas deve ter influído bastante o facto de eu já ser um ano mais velha. Ainda hoje sei de cor muitos sonetos, canções, etc.
ResponderEliminarE, para que conste, detesto a escrita de Saramago. O meu querido Mestre merecia o Nobel bem mais do que ele. Sei-lhe também passagens inteiras de cor.
Deixo aqui duas, do Conta Corrente, sobre o suicídio (a propósito de um amigo morto, e quando todos no enterro se perguntavam por que teria ele feito aquilo:
«Está-se vivo não em função do que já se viveu, mas do que falta viver. Quando não falta nada há apenas que ser lógico. Ou esperar que o seja a vida.»
«Sentar-se à beira da vida a vê-la apenas a vê-la passar é o suicídio mais cobarde. Porque mantém a aparência de não o ser.»
Saramago WHO?
Pois eu também devo ser uma excepção à regra, porque também não li esse livrito (a Bíblia).
ResponderEliminarnão li os luisiadas inteiros.. só aqueles que tinhamos de estudar...
ResponderEliminarquanto á biblia, só andei dois anos na catequese e odiava..mas lia o que lá pediam, que tambem nunca foi muito. por isso também nunca li a biblia (nem estou a pensar faze-lo)
Confesso que li os Lusíadas todos, apesar de não ser obrigatório. Tive uma excelente professora, fiquei com curiosidade e achei que valia a pena conhecer a história toda.
ResponderEliminarJá a Bíblia, li-a com 20 anos, e não toda - só o Antigo Tesyamento (saltei a parte da genealogia e regras, tipo os sacrifícios a fazer em cada situação) e os Evangelhos. Porque me apeteceu: nunca tive Religião e Moral, e tive uma educação agnóstica. E ando a ganhar coragem para ler o Alcorão. Isso é que vai ser pior, que não tenho bases nenhumas nem conheço nenhuma obra que me ajude a entrar no espírito da coisa.
Mas para se escrever sobre a Bíblia não basta fazer uma singela leitura como a minha, convém estudar bem não só o próprio livro como também as principais correntes teológicas. E quando li o Evangelho fiquei com a sensação que o Saramago abordou a Bíblia de uma forma sensasionalista, pegando nos assuntos pela rama, sem qualquer cuidado de pesquisa ou rigor. E a abordagem do livro (Evangelho) nem sequer era original, na minha opinião. Por isso não tenho muita curiosidade quanto a este. Talvez um dia, quem sabe, depois de passado o hype.
Li o teu texto no habitual tom irónico...
ResponderEliminarQuanto à Bíblia também nunca li. Nada mesmo. Da minha família apenas o meu avô é crente fervuroso (o que me faz um bocadinho de confusão visto ser uma pessoa tão culta e inteligente mas...) pelo que nunca se incutiu essa vontade/obrigação em mim. Sei algumas histórias bíblicas U(claro!) mas confesso que gostava de ler melhor. Não pela religiosidade da coisa mas porque é tão falada, tão presente em tanta coisa, que me sinto um bocadinho ignorante por não conhecer a obra a fundo.
Penso que cada vez se encontram mais pessoas, das gerações mais novas, que nunca pegaram sequer numa Bíblia! Eu nunca a li toda, mas também porque nunca me interessei! Já os Lusiadas não lol =) li-o todo, não fosse a minha mãe professora de Português ahah...mas li-o com vontade assim como li com imensa vontade "Os Maias" que quase ninguém gosta. De que adianta ler um livro se não for por gosto e vontade?! Ler só por ler?! tem lógica?! ;)
ResponderEliminarBem, o que eu queria dizer, e que foi confirmado em alguns comentários, é que tal como os lusíadas, que damos na escola, e dos quais lemos os episódios principais, raramente lendo o livro na sua totalidade - mesmo que gostemos muito do que estudamos - também dentro da educação católica não é comum ler-se a Bíblia toda, sendo que quem o faz o faz por vontade própria e gosto, e constitui, geralmente, uma excepção.
ResponderEliminarMas quando há polémicas destas, toda a gente leu tudo, toda a gente sabe tudo, etc.
O que me custa a crer num país com o nível de escolaridade que temos, não me parece que ande tudo a ler epopeias em verso. É mais ou menos como dizer que se leu a Odisseia e a Ilíada, porque se leram os livrinhos de resumo em prosa com as versões dedicadas às crianças.
(E é agora que irei descobrir imensa gente que leu a Homero e os gregos todos em verso, e no original)
Comparar os Lusíadas aos Maias... well, parece-me má ideia. Os Maias é um livro belíssimo, e que, embora grande, é acessível no seu tipo de escrita e linguagem utilizados, e, principalmente, é em prosa.
ResponderEliminarOs Lusíadas são uma epopeia escrita em verso e em português arcaico, com uma média de palavras desconhecidas de 1 por verso, 10 por estrofe, o que reduz bastante o ritmo de leitura com tantas consultas ao dicionário.
Bom eu não li a Biblia, excepto em livrinhos ilustrados para crianças, também unico formato em que aquilo é comestível, ou isso, ou para filmes da Disney. Convenhamos, aquilo é ficção, certo meus amores? É que há pessoas que podia jurar que acreditam em todas as palavrinhas.
ResponderEliminarEu adorei os Lusíadas, dos episódios que dei na escola. Eu sempre gostei de ler, mas acho que nem foi por aí, porque toda a turma estava a adorar aquilo. Tinhamos uma professora super entusiasmada que conseguiu dar-nos aquilo de uma maneira muito pouco enfadonha.
Sim, eu também dei os lusíadas na escola e também gostei muito dos episódios que estudei, mas a pergunta não é se leram e gostaram dos episódios que deram na escola, mas sim se leram o livro inteiro, com os seus X cantos.
ResponderEliminarNão, não li e obviamente ninguem leu, porque são poucas as pessoas que sequer o conseguiriam ler sem ser num contexto de sala de aula. Isso ficou implicito no meu comentário. Era escusado o comentário irritadinho.
ResponderEliminarNão era um comentário irritadinho, era simplesmente uma pergunta. É que ainda não consegui perceber se quando as pessoas dizem que leram os lusíadas se referem ao livro inteiro, ou aos episódios do programa escolar. É que esse obviamente para mim ainda não se tornou assim tão óbvio - pelo menos a julgar pela quantidade de comentários a afirmar que leram os Lusíadas.
ResponderEliminarBom então peço eu desculpa pelo meu comentário. Posso-te dizer que o livro está na prateleira de todas as pessoas da minha familia e que eu saiba, ninguem leu mais que o Canto I e o X.
ResponderEliminarRespondendo ao teu ultimo post, não me parece correcto que se diga que se leu um livro lendo apenas partes, mas isso é uma coisa que inevitavelmente acontece com os livros de leitura obrigatória. "Dei" os Lusíadas é substituido por "li" os Lusiadas muito facilmente, quando sabemos perfeitamente que só uma fatia muito pequena da população conseguiria compreender o que lá está escrito.
Eu nunca li uma linha da Bíblia, à excepção das frases que são mencionadas naquelas apresentações de powerpoint que me enviam por email. Sou uma aberração? Talvez... Faz-me alguma diferença, enquanto pessoa, o não ter lido a Bíblia? Talvez... Mas não acredito que fosse melhor pessoa por a ter lido. Penso ler a Bíblia alguma dia? Não sei... Quem sabe?...
ResponderEliminarLi os Lusíadas no 10º ano... Lembro-me de alguma coisa? Não ! x)
Só para dizer que li (li mesmo!) a Ilíada e a Odisseia (tradução portuguesa, mas integral). Tinham-me dito na faculdade que há anos que ninguém conseguia tirar mais de 15 a Cultura Clássica na FLUP com aquela professora e eu, teimosa, li aquilo tudo (confesso que adorei) e consegui tirar um 16.
ResponderEliminarO que o orgulho não faz a uma pessoa.
Ok, mas tu tiraste letras, é diferente.
ResponderEliminar(eu devia ter incluído a excepção das pessoas que estudaram letras, e como tal tiveram mesmo de ler os clássicos na faculdade).
Não li a Bíblia, considerando que é constituída pelo Antigo e pelo Novo Testamentos. Mas o Antigo li de fio a pavio; achei interessante e efectivamente um grande livro sobre/da/para a humanidade. Obviamente não li ainda o Saramago, nem ouvi/li as suas declarações. Mas também é verdade que pelo menos desde o século XIX (mais acentuadamente) há a percepção que os livros bíblicos não são para ser lidos de forma literal - há toda um trabalho hermenêutico que não é descurado pela maior parte dos teólogos da actualidade. De resto, nem o próprio Saramago, que encerra na sua escrita o culto pela metáfora. Ora, a ser verdade as considerações que por aí li, parece-me algo desonesto que o faça em relação a outros livros. Mas re-friso, todas as considerações que teci sobre Saramago resultam do que li sobre o que dizem que ele disse. Ainda não tive tempo para beber na fonte...
ResponderEliminarErrata: A serem verdadeiras as considerações...
ResponderEliminarLi a Biblia inteira (com os livros de regras e tudo, que sim são uma seca) três vezes.
ResponderEliminarAos 11. aos 16 e aos 20. E tenho partes sublinhadas e com perguntas ao lado. Só porque gosto muito de teologia. E de simbologia.(também li livros que ajudam na interpretação da bíblia portanto ajudou)
Tendo em conta esta minha parca experiência, o Saramago mostra uma ignorância brutal acerca da cultura judaica. E de como as coisas se faziam naqueles tempos. Mas é esperto, ao falar assim até vende mais. Vendo a todos aqueles que por um motivo ou por outro odeiam a religião cristã. Ah ah ah, muito esperto.
Dito isto, o Saramago continue a escrever os livros dele, que liberdade de expressão é isso... mas que tenha mais cuidado com as parvoíces que diz, porque essas não podem ser consideradas ficção.
E só para não me matarem, eu até gosto de Saramago, medianamente, o Memorial do Convento é brutal.. o resto lê-se....
p.s. Não sou católica praticante. Nem nada religiosa. Só gosto de teologia. E a minha mentalidade cientifica não me deixa falar das coisas sem saber do que se fala.
Foi só para me armar um bocadinho (fraquezas!), o que eu disse no segundo post não tem nada a ver com o teu post inicial, cuja mensagem implícita partilho inteiramente.
ResponderEliminareu nunca li a bíblia...
ResponderEliminarmas os lusiadas dei-os no 9 ano xD
Sim, toda a gente deu. Mas leste os cantos todos, princípio ao fim?
ResponderEliminarLi a Iliada, a Odisseia, a Eneida, os Lusíadas, D Quixote, e mais umas coisitas, mas nunca, mesmo nunca li a biblia, honestamente nem passagens, no entanto isso não quer dizer que não saiba alguma coisa do que lá está escrito. Esse conhecimento vem sobretudo, no meu caso, do estudo da pintura, escultura, enfim da arte europeia, que grande parte das vezes tinha como função, precisamente "ensinar" a Biblia aos analfabetos.
ResponderEliminarApesar de não a ter lido penso que a sua leitura/conhecimento é fundamental para entender e aprender a Cultura ocidental.
Há muitas maneiras de ler (interpretar) a biblia, também há muitas maneiras de a aprender sem a ler e suponho que a maioria não a leu, pelo menos na sua totalidade.
Li alguns dos "clássicos" não por obrigação, mas por gozo. Sempre gostei de ler e escrever. Quanto à Bíblia, raramente peguei/pego nela, a não ser para em termos históricos perceber algumas epocas que se enquadaram no Novo Testamento. Tudo o que está para trás, para mim, são um bocado super-estórias; mas esta é a mh opinião. Portanto não, não és a unica a não ter lido a Bíblia.
ResponderEliminarEu estudei Línguas e Literaturas Modernas (sendo uma das variantes português) e mesmo nas cadeiras de Literatura na faculdade onde o programa (anual) era quase integralmente Camões não lemos Os Lusíadas de ponta a ponta.
ResponderEliminarAcho que está aqui a faltar um pequeno pormenor: diria que a Bíblia, do meu limitado conhecimento, não é um livro, mas sim um conjunto de livros, com registos e objectivos bastante diferentes entre si. Logo aí, dificilmente comparável com uma obra como os Lusíadas.
ResponderEliminarDepois, diria que o contexto da bíblia é só ligeiramente diferente da nossa realidade, quer em época, quer em termos culturais.
Por fim, não é que acho que isto interesse muito, mas sim, li praticamente tudo dos Lusíadas, incluindo o episódio da Ilha dos Amores, que julgo que nunca constou do programa (julgo!), dado o seu conteúdo.
E já agora, considerar os Lusíadas uma xaropada... enfim...
GM
ResponderEliminartambém me parece que está a faltar aquele pormenor que era ter percebido o post, e que a comparação não se prende com o conteúdo das obras, mas com o facto de invariavelmente toda a gente afirmar tê-las lido, embora na verdade, na maior parte das vezes, não o tenha feito de facto, mas apenas a algumas partes, implicitas nos "praticamentes". Daí que não ter referido neste post, embora o tenha feito num posterior, que a bíblia é constituída por 46 livros do velho testamento e 27 do novo, me parece pouco relevante para o cerne da questão, e a ironia que pretendia o post.
46 mais 27, fora todos os outros que a igreja fez questão de não reconhecer, e todos os que foram rescritos, a maior parte referente ao antigo testamento.
ResponderEliminarBem, eu não tinha percebido que estavas à procura de um resultado estatistico para tirar conclusões: deves, neste caso, considerar que a maior parte dos que vêm ler e comentar estas coisas a um blog não representam de todo a amostra da juventude portuguesa. A mesma pergunta no rossio resultaria em "Lusi - quê?"
Só conheço uma pessoa que leu os dois de fio a pavio, Bíblia e os X cantos dos Lusíadas: o meu mano! Mas ele não é uma pessoa normal ;)
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLuna,
ResponderEliminarEsclarecendo o meu comentário, a questão levantada não se prende unicamente com o teor do seu post, mas sim com o desenrolar de comentários ao mesmo e com o problema que gerou todo este "burburinho". Depois, questionar a percepção que os seus muito (espero) estimados leitores fazem dos seus posts, parece-me um pouco rude. Sinto-me perfeitamente capaz de perceber o que os outros transmitem e, felizmente, a ironia é também uma característica com a qual me identifico.
Espero não ser, de todo, mal interpretada, porque concordo com a sua crítica ao facto de, no geral, os portugueses terem opinião acerca de tudo, ainda que, nalguns (demasiados) casos, estejam mal informados...