Esta pergunta é geralmente seguida de uma pausa, na qual o estudante de doutoramento tenta rapidamente pensar numa maneira de explicar o que faz de modo a que o seu interlocutor possa entender. E desengane-se quem pense que isso acontece apenas com quem não é de ciências, pois embora seja ligeiramente mais fácil explicá-lo a quem trabalhe em áreas semelhantes, os temas são geralmente tão específicos que mesmo entre nós sentimos dificuldade em entender-nos. Mas talvez porque acredite que a divulgação científica é necessária, que mostrar e explicar o nosso trabalho é importante, e porque creio que mesmo quem não trabalhe no meio poderá entender as linhas gerais, proponho-me o exercício de tentar explicar aquilo que quase sempre falhei fazer entre amigos e familiares. Felizmente, não trabalho em investigação fundamental, coisa que tornaria este trabalho muito mais difícil.
As respostas são muitas, e podem variar entre o simplista e heróico, embora pouco verdadeiro, como "estou a tentar encontrar a cura para o cancro", a respostas detalhadas, demasiado específicas e de díficil compreensão, como "estou a desenvolver um sistema particulado biodegradável para entrega de vacinas compostas de péptidos antigénicos para imunoterapia de cancro" - traduzir isto para português é o pior -, ou ficar-me pelo meio termo, mais acessível, mas ainda assim explicando o essencial, e que consiste em dizer que "estou a trabalhar no desenvolvimento de uma vacina terapêutica contra o cancro do colo do útero".
É neste momento que algumas pessoas perguntarão: mas não existe já uma vacina contra o cancro do colo do útero? A resposta é sim e não. O que existe é uma vacina - ou melhor, duas, a Gardasil e a Cervarix - contra o vírus do papiloma humano (HPV), que é a maior causa de cancro do colo do útero. Mais precisamente, contra os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos cancros. No entanto, sendo estas vacinas contra o vírus, elas serão apenas eficazes antes de existir infecção, ou seja, antes da mulher ter contacto com o vírus, que é transmitido por via sexual. Ou seja, grosso modo, a probabilidade de se ter já sido infectada aumenta com o número de parceiros sexuais, pelo que a vacina faz mais sentido em mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual, sendo essa a principal razão para ser recomendada para a faixa etária dos 12 aos 26 anos.
Já a vacina que estamos a tentar desenvolver destina-se a combater o cancro em si, ou seja, as células cancerosas, ou pré-cancerosas, infectadas por HPV. Aquando da infecção, o vírus provoca alterações nas células cervicais, causando lesões que podem degenerar em cancro. Frequentemente, os cancros induzidos por HPV têm no seu genoma celular sequências de DNA viral, nomeadamente as sequências E6 e E7, designadas por oncogenes, e que são responsáveis por promover o crescimento do tumor e inibir proteínas supressoras de tumores, como a p53. E a "nossa" vacina é composta por péptidos que cobrem toda a sequência das proteínas E6 e E7 de HPV16, com o intuito de fazer o sistema imunitário reconhecê-las como "perigosas" e desta forma reagir contra as células que as expressam, matando-as.
Este projecto consiste em duas partes interligadas, sendo que a minha parte consiste no desenvolvimento farmacêutico, enquanto a outra parte consiste na avaliação imunológica e é feita por outro estudante de doutoramento no hospital universitário. O meu trabalho propriamente dito é tentar encapsular estes péptidos em nanopartículas constituídas por um polímero biodegradável, que serão posteriormente revestidas de ligandos específicos para certos receptores celulares das células dendríticas que irão desencadear a resposta imunitária, sendo esta última avaliada in vitro e in vivo pelo meu colega imunologista. E, se tudo correr bem, e chegarmos à formulação certa, no fim teremos uma vacina pronta para entrar em ensaios clínicos. E pronto, muito resumidamente, é isto.
eu trabalho numa bomba de gasolina.
ResponderEliminarOk, e dizer "o meu doutoramento é sobre os decisores da adopção em Portugal e se as suas concepções biologistas interferem no processo de decisão e, por conseguinte, no tempo de espera das crianças"... como se de canitos confusos se tratasse, cabeças fazem "huuuh?"
ResponderEliminarLuna,
ResponderEliminarexplicaste tudo muito bem, estás apta a tornar-te escritora de divulgação científica. ;) Eu, que já não ouvia a palavra "péptido" desde biologia do 12º, percebi tudo perfeitamente. Imagino que o trabalho diario seja um bocado secante (nunca gostei muito de laboratórios) mas em compensação o fim é bastante nobre. Bastante mesmo.
Beijinhos
Lol
ResponderEliminarÀs vezes é, especialmente em períodos como este, com uma deadline até ao Natal, e tendo de fazer e analisar 80 batches de partículas de diferentes propriedades até lá. Há dias em que já não posso ver as sacanas das nanopartículas, e rezo por um estudante (isto é, escravo) que me ajude um bocadinho - tenho um projecto de estágio submetido há meses e não há maneira de arranjar ninguém. :)
"e não há maneira de arranjar ninguém"
ResponderEliminarPudera, com esse feitio...
Ainda se ao menos cozinhasses bem...
Ponto número 1: cozinho bem.
ResponderEliminarPonto número 2: feitio e cozinhar ou deixar de cozinhar perece-me ter pouco a ver com ter estudantes a candidatar-se a projectos de estágio.
Mas é bonito como do meio disto tudo foi isso que conseguiste tirar.
De repente fiquei cheia de saudades das aulas de Biologia Molecular e Genética com a professora Conceição Egas. Adorava aquela teoria toda e a prática de pôr as bactérias a formar eritropoietina recombinante, com fluorescência verde para sabermos que tínhamos feito tudo certinho. (qualquer erro grave de linguagem é mais que normal pelo tempo que já passou)
ResponderEliminarO que tu estás a fazer é uma coisa à séria! Espero que consigas, pelo teu doutoramento e pelo bem de todos ;)
Que raio andam esses estudantes a fazer que não te querem ajudar?!
Sim senhora.
ResponderEliminarPor acaso já há uns anos que passo por aqui e sempre me perguntei em que área trabalharias ao certo. Achei que a explicação estava óptima; mas deve ter ajudado o facto de eu, esta semana, ter assistido a uma palestra precisamente sobre HPV, mais precisamente sobre a caracterização de populações virais em mulheres portuguesas e quantificação de E6 e E7, por real-time para avaliar se esta relação estaria relacionada com a condição patológica das senhoras.(se não era isto era qualquer coisa muita parecida!)
Já, o meu doutoramento (versão resumida) é sobre a caracterização da resistência aos antibióticos beta-lactâmicos mediada por produção de beta-lactamases em bactérias patogénicas de Gram negativo. Apeteceu-me partilhar, pronto. =)
Ponto número 1: Não comento há tanto tempo e é assim que me dás as boas-vindas?
ResponderEliminarPonto número 2: Sou bonito sim senhora, diz a minha mãe.
Não sei, de repente não há estudantes. No ano passado havia imensos, este ano não há. Temos uma miúda da Nigéria a trabalhar com um colega e um holandês a trabalhar com outro. De resto, submetemos todos projectos há meses e não aparece ninguém.
ResponderEliminarJá experimentaram fazer um calendário tipo Pirelli???
ResponderEliminarPodiam estar todas de bata branca e óculos grossos à mesma, mas desapertavam os 2 botões de cima.
Lamento, não uso bata. Nem óculos.
ResponderEliminarTemos estes projectos há meses sem arranjar quem os queira:
ResponderEliminarhttp://www.brpl.nl/projects.php?section=5
Bah! E eu a pensar que só por cá é que a coisa não funcionava. Das duas, uma: ou ng está interessado, ou então não há mesmo ninguém para trabalhar. Bom, mas Luna, tu ainda estudas alguma coisa util, já eu, que dizer? Ah e tal, faço investigação geológica. "Fazes o quê? Para que raio serve isso?" "Bom, neste momento serve para estudar as rochas sedimentares existentes na Bacia Lusitanica, faixa que se estende desde o sul da Bacia do Porto até à zona da Serra de Arrábida, de forma a auferir como se processou o mecanismo que deu origem a um excelente reservatório petrolífero e que, após inversão tectónica/ rotação da P. Ibérica, orogenia Alpina e outros que tais, foi todo lixadinho. Daí Portugal ter petroleo, mas na realidade não ter coisissíma nenhuma. A não ser offshore (para lá das Berlengas), onde as tais unidades sedimentares ainda se aguentaram a tanta desgraceira.
ResponderEliminarEstou muito desapontada. A Joana não veio comentar. E aposto que teria coisas muito relevantes e bem escritas a dizer sobre o assunto.
ResponderEliminarLOOOOOOOOL
ResponderEliminarPois, não é fútil o suficiente. Mas até aposto que se vier é para dizer que me estou a armar, e só escrevi isto para me gabar, e que em vez disso devia estar a pensar em todas as pessoas do mundo que sofrem e morrem de cancro. Oh, damn it, I do.
Acho que acabei de ficar tua fã... Pronto agora a sério, admiro-te acima de tudo porque trabalhas numa área que adoro, e espero poder passar horas em laboratório como tu passas, e segundo o trabalho parece realmente interessante... Percebi tudo também pela ajuda de um trabalhito que fiz para virologia sobre o HPV, principalmente essa parte das proteínas. Mas para quem não tem grandes noções foi muito bem explicado... Mas percebo bem a dificuldade porque quando digo que estudo Biologia toda a gente me pergunta: "Ah biologia e com isso fazes o que mesmo?"... E é complicado explicar que posso fazer imensas coisas e por mais que explique nunca vão perceber... Enfim, para a maior parte das pessoas aquilo que nós fazemos não serve pra nada... É pena...
ResponderEliminarAdorei o texto e desculpa o comentário gigante :)
bjo****
Eu estou fazer pós-graduação em fellatio, se alguém estiver interessado em participar nas minhas aulas práticas é favor fazer o download do formulário no meu blogue.
ResponderEliminarBeijo ardente,
Capitolina.
gostei de conhecer um bocadinho mais de ti :)
ResponderEliminarEu que sou de letras percebi o essencial. Acho que podes adoptar esta explicação.
ResponderEliminarEu estou a acabar o doutoramento em investigação fundamental. Explicar o que ando a fazer é sempre uma aventura. Em especial porque envolve ressonância magnética de proteínas, mas a maior parte das pessoas acaba por pensar que me refiro à imagiologia médica... Enfim.
ResponderEliminarBoa sorte com a procura de estagiários.
UAU! Estou sem palavras.
ResponderEliminarSe isto for um sonho, não acordem-me!
ResponderEliminarOra, parãbéns, Luna, não somente por suas pesquisas mas principalmente por dizeres algo que realmente seja útil e nobre!
Mesmo que fosse (veja que considero que possa ser verdade!) tudo mentira ou romance, é no mínimo enriquecedor!
E DEUS INVENTOU OS CIENTISTAS!
Ave Luna!
E quando eu digo que vou ser engenheira biológica no futuro, as pessoas olham-me com um ar estranho e dizem: ai sim? e isso dá mesmo para trabalhar em quê? E confesso que por vezes nem sei muito bem o que lhes responder.
ResponderEliminarInês
Mirl: também sou eng biológica do técnico. Já tens estágio de fim de curso? Estes projectos estão abertos a estudantes de licenciatura/mestrado, e podem ser feitos pelo programa erasmus. Divulga!
ResponderEliminarSim Joana, obrigada por considerares que possa ser verdade, e não apenas eu a inventar sobre um tema extremamente específico e complexo, embora na verdade não fizesse nada disso...
ResponderEliminar(Lá está, se conhecesse esse blog, e não o lesse apenas algumas vezes, coincidentes com um período de trabalho muito mais carregado, em que não tenho tempo para o blog, saberia o que eu faço e no que trabalho, como a maioria das pessoas que aqui comenta demonstra sabe. Porque vou falando nisso, e quem realmente me conhece a mim e ao blog sabe, como se pode ver pela maioria dos comentários. Claro que se só se ler três vezes um blog com 5 anos é capaz de não se conseguir ver a "imagem completa".
(Mais, para isto ser romance, seria uma coisa a dar mesmo trabalho, até conseguir um site da universidade em que estudo, na mesma cidade em que vivo, e que divulga vários projectos de estágio, entre os quais um dentro do tema descrito por mim neste post, e com o meu nome nele... seria muito trabalho só para enganar uns quantos leitores incrédulos do blog, não?
ResponderEliminarAqui por BXL, quando explico que afinal NÃO trabalho nas "instituições" é sempre motivo de interesse! :p O resto é um pouco maiscomplicado de explicar.
ResponderEliminarFiquei ainda mais tua fã neste preciso momento. Porque eu tenho HPV. E morro de medo!
ResponderEliminarlouvável. felicidades!!
ResponderEliminar(e mtssimo bem explicado)
uma questão de uma total leiga (sou de filosofia, pt, não se irrite :-)
mas, sendo assim, porque lhe chama vacina? a vacina não é sempre preventiva, actuando para que uma certa doença não surja? (?) não seria mais correcto falar em cura, e não vacina?
elucida-me?
e desculpe lá, mas eis porque adoro pessoas a trabalhar em investigação científica - isto é do melhor!! «caracterização da resistência aos antibióticos beta-lactâmicos mediada por produção de beta-lactamases em bactérias patogénicas de Gram negativo» É extraordinária esta questão das linguagens específicas. Moca, isto de não se perceber um boi do que se acabou de ler :D
ResponderEliminarA pergunta é pertinente.
ResponderEliminarGeralmente uma vacina tem como objectivo a prevenção, enquanto neste caso o objectivo é terapêutico, ou seja, a vacina é destinado a pessoas com lesões malignas ou pré malignas, que degenerarão em cancro com grande probabilidade.
Acontece que o fundamento teórico por trás disto é o mesmo das vacinas comuns: obrigar o nosso sistema imunitário a reconhecer um agente nocivo, fazendo-o responder contra ele. Neste caso sendo o agente nocivo a célula cancerosa. Pelo que é, de facto, uma vacina.
Mas exactamente por existir essa diferença entre os dois tipos, é que se usa a designação "terapêutica" e muitas vezes substitui-se o termo vacina por "imunoterapia".
«caracterização da resistência aos antibióticos beta-lactâmicos mediada por produção de beta-lactamases em bactérias patogénicas de Gram negativo»
ResponderEliminarTrocado por miúdos: antibióticos beta-lactâmicos são os da família da penincilina, e que são geralmente eficazes contra bactérias "gram negativas", ou seja, com um tipo específico de membrana celular que o antibiótico não deixa formar aquando da sua divisão. Ou seja, temos a resistência a antibióticos por parte das bactérias aos quais se destinam.
Essa resistência é causada pela produção de enzimas específicos - os beta-lactamases - que, cortam o anel beta-lactâmico da molécula de antibiótico, isto é, fodem o antibiótico todo, tornando-o ineficaz.
Como vêem, querendo, é possível trocar por miúdos.
não digo que nao seja (e obrigada) mas, convenha, é uma linguagem muito específica para leigos. pelo que me sinto como quando li, com imensa atenção e todo o desvelo, a a tese de mestrado da minha sobrinha - biologia molecular, também ela -, da qual percebi a dedicatória e os agradecimentos.
ResponderEliminare não exagero. :))
Luna,
ResponderEliminarse tudo correr bem, em meados de Fevereiro/ Março devo começar o meu estágio. Vou falar com alguns colegas para ver se alguem esta interessado. Para já não esta nos meus planos, fazer um estagio desse tipo, prefiro ir para a indústria em vez de investigação, mas mantenho a mente aberta a todas as hipóteses, por isso pode ser que ainda vá ser a tua estudante escrava:P
Inês
Gostei da explicação e percebi os termos gerais.A minha pergunta está directamente relacionado com isto,embora para ti possa parecer um pouco ignorante,mas já que percebes...então quando uma mulher faz o papanicolau e se o laboratório descobrir "borderline changes in the cells of the cervix", significa que tem o hpv?Na maioria das vezes estas células voltam ao normal por si,não avançando para cancro,mas se não voltarem é necessário tratamento.Então a vacina que estás a trabalhar para desenvolver,entra aqui em que estágio?
ResponderEliminarAcho que nunca comentei aqui no blog, mas sou tua fã :)
ResponderEliminarBom, mas o que queria mesmo dizer: tu terminas o teu texto com "E pronto, muito resumidamente, é isto".
E já não é pouco!! Considero importantíssimo o trabalho que estás a fazer e por isso os meus parabens :):), agora quando houver a vacina propriamente dita, vou sempre lembrar-me "a Luna também ajudou" :):)
Eu percebi tudo perfeitamente!
ResponderEliminarA minha única confusao foi quando explicaste que o DNA viral inibe a p53 e depois não voltaste a falar nela...
Vacina curativa, é isso??
ResponderEliminarFiquei deslumbrada com a tua explicação e senti-me uma privilegiada por ler o teu blog!
Eu sou portadora desse tal malvado, já fiz conização e o meu médico anda a estudar a hipótese de me vacinar, mas ele só fala na vacina preventiva...Adiantará?
Bem, eu que sou da área da Economia, consegui perceber!
ResponderEliminarBoa explicação!! :)
Ana:
ResponderEliminarnão sou bioquímica, pelo que o meu objecto de estudo não tem nada a ver com a regulação/inibição da p53 pelas proteínas expressas pelas sequências E6/E7. Haverá certamente várias teses de doutoramento em bioquímica sobre esse assunto, mas eu estudo drug delivery, ou seja, formulação. No fundo, para o que eu faço tanto faz que sejam estes péptidos ou outros quaisquer, e só procurei dar uma ideia geral do fundamento que levou à sua escolha como antigénios, mas não é a minha área de expertise, pelo que não faria sentido aprofundar nessa direcção, até porque não sei muito mais.
Teresa: sim, a ideia é desenvolver uma vacina terapêutica para lesões malignas, ou pré-malignas. No entanto, mesmo que corra tudo muito bem, nunca estará no mercado antes de 10/12 anos. Quanto à outra vacina, ela protege contra 4 tipos de HPV, pelo que se o tipo que tens não for um deles (ou mesmo que seja), podes ser ainda protegida contra os restantes.
Sendo eu de ciências não exactas, é-me mais fácil explicar o que faço, ou pelo menos consigo utilizar termos não técnicos para explicar o meu projecto. Mas como percebi o que explicaste, penso que consegues muito bem divulgar o teu. E espero que consigas descobrir a vacina porque daria jeito a muitas mulheres.
ResponderEliminarBom trabalho.
Ah, e irritante é pensarem que porque somos estudantes, não trabalhamos... :-S (eu por acaso agora trabalho mesmo de trabalhar em acumulação, mas antes achavam que eu só "estudava") Bah!
Ola Luna,
ResponderEliminargostei da maneira simples como explicas te o que fazes. Eu estudo bioengenharia e a tua area é uma do meu interesse. Digamos que se trabalhasses pelo Porto eu ajudava-te voluntariamente xP so pelo prazer de aprender mais sobre isso e pela experiência de laboratório. Aqui é dificil a integração em projectos como o teu quando estamos no 3º ano e nao temos o dia todo disponível.
Enfim, obrigado por partilhares e um bjnh grand
;)