Isto é a preparação para uma lapidação: primeiro enterram a senhora até ao peito, e depois uns senhores fofinhos atiram-lhe pedras até ela morrer. É prática corrente nalguns países islâmicos onde vigora a sharia, tal como a nigéria ou somália, onde este tipo de penas é aplicado frequentemente, como se pode ver nas seguintes notícias, com duas semanas de intervalo:
Com uma pequena diferença: que no nosso país esses criminosos podem ser julgados em tribunal e postos na cadeia. Nestes países são os tribunais que decidem por estas punições.
O que mais me incomoda é ver mulheres contra outras mulheres. Como no caso da fotografia uma mulher contribui para o apedrejamento.Quando se sabe que devido à sua religião eles não se importam de morrer,não temem a morte, quando se observa que há bombistas-suicidas que sem medo praticam estes actos, quando se sabe que instruem crianças para a prática de suicídios/homicídios nada mais me espanta. Quando por roubar um naco de pão se manda cortar a mão... são os fundamentalismos da religião,da sociedade. Tudo o que seja em demasia é prejudicial. Estes actos são praticados na rua na presença de todos , bem como as mortes nos estadios de futebol executados pelos taliban.O que me incomoda é ver as pessoas a assistirem a esses actos impávidos e serenos. se calahr até cobram bilhete, não faço ideia. Mas ir até lá para assistir à morte de um ser igual a si...nem sei o que diga. Fico perplexa.
Uma imagem difícil de engolir.No outro dia eu e uma amiga fomos abordadas por um voluntário da Amnistia Internacional que nos falou de um caso em que uma mulher (não me lembro o país, penso que Irão) tinha sido também sentenciada de apedrejamento até à morte porque se tinha divorciado do marido (coisa sempre complicada naqueles sítios) e mais tarde se descobriu que estava grávida. O filho que esperava era do marido, mas pela lei (e lógica inexistente) era considerado adultério, daí a pena.
Bem parece de propósito... estou a ver um filme que está a dar na Tv Espanhola na Antena 3, sobre isto.... Chama-se " Amor por una Burka ", uma espnhola que vai lá parar e nao pode nem consegue voltar a sair. A vida dela mudou, levava tareias de pessoas desconhecidas sp que pisava o risco, escrava da familia, etc....mais nao sei porque ainda nao terminou o filme.... :S é mt triste
Não gosto da mutilação genital (que acontece em Portugal, todos sabem, mas ninguém age e ninguém tem tomates de lutar contra isso).
Não gosto de padres pedófilos (aliás, não gosto de pedófilos em geral mesmo que sejam grandes realizadores de cinema).
Não gosto de bombas israelitas.
Não gosto da falta de liberdade de expressão (e de casos como os da Fatma Riahi da Tunísia).
Não gosto da exploração sexual da mulher (que acontece por essa Europa fora).
Não gosto de demonstrações de força à força e de invasões de países terceiros (...ainda Iraque).
Não gosto da Total na Birmânia (e aqui toda a gente enche os tanques com Total).
.... etc etc etc
Não vivemos num mundo bonito. Mas também é crime fingir que não se vê, não se sabe e nem se quer saber.
(Ou seja, concordo com tudo e sei que concordas e que a maioria aqui da malta também concorda, percebo a emotividade ligada, e acho que há mesmo muito muito a trabalhar na cabecinha das pessoas. Mas tenho medo de "linchamentos populares", mesmo em versão referendo).
POsso aproveitar para alertar que todos nós podemos fazer qualquer coisa para evitar que estas cenas se repitam? Por uns míseros €5 por mês (ou mais, cada um contribui com o que entende) podem ajudar a Amnistia Internacional a combater estas situações. E combatem, com algum êxito, já conseguiram sustar imensas execuções. Please, vão lá ao site deles e inscrevam-se. Os donativos e mensalidades são dedutíveis nos impostos e tudo. Vá lá.
Insurges-te contra o relativismo cultural mas ao mesmo tempo escamoteias completamente a importância da religião na sociedade ocidental, cuja existência é, em última análise, o garante contra a relativização (mais ou menos excessiva) das nossas crenças e valores.
Não me insurjo contra o relativismo cultural, insurjo-me que em nome dele se feche os olhos a atrocidades cometidas diariamente contra outros seres humanos.
Quanto à religião, não escamoteio nada, simplesmente não sou religiosa e acredito que a evolução civilizacional da nossa sociedade passará por uma crescente laicização da mesma. E isso não implica perda de valores - tendo a crer que o ser humano é melhor que isso, e que não segue certas regras sociais e morais só por medo de arder no fogo do inferno.
Desculpa se interpretei mal; mas é que isto do “em nome dele se feche os olhos a atrocidades cometidas diariamente contra outros seres humanos” é puro relativismo cultural.
“tendo a crer que o ser humano é melhor que isso” – e esta é a velha historia do bom selvagem; gabo-te a coragem. Pois já eu acredito que o homem precisa de ser confinado a uma matriz de valores que não somente os seus próprios, e que esta seja minimamente impermeável a relativismos e que lhe sirva de guia moral. E esta matriz é dada pela religião (e isto obviamente que em nada contradiz a laicização do Estado e a própria evolução da religião para ir acomodando a senso comum).
Quanto ao “medo de arder no fogo do inferno” – percebo que queiras ser irónica, mas não confundas a árvore com a floresta.
eu também acho que o homem deve ser confinado a uma matriz de valores que não apenas os próprios, mas discordo que essa matriz tenha de ser religiosa. A vivência em sociedade faz-se com regras e leis, que é para isso que servem, e não acho que tenham de vir da religião. Eu tenho os meus valores morais e éticos não sendo religiosa, tal como pessoas criadas em famílias tradicionalmente agnósticas, e não me parece que sejam indissociáveis. Se a religião serviu no início o propósito de criar regras e harmonizar a sociedade, hoje em dia esse papel cabe ao estado e à justiça.
Também tu achas que a ética da republica é a lei. Mas, e sem querer com isto de forma alguma beliscar a tua moral ou os teus valores, não concordo. Estamos em campos opostos. Eu defenderei sempre que há valores universais aos quais nenhuma lei se pode sobrepor. E por isso mesmo elas estão representadas na religião, ou em Deus se quiseres.
O problema da ética republicana é a sua interpretação e o facto de que ela pode dar azo à ideia de que não faz mal ultrapassar determinados limites morais (que no meu entender deveriam ser inultrapassáveis) desde que nos mantenhamos dentro da lei (ludibriando-a ou explorando pontos fracos). Mas compreendo a tua argumentação (muito lúcida, aliás). São opiniões!
Diverte-te em Copenhaga (e aproveita a cerveja sem complexos...).
Miguel acho que não estás a querer entender. Eu também acho que há valores universais, a que nenhuma lei se deve sobrepor, mas que não têm de ser religiosos, mas humanistas, e que não se prendem com a ética republicana ou o que lhe queiras chamar. A moral não tem que obedecer a uma religião, mas a um conjunto de princípios e valores transmitidos e aprendidos na nossa vivência em sociedade. O facto de eu nao acreditar em deus, nao implica que não respeite uma série de normas e valores, porque independentemente de existir ou nao castigo divino ou lei, existe a minha consciência. E sinceramente, acho que mais crimes foram cometidos em nome da religião que evitados por causa dela.
Eu querer entender quero, mas estamos claramente perante um problema de desfasamento de conceitos...
Da próxima vez que vieres a Bruxelas fazes o favor e avisas-me e continuamos a discussão diante umas jolas (era isto não era?) e eu prometo que não faço muito mau juízo de ti se tu caíres para o lado (sim porque isto da religião tem que se lhe beba)!
Não querendo deitar achas na fogueira, este post transporta-me imediatamente para os posts sobre o valor da educação.
Podem argumentar o que entenderem, ausência de liberdade, cultura, religião, etc. Tudo isto só é possível com a ausência de educação, com a ausência do conhecimento. A ignorância pode ser mesmo o pior inimigo.
Há imagens que falam, e exprimem muito mais do que mil palavras!
ResponderEliminarEsta revolta-me, zanga-me e entristece-me, a maldade Humana...
Abraço
Sairaf
Ai minha santa que é isto? Que horror!!!!
ResponderEliminarIsto é a preparação para uma lapidação: primeiro enterram a senhora até ao peito, e depois uns senhores fofinhos atiram-lhe pedras até ela morrer. É prática corrente nalguns países islâmicos onde vigora a sharia, tal como a nigéria ou somália, onde este tipo de penas é aplicado frequentemente, como se pode ver nas seguintes notícias, com duas semanas de intervalo:
ResponderEliminarhttp://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/8366197.stm
http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/8347216.stm
"Ah é só uma imagem estúpida..."
ResponderEliminarPois, pois... muitos sofrem, mesmo que não seja desta maneira, pode ser muito pior...
E não tem de ser no nosso país
No nosso país só este ano morreram 25 mulheres vítimas de violência doméstica. Outra forma de agressão.
ResponderEliminarCom uma pequena diferença:
ResponderEliminarque no nosso país esses criminosos podem ser julgados em tribunal e postos na cadeia. Nestes países são os tribunais que decidem por estas punições.
Credo!
ResponderEliminarO que mais me incomoda é ver mulheres contra outras mulheres. Como no caso da fotografia uma mulher contribui para o apedrejamento.Quando se sabe que devido à sua religião eles não se importam de morrer,não temem a morte, quando se observa que há bombistas-suicidas que sem medo praticam estes actos, quando se sabe que instruem crianças para a prática de suicídios/homicídios nada mais me espanta. Quando por roubar um naco de pão se manda cortar a mão... são os fundamentalismos da religião,da sociedade. Tudo o que seja em demasia é prejudicial. Estes actos são praticados na rua na presença de todos , bem como as mortes nos estadios de futebol executados pelos taliban.O que me incomoda é ver as pessoas a assistirem a esses actos impávidos e serenos. se calahr até cobram bilhete, não faço ideia. Mas ir até lá para assistir à morte de um ser igual a si...nem sei o que diga. Fico perplexa.
ResponderEliminarQue horror... Alguém te de fazer alguma coisa!!!!!
ResponderEliminarSão uns sem vergonha
Uma imagem difícil de engolir.No outro dia eu e uma amiga fomos abordadas por um voluntário da Amnistia Internacional que nos falou de um caso em que uma mulher (não me lembro o país, penso que Irão) tinha sido também sentenciada de apedrejamento até à morte porque se tinha divorciado do marido (coisa sempre complicada naqueles sítios) e mais tarde se descobriu que estava grávida. O filho que esperava era do marido, mas pela lei (e lógica inexistente) era considerado adultério, daí a pena.
ResponderEliminarBem parece de propósito... estou a ver um filme que está a dar na Tv Espanhola na Antena 3, sobre isto.... Chama-se " Amor por una Burka ", uma espnhola que vai lá parar e nao pode nem consegue voltar a sair. A vida dela mudou, levava tareias de pessoas desconhecidas sp que pisava o risco, escrava da familia, etc....mais nao sei porque ainda nao terminou o filme....
ResponderEliminar:S é mt triste
Não gosto da lapidação.
ResponderEliminarNão gosto da mutilação genital (que acontece em Portugal, todos sabem, mas ninguém age e ninguém tem tomates de lutar contra isso).
Não gosto de padres pedófilos (aliás, não gosto de pedófilos em geral mesmo que sejam grandes realizadores de cinema).
Não gosto de bombas israelitas.
Não gosto da falta de liberdade de expressão (e de casos como os da Fatma Riahi da Tunísia).
Não gosto da exploração sexual da mulher (que acontece por essa Europa fora).
Não gosto de demonstrações de força à força e de invasões de países terceiros (...ainda Iraque).
Não gosto da Total na Birmânia (e aqui toda a gente enche os tanques com Total).
.... etc etc etc
Não vivemos num mundo bonito. Mas também é crime fingir que não se vê, não se sabe e nem se quer saber.
(Ou seja, concordo com tudo e sei que concordas e que a maioria aqui da malta também concorda, percebo a emotividade ligada, e acho que há mesmo muito muito a trabalhar na cabecinha das pessoas. Mas tenho medo de "linchamentos populares", mesmo em versão referendo).
POsso aproveitar para alertar que todos nós podemos fazer qualquer coisa para evitar que estas cenas se repitam?
ResponderEliminarPor uns míseros €5 por mês (ou mais, cada um contribui com o que entende) podem ajudar a Amnistia Internacional a combater estas situações. E combatem, com algum êxito, já conseguiram sustar imensas execuções.
Please, vão lá ao site deles e inscrevam-se.
Os donativos e mensalidades são dedutíveis nos impostos e tudo.
Vá lá.
Insurges-te contra o relativismo cultural mas ao mesmo tempo escamoteias completamente a importância da religião na sociedade ocidental, cuja existência é, em última análise, o garante contra a relativização (mais ou menos excessiva) das nossas crenças e valores.
ResponderEliminarHã?
ResponderEliminarNão me insurjo contra o relativismo cultural, insurjo-me que em nome dele se feche os olhos a atrocidades cometidas diariamente contra outros seres humanos.
Quanto à religião, não escamoteio nada, simplesmente não sou religiosa e acredito que a evolução civilizacional da nossa sociedade passará por uma crescente laicização da mesma. E isso não implica perda de valores - tendo a crer que o ser humano é melhor que isso, e que não segue certas regras sociais e morais só por medo de arder no fogo do inferno.
Desculpa se interpretei mal; mas é que isto do “em nome dele se feche os olhos a atrocidades cometidas diariamente contra outros seres humanos” é puro relativismo cultural.
ResponderEliminar“tendo a crer que o ser humano é melhor que isso” – e esta é a velha historia do bom selvagem; gabo-te a coragem. Pois já eu acredito que o homem precisa de ser confinado a uma matriz de valores que não somente os seus próprios, e que esta seja minimamente impermeável a relativismos e que lhe sirva de guia moral. E esta matriz é dada pela religião (e isto obviamente que em nada contradiz a laicização do Estado e a própria evolução da religião para ir acomodando a senso comum).
Quanto ao “medo de arder no fogo do inferno” – percebo que queiras ser irónica, mas não confundas a árvore com a floresta.
Miguel
ResponderEliminareu também acho que o homem deve ser confinado a uma matriz de valores que não apenas os próprios, mas discordo que essa matriz tenha de ser religiosa. A vivência em sociedade faz-se com regras e leis, que é para isso que servem, e não acho que tenham de vir da religião. Eu tenho os meus valores morais e éticos não sendo religiosa, tal como pessoas criadas em famílias tradicionalmente agnósticas, e não me parece que sejam indissociáveis. Se a religião serviu no início o propósito de criar regras e harmonizar a sociedade, hoje em dia esse papel cabe ao estado e à justiça.
Ana Luisa,
ResponderEliminarTambém tu achas que a ética da republica é a lei. Mas, e sem querer com isto de forma alguma beliscar a tua moral ou os teus valores, não concordo. Estamos em campos opostos. Eu defenderei sempre que há valores universais aos quais nenhuma lei se pode sobrepor. E por isso mesmo elas estão representadas na religião, ou em Deus se quiseres.
O problema da ética republicana é a sua interpretação e o facto de que ela pode dar azo à ideia de que não faz mal ultrapassar determinados limites morais (que no meu entender deveriam ser inultrapassáveis) desde que nos mantenhamos dentro da lei (ludibriando-a ou explorando pontos fracos). Mas compreendo a tua argumentação (muito lúcida, aliás). São opiniões!
Diverte-te em Copenhaga (e aproveita a cerveja sem complexos...).
Miguel
ResponderEliminaracho que não estás a querer entender. Eu também acho que há valores universais, a que nenhuma lei se deve sobrepor, mas que não têm de ser religiosos, mas humanistas, e que não se prendem com a ética republicana ou o que lhe queiras chamar. A moral não tem que obedecer a uma religião, mas a um conjunto de princípios e valores transmitidos e aprendidos na nossa vivência em sociedade. O facto de eu nao acreditar em deus, nao implica que não respeite uma série de normas e valores, porque independentemente de existir ou nao castigo divino ou lei, existe a minha consciência.
E sinceramente, acho que mais crimes foram cometidos em nome da religião que evitados por causa dela.
Eu querer entender quero, mas estamos claramente perante um problema de desfasamento de conceitos...
ResponderEliminarDa próxima vez que vieres a Bruxelas fazes o favor e avisas-me e continuamos a discussão diante umas jolas (era isto não era?) e eu prometo que não faço muito mau juízo de ti se tu caíres para o lado (sim porque isto da religião tem que se lhe beba)!
Ah! E prometo também que desta vez levo o gps...
Assustador, mesmo... bom post, gostei imenso ;)
ResponderEliminarLuna,
ResponderEliminarNão querendo deitar achas na fogueira, este post transporta-me imediatamente para os posts sobre o valor da educação.
Podem argumentar o que entenderem, ausência de liberdade, cultura, religião, etc. Tudo isto só é possível com a ausência de educação, com a ausência do conhecimento. A ignorância pode ser mesmo o pior inimigo.