Mas também o mundo tem de saber e relembrado constantemente desta tragédia, para continuar solidário e perceber o resultado dos seus esforços. A media tem tido um papel importante neste local...
Este grafitti ilustra perfeitamente algo que sempre me fez confusão.
A capacidade dos jornalistas chegarem a estes locais e limitarem-se a ser... jornalistas.
Percebo que ultrapasse a linha limite da profissão mas, para mim,o que mais me melindra é como chegam a estes sítios e, por momentos, não largam as câmaras para serem activistas.
(Percebendo e aceitando toda a importância de fazer chegar a imagem e a informação, dura e crua como é.)
O que este 'graffiter' ou 'street artist' fez com esta sua criação não é mais do que aquilo que pretensiosamente quis denunciar: o aproveitamento injustificado de uma tragédia que merece outro tipo de abordagens. E os bons jornalistas limitam-se a dar a notícia sem os artificialismos retratados na imagem. Agora, bons e maus profissionais ou momentos infelizes existem e acontecem um pouco por toda a parte. Até no mundo artístico, tal como o comprova o autor da imagem em causa.
Acontece que o autor em causa não vende a sua arte, não se aproveita dela e da desgraça que retrata para ganhar dinheiro com isso. Ele é simplesmente cru, absolutamente irreverente, e põe o dedo na ferida, sem pretender ser reconhecido por isso - apenas recentemente, ao que parece, se descobriu a sua cara, e mesmo a sua biografia é imprecisa. Acho que esta imagem retrata exactamente os média em cenários de guerra, ou de tragédia, como aliás tem sido relatado pelo Francisco José Viegas no seu blog.
Parece-me que a irreverência então foi tua, Luna. Mas não me é difícil compreender o teu voluntarismo na necessidade de retratar comportamentos menos próprios de profissionais do jornalismo em cenários de grande tragédia. Como certamente não terias a menor dificuldade em enunciar os jornalistas que morrem no exercício das suas funções vítimas de balas perdidas ou de atrocidades várias. Voltando ao teu 'post', não retiro uma vírgula ao que afirmei embora reconheça o papel importante dos artistas na denúncia destes casos através da sua arte. E com o teu esclarecimento fico a acreditar que o retrato pretende fazer uma demonstração generalizada destes casos não se aproveitando de uma ferida ainda em chaga viva e a merecer, no momento, outro tipo de abordagens e preocupações. Já quanto ao Francisco José Viegas, que citas, desconheço qualquer presença ou actividade sua neste tipo de cenários. Mas admito que as tenha.
Há Jornalistas e jornalistas, como em todas as profissões. Há os que querem apenas aproveitar-se da tragédia para fazer uma boa reportagem e ganhar audiências, e há os que pretendem informar e denunciar calamidades humanas. Esta imagem retrata os primeiros. Que os há, e não somos assim tão ingénuos de achar que não. Isto vende, ó se vende.
Não faço ideia do comportamento geral dos jornalistas nas catástrofes/conflitos, se intervêm ou não. Nem tenho andado a par das mais recentes notícias. Sei só que há também bons exemplos:
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ResponderEliminarQue fotografia chocante..
ResponderEliminargrande tragédia por lá!
beijinhos
Isto não é uma fotografia, é uma peça de um conhecido graffiter ou street artist chamado Banksy.
ResponderEliminarO senhor, que segundo consta, é oriundo da cidade onde vivo - Bristol :)
ResponderEliminarMordaz como poucos...!
E não é que é mesmo verdade?
ResponderEliminarMas também o mundo tem de saber e relembrado constantemente desta tragédia, para continuar solidário e perceber o resultado dos seus esforços. A media tem tido um papel importante neste local...
Zork Kissis*****
Este grafitti ilustra perfeitamente algo que sempre me fez confusão.
ResponderEliminarA capacidade dos jornalistas chegarem a estes locais e limitarem-se a ser... jornalistas.
Percebo que ultrapasse a linha limite da profissão mas, para mim,o que mais me melindra é como chegam a estes sítios e, por momentos, não largam as câmaras para serem activistas.
(Percebendo e aceitando toda a importância de fazer chegar a imagem e a informação, dura e crua como é.)
O que este 'graffiter' ou 'street artist' fez com esta sua criação não é mais do que aquilo que pretensiosamente quis denunciar: o aproveitamento injustificado de uma tragédia que merece outro tipo de abordagens. E os bons jornalistas limitam-se a dar a notícia sem os artificialismos retratados na imagem. Agora, bons e maus profissionais ou momentos infelizes existem e acontecem um pouco por toda a parte. Até no mundo artístico, tal como o comprova o autor da imagem em causa.
ResponderEliminarAcontece que o autor em causa não vende a sua arte, não se aproveita dela e da desgraça que retrata para ganhar dinheiro com isso. Ele é simplesmente cru, absolutamente irreverente, e põe o dedo na ferida, sem pretender ser reconhecido por isso - apenas recentemente, ao que parece, se descobriu a sua cara, e mesmo a sua biografia é imprecisa. Acho que esta imagem retrata exactamente os média em cenários de guerra, ou de tragédia, como aliás tem sido relatado pelo Francisco José Viegas no seu blog.
ResponderEliminarP.S. Esta imagem é antiga, e não é relacionada com a tragédia no Haiti. Eu é que achei que se apropriava.
ResponderEliminarbrutal!
ResponderEliminare achaste muito bem, porque a critica de Banksy aos media é infelizmente verdadeira.
ResponderEliminarParece-me que a irreverência então foi tua, Luna. Mas não me é difícil compreender o teu voluntarismo na necessidade de retratar comportamentos menos próprios de profissionais do jornalismo em cenários de grande tragédia. Como certamente não terias a menor dificuldade em enunciar os jornalistas que morrem no exercício das suas funções vítimas de balas perdidas ou de atrocidades várias. Voltando ao teu 'post', não retiro uma vírgula ao que afirmei embora reconheça o papel importante dos artistas na denúncia destes casos através da sua arte. E com o teu esclarecimento fico a acreditar que o retrato pretende fazer uma demonstração generalizada destes casos não se aproveitando de uma ferida ainda em chaga viva e a merecer, no momento, outro tipo de abordagens e preocupações. Já quanto ao Francisco José Viegas, que citas, desconheço qualquer presença ou actividade sua neste tipo de cenários. Mas admito que as tenha.
ResponderEliminarHá Jornalistas e jornalistas, como em todas as profissões. Há os que querem apenas aproveitar-se da tragédia para fazer uma boa reportagem e ganhar audiências, e há os que pretendem informar e denunciar calamidades humanas. Esta imagem retrata os primeiros. Que os há, e não somos assim tão ingénuos de achar que não. Isto vende, ó se vende.
ResponderEliminarNão faço ideia do comportamento geral dos jornalistas nas catástrofes/conflitos, se intervêm ou não. Nem tenho andado a par das mais recentes notícias. Sei só que há também bons exemplos:
ResponderEliminarhttp://iphil.com.pt/267196.html
Triste, mas muito bom...
ResponderEliminarbrutalmente e irremediavelmente actual :|
ResponderEliminar5 estrelas!