3 de março de 2010

E nem por isso deixará de escrever

O maior equívoco desta esfera é a ideia de que um blogue vive dos seus leitores. Não vive. Vive de quem o escreve, somente. Ter ou não ter leitores é apenas um efeito secundário, que quem cria um blogue começa sempre por não ter nenhum.

32 comentários:

  1. Ó... é muito mais divertido com uma claque de apoio e outra claque do contra.

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  3. Discordo.
    Acho que um blogue vive da aparência - uns mais, outros menos - junto dos seus leitores.
    É para ser lido, não para ser escrito. Para isso há os diários, ou os blogues completamente anónimos, sem caixas de comentários, contadores de visitas e perfis no facebook.

    Foi disso que me fartei, quando terminei com o meu. Dei por mim a olhar para o sitemeter quase todos os dias.

    Mas ainda bem que os há, e ainda bem que há o teu.

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  4. Pois eu concordo com o João. Mas até tenho medo de dizer o que penso. Não me vás interpretar mal. Acho que que tem um blogue gosta que o leiam. E quem tem comentários abertos gosta de feedback. Mas sou defensora de que cada um escreve o que quer, da forma que quer, quando bem lhe apetece. Só que isso é uma coisa, e o facto de ser ou não lido outra.

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  5. Em parte concordo. Quem começa um blogue normalmente escreve antes no papel, e não anda com ele colado na testa. Mas se não fosse para viver dos seus leitores, para quê tê-lo disponível na internet? Se é para escrever, posso escrever quando quiser, sem mostrar a ninguém e sem ninguém me ler, e isso é feito mesmo por muitos que têm blogues. Assim, o que vai parar ao blogue é para ser lido. Acho eu.
    Bejinho.

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  6. É para ser lido, e será lido, mas isso não implica que o autor deva tentar agradar. O ser lido deve ser uma consequência do que se escreve, e não o contrário.

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  7. P.S.: Óbvio que o blogue sobrevive sem leitores e sem comentários, não há nada que proíba a existência de blogues não lidos. ;)

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  8. Claro que sim. Totalmente de acordo. E sabes, acho que todos nós, a certo ponto, queremos agradar os que nos visitam, porque vamos percebendo o que gostam mais de ler ou não. Mas não é por isso que deixo de escrever poesia e ter 0 comentários.

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  9. Entendo perfeitamente o que dizes e foi por isso que hoje fechei o meu. Não quer dizer que não goste que leiam o que escrevam, mas gosto de ter liberdade para o fazer sem condicionalismos impostos, directa ou indirectamente, por esses leitores. É essa a mais-valia desta esfera, como lhe chamas. Ser lido por uma comunidade sem ser cobrado :)

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  10. Et voilà. La Palisse não teria dito melhor.


    (estou a ver que este deve ser um daqueles blogs eruditos que me falaram na altura).

    Aquele abraço,

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  11. Acho que inconscientemente acaba sempre por tentar agradar, desagradar, ou provocar qualquer outro tipo de reacção no leitor.
    Deve ser como a história da Genética vs Meio Social, sendo que o meio é todo o feedback que se têm dos leitores e do que se lê.

    Se pensares bem, se não tivesses leitores, não terias argumento para metade dos teus posts.

    Mas percebi o que queres dizer. Esta divagação dava pano para mangas..

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  12. *que se tem dos leitores.

    (alguém sabe o que quer dizer "pano para mangas"? um pano dá para fazer muitas mangas? é isso?)

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  13. As mangas levam muito pano, João. Às vezes mais que o resto da peça :)

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  14. Erudito? Tem a certeza que viu as montagens com os chihuahua? Wrong door, my friend.

    Aquele abraço para si também

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  15. :)

    Ok, agora que já quebrámos o gelo, já a posso convidar para jantar?

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  16. Se incluir bilhete de ida e volta a Portugal, porque não? Na Páscoa é que não dá jeito, que já estou comprometida.

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  17. João

    tu já me lês desde o tempo em que não tinha leitores. E mesmo assim não me calava.
    A única coisa que a maior popularidade me trouxe foi auto-censura e contenção. O que faz com que não escreva metade das coisas que penso escrever só para não me chatear.
    É isso e o meu pai ter começado a ler o meu blog. Desde então que para a blogosfera tive de virar freira.

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  18. Sinto-me deveras honrado que tenha aceite o meu convite. Talvez um dia*.



    * isto, se lhe continuar a conceder a oportunidade de me ter aqui, atraído pelos seus escritos, qual flauta de Hamelin, que bem sei que está a tentar fazer por merecer.


    Olhe, doce Luna, dedique-me outro post amanhã.

    Até breve,

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  19. Então aposto que desde aquele mal entendido com o post da cerveja (foi um mal entendido, foi) caí nas boas graças do teu pai. Ah-a! ;)

    Quando digo que se não fossemos nós, leitores, não tinhas argumento para metade do que escreves, não quero dizer que escreves para nós.
    Quero dizer que já tens tanta gente a chatear-te a cabeça em cada post, que tens a necessidade de contra-argumentar/desabafar/responder/espicaçar no post seguinte, e por aí fora.

    Como diria o Jaime Pacheco: é uma faca de dois legumes.
    Quantos mais leitores, mais comentários, mais popularidade, mais responsabilidade, mais auto-censura.

    By the way, se algum dia te fartares disto (toc toc toc), eu compro-te o blogue.



    Vanita, obrigado. Realmente tem toda a lógica.

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  20. Ora pena é, que o meu Blog não me dê comida da boa, tratamentos vários ao corpinho numa clinica famosa, um automovel de gama supersónica, euros com fartura...

    telemóveis não quero, já tenho. mas o resto podia vir tudo, a ver se me ralava...

    comecei a escrever no Blog porque toda a gente tinha um e eu não posso ver nada, quero tudo... é uma doença, pronto, que querem...

    durante uns tempos valentes escervi para meu puro deleite e tb para ver se o meu marido não me devolvia à procedência, por causa do mau feitio, mas confesso que quando descobri essa cena do sitemeeter...

    uma pessoa fica curiosa.

    Agora, uma coisa é certa, até há coisa de dois meses ninguem que me é proximo sabia da existencia do blog, nem sequer o meu marido.

    e pensando bem... assim é que era bom.

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  21. eu ja tive os dois tipos de blogues: um em que screvia só para o meu filho e outros em que escrevo para receber um feedback, como o que tenho agora!

    jocas [fiquei parva com o plagio que te fizeram do perfil...]

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  22. Tenho de concordar com muitas das coisas que li quer na postagem quer nos comentários que a seguir foram deixados.

    A verdade é que quem escreve um blog (falo por mim, mas penso que muita gente pensará e sentirá assim) gosta de ter visitas, comentários, gosta de despoletar algum tipo de reacção nos seus leitores. A não ser que tenha um blog completamente secreto, do qual ninguém tem conhecimento, apenas nós - situação que às vezes se torna mais confidencial, por estranho que parecça, do que um diário, já que este pode sempre ser lido por quem lhe deite a mão.

    Já escrevi diários, já escrevi blogs anónimos, e tenho agora um blog que apesar de já ter 4 anos apenas agora começa a ter mais algumas visitas e comentários.

    Se escrevo para agradar?

    Não... e sim.

    Escrevo o que penso, dou a minha opinião sem medos, doa a quem doer (por alguma razão "baptizei" o blog como Choque Cultural)... mas tento fazê-lo de uma maneira que seja um pouco engraçada, que cative as pessoas, que as faça querer voltar lá.

    Se gostava de ter mais visitas, mais comentários? Gostava, sem dúvida. Afinal, se não gostasse, não o tinha colocado no Facebook, não tentava divulgá-lo, e por aí fora.

    Mas se é absolutamente necessário que ele seja conhecido?... Não... simplesmente para isso regressava ao meu diário...

    Peço desculpa pela intromissão e pelo comentário tão longo, mas a verdade é que este é um assunto sobre o qual de há uns tempos para cá tenho pensado muito, e como tenho este grave problema de começar a falar e não me calar... :S

    (:p)

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  23. Quando se começa um blogue concordo. Quando esse blogue começa a dar-nos outras perspectivas na vida, pelo número de leitores e pelo sucesso que tem, já não é assim. Claro que esses casos, embora alguns, são muito reduzidos logo essa lógica mantém-se para a maioria.

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  24. Exacto. É isso que as pessoas têm dificuldade em ver. Pipocas, Kittys e Mónica Lices não há muitas, e já têm o seu nicho. Com a quantidade de jornalistas profissionais e gente talentosa, a maioria de nós não passará daqui para outro lado, pelo que o blog é a estação final. O mercado é pequeno, e embora aqui achemos que temos imensa importância, a verdade é que a grande maioria da população não sabe o que é um blog e olha para nós como se fôssemos ETs se dizemos ter um. Daí a insignificância destas tricas, que acabam por só ter visibilidade nesta esfera, por ser tão pequena.

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  25. Concordo contigo. Apesar de ser gratificante termos leitores eu continuaria a escrever mesmo que não tivesse nenhum. bjs

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  26. A ideia de um blogue é mesmo essa, ser um sítio de desabafo do autor e às vezes ser lida por toda a gente que conhecemos limita-nos muito a escrita..implica o dobro da contenção!

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  27. Mesmo. O meu blog tem poucos vistantes, e poucos comments, mas eu gosto muito dele. *

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  28. ando há uns tempos para escrever algo parecido. é esta a ideia que eu tenho de um blogue!

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  29. Por uma razão ou por outra as pessoas decidem vir aqui ler o que tu decides escrever. Igualmente, seja porque razão for, algumas decidem também deixar comentários. É obvio que há uns quantos que o fazem com intenção puramente provocatória, e, ainda que compreenda a tua irritação com o facto, tentar através de contra-comentários ou posts incutir educação, lucidez ou bom-senso nessas pessoas parece-me um exercício algo inútil. E muito menos vejo algum sentido em deixar que isso condicione a tua decisão sobre o que deves ou não escrever, seja lá sobre o que for.

    A lógica de escrever num blog é na maior parte das vezes um bocado confusa e só mesmo tu é que podes saber o que é que te motiva a fazê-lo. Mas deixar que outros a desvirtuem através de idiotices e afins também é mesmo só uma escolha tua.

    Ah! E claro que o facto de o teu pai ler o blog é diferente. Eu sempre achei que tu não devias ser assim tão sossegadinha…..

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  30. Olá a todos,
    Tenho um blogue há poucos meses e confesso que resisti a criá-lo. Mas por questões práticas( divulgar um hobby que se tornou mais sério) - já cá está na competição, salvo seja!
    Acho que há blogues que se alimentam dos leitores e outros que não. Depende da intenção do autor, da temática que aborda no seu espaço, tanta coisa. Pessoalmente e desde que instalei o site meter, começo a achar que é esquisito ter mil e tal visitas, com o dobro dos page views e ter apenas meia dúzia de pessoas que comentam com regularidade.
    Em última análise o blogue vive de quem o recria diariamente.

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