2 de junho de 2010

Acho graça, pronto

De certeza que toda a gente conhece pessoas que considera burras que nem uma porta, tiveram colegas que eram perfeitas nulidades, ou amigos a quem tratam com alguma condescendência por saberem que não dá para mais, agora dizer isso em voz alta é que não, cruz credo, ai ai, que coisa horrível, que nós em público só pensamos e dizemos coisas boazinhas e que não ofendam ninguém. Santa hipocrisia.

(aposto que se fartaram de fazer forwards e riram imenso daqueles vídeos da loira americana no concurso dos putos, e daqueles vídeos a provar que os americanos são estúpidos, tal como nas as audições para os programas de talento)

16 comentários:

  1. Não é preciso ser-se cientista para se ser inteligente. E há pessoas burras sim, não acredito que por estreiteza, é mesmo por preguiça e porque não se interessam por mais. Uma coisa é certa, as pessoas são hipócritas sim. Adoram ver estupidez.

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  2. vi esse vídeo da loira há já uns tempos e não me lembro de ter rido, lembro-me de ter ficado "wtf...?!". Mas não sei o que é pior. Quem ficasse indiferente a isso seria de suspeitar. É como aquele puto de 16 anos que foi impedido de cantar (estava a ter um enorme sucesso) e obrigado a ter aulas porque não fazia a mínima ideia o que era Alemão nem sabia que existia um país chamado Alemanha.

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  3. Eu concordo com a premissa da frontalidade...e digo-o muitas vezes que conheço poucas pessoas verdadeiramente inteligentes...e digo mais vezes ainda o quanto estou convicta da estupidez nacional que impera nos EUA...estilo:

    - Qual o Nome do meio de George W. Bush
    - uhm..... Eduard?!

    sem comentarios...

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  4. Eu admito e não escondo sentir desprezo intelectual por muitas pessoas que conheço ou com quem lido. O que não faz de mim uma pessoa melhor.

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  5. Mas admiti-lo pelo menos não faz de ti hipócrita.

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  6. Mas podia ser simpático e tentar esconder isso. Só que às vezes as pessoas começam a dizer alarvidades e eu não aguento.

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  7. Ai eu aguento imenso. ;)

    (por acaso às vezes tento disfarçar, outras fico com cara de parva a olhar para a pessoa enquanto o meu cérebro tenta processar a informação de que o que acabei de ouvir é isso mesmo que entendi)

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  8. A inteligência é relativa.

    Eu no meu meio de trabalho sou obrigado, por ex, a discutir a importancia do uso de um array de strings em ASP.NET. ou a configurar um server DNS.
    Odeio.

    Quero é ir pra casa ver Family Guy ou então conversar com os amigos acerca de gajas e futebol. E não é discutir se a gaja sabe de física. Mas sim discutir o seu físico. E com um português erudito? Óbvio que não.

    Lembro-me de quando fui ao MoMA... Estavam por lá aqueles pseudos a dissertar sobre um quadro que era apenas e só um ponto desenhado. Acredito que se achavam intlectualmente superiores ao resto da "ralé". E provavelmente até seriam nessa área, mas isso não invalida que sejam estúpidos que nem uma porta no que realmente interessa: o resto.

    Tenho um primo que é doutorado em Literatura. No entanto, recebi um mail dele onde constava a frase: "Ontem fizes-te (ou disses-te, sei lá...) aquilo?" Até me mirrou um testículo.

    Já um amigo meu, que trabalha na oficina do pai, é provavelmente uma das pessoas mais inteligentes que conheço e com o qual tenho conversas e discussões brutais. São sobre áreas científicas? Não. Isso invalida que sejam intlectualmente superiores? Também não.

    Já agora, acredito que um filho de um pastor, de uma aldeia do interior, sem posses... não venha a ser um neurocirurgião. Mas não pelos mesmos motivos que tu acreditas.

    Termino como comecei: a inteligência é relativa.

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  9. Bravo, Nuno T.
    Exactamente o que penso, só que não conseguiria explicar tão bem como tu.

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  10. Nuno T

    o mais engraçado é que assumem, à partida, que eu penso de forma diferente, quando até concordo com tudo o que dizes. (surpresa!)

    E não acho que o que tenha dito até agora não seja compatível com tal.

    Isso acontece porque interpretam precipitadamente tudo o que digo de certa maneira, sem quererem saber se essa interpretação é a correcta.

    Já agora: quais são os motivos pelos quais eu acredito que o filho do pastor não possa ser neurocirurgião?

    (btw, a resposta será diferente se te referires ao filho de um pastor em geral ou ao atolambadozinho do "ainda há pastores")

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  11. Sim, a inteligência é relativa. Mas isso não impede que haja gente pouco inteligente.

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  12. P.S. Já escrevi sobre a arte moderna e "instalações"e a minha incapacidade de entender a transcendência e valor artístico daquilo. Resultado, adivinhas? Também tive gente a cair-me em cima, mas aí por motivos inversos. A verdade é que, diga eu o que disser, há sempre quem fique ofendido, leve a mal, e me acuse de qualquer coisa.


    Acho que devia passar a ter um daqueles blogues em que as pessoas escrevem posts super polémicos e cheios de conteudo, muito dados a receber opiniões contraditórias, do tipo "ai, é só de mim, ou quando estou mesmo feliz, quero prolongar a minha felicidade, e quando estou ao sol e numa ilha paradisíaca, não me apetece nada voltar para o frio e para o emprego que odeio, ai sou tão espectacularmente especial por causa disto, meu deus". Curiosamente, aparecem logo 400 gajas a dizer que também são assim e concordam com tudo.

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  13. A inteligência é relativa é o caraças. Pode haver gente mais ou menos apta para determinadas coisas mas a inteligência nao é relativa. Há gente burra e há gente inteligente. Mais uma vez digo, tal não significa que as pessoas tenham mais ou menos valor ou que este se meça pelo nível intelectual de cada um. Mas dizerem que é uma coisa relativa.....

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  14. Citando: "Já agora: quais são os motivos pelos quais eu acredito que o filho do pastor não possa ser neurocirurgião?"

    Não sei quais são os teus motivos. Sei apenas aquilo que interpretei relativamente ao que escreveste.
    Mas respondendo:

    Citando: "Se as oportunidades ajudam? Claro que ajudam, poderão até ser o factor mais importante, mas não são o único, e se a capacidade não estiver lá, não valem de nada."

    Concordo parcialmente. Porque se uma pessoa não tiver oportunidades, nunca saberá se tinha ou não as capacidades. Podem vir com a conversa do "Ah mas com esforço tudo se consegue", mas acreditem que quando é uma família precária onde os filhos têm de trabalhar desde cedo, o rapaz até pode ser um Einstein...

    Citando: " ...mesmo o maior defensor do politicamente correcto dificilmente me poderá dizer, com honestidade, que verdadeiramente acredita que o atolambadozinho do "ainda há pastores", cujos pontos altos da vida oscilavam entre a nova cassete do Quim Barreiros e a visita pontual ao bar de alterne, poderia ter sido neurocirurgião. Porque não é verdade."

    Daqui depreendo que assumes como um dado adquirido que o tal "pastor" nunca podia ter sido neurocirurgião. Puseste de parte a justificação das oportunidades mais acima, logo, sobram as capacidades. Que, presumo que seja esse o teu ponto de vista, são quase que genética e irreversivelmente inferiores.

    Foi o que concluí do teu texto. Se estou errado, peço desculpa! Mas é o meu ponto de vista acerca do que li.

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  15. A minha posição relativamente à possibilidade do filho do pastor poder ser neurocirurgião, ponto por ponto, aqui:

    http://horas-perdidas.blogspot.com/2010/06/estou-cansada.html

    (acredito que o atolambadozinho do documentário pertença ao grupo de pessoas mencionadas no ponto 6, estando muito provavelmente no percentil mais baixo na distribuição da inteligência. ou seja, àquele, em particular, acho que não tinha de todo capacidades para poder ter sido neurocirurgião, nem com todas as oportunidades do mundo. não acho que isso se aplique a todos os outros pastores.)

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  16. Só mais uma coisa: mesmo em casos em que não há oportunidades, e em que as crianças têm de trabalhar desde cedo, se há inteligência, ela manifesta-se. Citando:

    "uma família precária onde os filhos têm de trabalhar desde cedo, o rapaz até pode ser um Einstein..."

    o rapaz não será um Einstein, em todo o seu potencial, porque não terá oportunidade de estudar muito, mas certamente não manifestará o nível de desenvolvimento cognitivo equivalente ao de um bovino. E é aqui que reside a diferença entre o pastor atolambado do "ainda há pastores", e o velhote sábio do "mondovino".

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