Se me permites a intromissão, eu acho que as pessoas vêem um juízo de valor em tudo o que lêem. Sendo que, muitas vezes, esse juízo de valor está na sua cabeça e não na de quem escreveu.
Por exemplo, quando te referes a "pessoas inteligentes", em lado nenhum referiste "deuses" ou sequer "seres superiores". É apenas uma característica, tal como ser dinâmico, moreno, calmo, apressado, etc. O mundo precisa de pessoas inteligentes, tanto como de pessoas trabalhadoras (uma não é o oposto da outra) e também de pessoas calmas.
Eu considero-me inteligente e não acho isso nada de especial. A minha irmã, por outro lado, é menos inteligente mas muito mais bonita do que eu. Nenhuma é melhor do que a outra, somos simplesmente diferentes. Há situações na vida das quais eu me desenvencilho melhor por ser inteligente. Noutras ela safa-se melhor porque é model-like. Na minha família geram-se piadas acerca de "uma ter ficado com a beleza e outra a inteligência". Ninguém leva a mal. Todos se riem das nossas diferenças (nós inclusive). Ela não é pior que eu, nem eu pior que ela.
Todos temos de aprender a viver com as nossas características e aproveitá-las da melhor forma. Como tu dizes, todos somos válidos e fundamentais para a sociedade. Mais vale percebermos isso, e aprendermos qual o nosso papel, em vez de criticarmos aqueles que têm características diferentes das nossas.
Miguel, Falta o Samsung que andaram a dar às bloggers (desculpa, já não me recordo do nome)... se bem te lembras a Luna fez umas ilustrações via paint que eram hilariantes :p
Hehe. Eu agradecia que me explicassem as alterações do relacionamento nobreza-coroa nos alvores da construção do estado moderno, incluindo comportamento real, referenciais normativos e discurso ideológico e o reflexo destas alterações na administração e gestão do território nas costas de um envelope. Neste momento, eu agradecia mesmo muito que me explicassem isto. Dava-me um jeitaço.
NSC, filho... Vais descobrir que nem sempre se tem tudo o que se quer. Mas digo-te uma coisa, quando me conseguires explicar isso a mim, nas costas de um envelope, então já não vais precisar que alguém te explique.
Nunca disse que percebia muito do assunto. Não sou psicóloga nem estudo psicologia cognitiva.
Tenho uma opinião, somente. Opinião essa que tem vindo a ser distorcida e deturpada por más interpretaçoes.
Costas de envelope? Aqui vai, pela quadragésima vez:
1. Acho que a inteligência é distribuída pelas populações independentemente da classe social, raça ou nacionalidade.
2. Acho que a inteligência não é distribuída igualmente entre todos os indivíduos. (vide gráfico da distribuição normal do QI)
3. Devido ao ponto n.2, nem todas as pessoas têm as mesmas capacidades de aprendizagem.
4. Acho que o estímulo do intelecto, facultado pela educação, leitura, incentivo à criatividade e imaginação, etc., tem um papel importante no desenvolvimento das capacidades intelectuais do indivíduo, podendo determinar se estas são desenvolvidas ao máximo, ou se ficam subdesenvolvidas. A este ponto poderemos chamar "oportunidades".
5. Acho que o grau de desenvolvimento intelectual referido no ponto n.4 afecta o grau de inteligência e capacidade de aprendizagem e raciocínio do indivíduo ao longo do tempo, e o seu grau de inteligência na idade adulta.
Posto isto:
6. devido aos pontos n. 2 e 3, há pessoas que, por mais que se esforcem e tenham todas as oportunidades do mundo, nunca poderão ser neurocirurgiãs, porque não têm capacidade para tal.
7. algumas pessoas, apesar de terem sido dotadas à nascença com capacidades semelhantes às dos restantes indivíduos, por falta de estímulo do intelecto, falta de oportunidades (ponto n.4) não desenvolvem as suas capacidades intelectuais ao máximo, ficando aquém do que poderiam atingir a nível de inteligência (ponto n.5).
Logo, quanto ao filho do pastor:
8. segundo os pontos 2 e 3, existem duas hipóteses:
a) o filho do pastor não tem capacidades (ponto 6)
b) o filho do pastor tem capacidades (ponto 7)
caso hipótese a: o filho do pastor nunca poderá ser neurocirurgião, porque não tem capacidades para.
caso hipótese b: o filho do pastor poderá eventualmente ser neurocirurgião se não lhe forem negadas as oportunidades de desenvolver o seu intelecto.
9. o filho do pastor tem capacidades inatas. existem então duas hipóteses (ponto 7):
a) é-lhe negado o acesso à educação e estímulo intelectual.
b) é-lhe permitido estudar e estimular o seu desenvolvimento intelectual
caso hipótese a: não há total desenvolvimento das capacidades intelectuais, pelo que o filho do pastor não poderá ser neurocirurgião por falta de desenvolvimento intelectual completo.
caso b: o filho do pastor poderá ser neurocirurgião se assim pretender, porque além de ter capacidades, pôde desenvolvê-las.
10. acho que explicar isto em 10 pontos se qualifica para costas de envelope.
Ainda só vou no segundo ponto mas presumo que estes 2 sejam os axiomas que suportam as conclusoes seguintes. Não acho que o IQ seja um bom medidor de inteligência. Para mim, como já foi dito por outras pessoas há vários tipos de inteligência. De qualquer forma o mesmo sítio onde vais buscar o gráfico diz isto: "The 1996 Task Force investigation on Intelligence sponsored by the American Psychological Association concluded that there are significant variations in I.Q. across races.", que contradiz o axioma 1.
Isto é tudo relativo. O pastor nunca será um bom Físico mas eu tb nunca serei um bom pastor. E olha que já tentei. eheheh
Se quando eu digo que acho que a inteligência varia entre indivíduos, é o que é, o que faria se afirmasse que varia entre raças?
No entanto, embora haja algumas teorias relativamente à diferença entre raças (que teria base genética), a diferença não é tão significativa quanto à variação entre os seus indivíduos.
(acho graça, primeiro pedes-me a coisa nas costas de envelope, depois retiras-lhe importância, desvalorizando o raciocínio cingindo-te aos dois primeiros pontos. isto da seriedade intelectual é lixado)
Eheheh!!! Gostei muito da tua explicação. E já li os pontos todos. ;) Mas em princípio não se tiram conclusões verdadeiras a partir de pressupostos errados. E aqui fui eu que me expliquei mal. Para mim o pressuposto errado é usar o QI como indicador de inteligência.
É o que não ler um post com atenção.
ResponderEliminarBjx
Não sei como é que ainda não te tinhas cansado. És talvez a mais atacada no Mundo dos blogues.
ResponderEliminarWelcome to the club...
ResponderEliminar5% é porque lê na diagonal, os restantes 95% é porque lêem (e entendem) o que lhes apetece!
Bisouxxx
Recapitulando então os temas proibidos:
ResponderEliminar1. Educação
2. Inteligência
3. Lost
4. O tempo
5. Prendas dadas a outras bloggers
Estou-me a esquecer de algum?! :)
LOOOOOOL
ResponderEliminarMiguel, agora fizeste-me rir. Obrigada.
Olá Luna,
ResponderEliminarSe me permites a intromissão, eu acho que as pessoas vêem um juízo de valor em tudo o que lêem. Sendo que, muitas vezes, esse juízo de valor está na sua cabeça e não na de quem escreveu.
Por exemplo, quando te referes a "pessoas inteligentes", em lado nenhum referiste "deuses" ou sequer "seres superiores". É apenas uma característica, tal como ser dinâmico, moreno, calmo, apressado, etc. O mundo precisa de pessoas inteligentes, tanto como de pessoas trabalhadoras (uma não é o oposto da outra) e também de pessoas calmas.
Eu considero-me inteligente e não acho isso nada de especial. A minha irmã, por outro lado, é menos inteligente mas muito mais bonita do que eu. Nenhuma é melhor do que a outra, somos simplesmente diferentes. Há situações na vida das quais eu me desenvencilho melhor por ser inteligente. Noutras ela safa-se melhor porque é model-like. Na minha família geram-se piadas acerca de "uma ter ficado com a beleza e outra a inteligência". Ninguém leva a mal. Todos se riem das nossas diferenças (nós inclusive). Ela não é pior que eu, nem eu pior que ela.
Todos temos de aprender a viver com as nossas características e aproveitá-las da melhor forma. Como tu dizes, todos somos válidos e fundamentais para a sociedade. Mais vale percebermos isso, e aprendermos qual o nosso papel, em vez de criticarmos aqueles que têm características diferentes das nossas.
Oops..acho que me "estendi".
Beijinhos
De nada! :)
ResponderEliminarMiguel,
ResponderEliminarFalta o Samsung que andaram a dar às bloggers (desculpa, já não me recordo do nome)... se bem te lembras a Luna fez umas ilustrações via paint que eram hilariantes :p
Jo
ResponderEliminarera o ponto número 5:
5. Prendas dadas a outras bloggers
:)
Se não te consegues fazer entender talvez o problema não seja das pessoas que são burras, talvez o problema seja teu que não te sabes explicar.
ResponderEliminarSe não consegues ensinar neurocirurgia a um pastor talvez o problema seja teu e não dele.
Quem percebe muito de um assunto deve saber explicá-lo nas costas de um envelope.
Hehe.
ResponderEliminarEu agradecia que me explicassem as alterações do relacionamento nobreza-coroa nos alvores da construção do estado moderno, incluindo comportamento real, referenciais normativos e discurso ideológico e o reflexo destas alterações na administração e gestão do território nas costas de um envelope.
Neste momento, eu agradecia mesmo muito que me explicassem isto. Dava-me um jeitaço.
NSC, filho... Vais descobrir que nem sempre se tem tudo o que se quer. Mas digo-te uma coisa, quando me conseguires explicar isso a mim, nas costas de um envelope, então já não vais precisar que alguém te explique.
ResponderEliminarNunca disse que percebia muito do assunto. Não sou psicóloga nem estudo psicologia cognitiva.
ResponderEliminarTenho uma opinião, somente. Opinião essa que tem vindo a ser distorcida e deturpada por más interpretaçoes.
Costas de envelope? Aqui vai, pela quadragésima vez:
1. Acho que a inteligência é distribuída pelas populações independentemente da classe social, raça ou nacionalidade.
2. Acho que a inteligência não é distribuída igualmente entre todos os indivíduos. (vide gráfico da distribuição normal do QI)
3. Devido ao ponto n.2, nem todas as pessoas têm as mesmas capacidades de aprendizagem.
4. Acho que o estímulo do intelecto, facultado pela educação, leitura, incentivo à criatividade e imaginação, etc., tem um papel importante no desenvolvimento das capacidades intelectuais do indivíduo, podendo determinar se estas são desenvolvidas ao máximo, ou se ficam subdesenvolvidas. A este ponto poderemos chamar "oportunidades".
5. Acho que o grau de desenvolvimento intelectual referido no ponto n.4 afecta o grau de inteligência e capacidade de aprendizagem e raciocínio do indivíduo ao longo do tempo, e o seu grau de inteligência na idade adulta.
Posto isto:
6. devido aos pontos n. 2 e 3, há pessoas que, por mais que se esforcem e tenham todas as oportunidades do mundo, nunca poderão ser neurocirurgiãs, porque não têm capacidade para tal.
7. algumas pessoas, apesar de terem sido dotadas à nascença com capacidades semelhantes às dos restantes indivíduos, por falta de estímulo do intelecto, falta de oportunidades (ponto n.4) não desenvolvem as suas capacidades intelectuais ao máximo, ficando aquém do que poderiam atingir a nível de inteligência (ponto n.5).
Logo, quanto ao filho do pastor:
8. segundo os pontos 2 e 3, existem duas hipóteses:
a) o filho do pastor não tem capacidades (ponto 6)
b) o filho do pastor tem capacidades (ponto 7)
caso hipótese a: o filho do pastor nunca poderá ser neurocirurgião, porque não tem capacidades para.
caso hipótese b: o filho do pastor poderá eventualmente ser neurocirurgião se não lhe forem negadas as oportunidades de desenvolver o seu intelecto.
9. o filho do pastor tem capacidades inatas. existem então duas hipóteses (ponto 7):
a) é-lhe negado o acesso à educação e estímulo intelectual.
b) é-lhe permitido estudar e estimular o seu desenvolvimento intelectual
caso hipótese a: não há total desenvolvimento das capacidades intelectuais, pelo que o filho do pastor não poderá ser neurocirurgião por falta de desenvolvimento intelectual completo.
caso b: o filho do pastor poderá ser neurocirurgião se assim pretender, porque além de ter capacidades, pôde desenvolvê-las.
10. acho que explicar isto em 10 pontos se qualifica para costas de envelope.
Ainda só vou no segundo ponto mas presumo que estes 2 sejam os axiomas que suportam as conclusoes seguintes. Não acho que o IQ seja um bom medidor de inteligência. Para mim, como já foi dito por outras pessoas há vários tipos de inteligência. De qualquer forma o mesmo sítio onde vais buscar o gráfico diz isto:
ResponderEliminar"The 1996 Task Force investigation on Intelligence sponsored by the American Psychological Association concluded that there are significant variations in I.Q. across races.", que contradiz o axioma 1.
Isto é tudo relativo. O pastor nunca será um bom Físico mas eu tb nunca serei um bom pastor. E olha que já tentei. eheheh
Eu tentava explicar-te, mas corria o risco de tu não perceberes.
ResponderEliminarSe quando eu digo que acho que a inteligência varia entre indivíduos, é o que é, o que faria se afirmasse que varia entre raças?
ResponderEliminarNo entanto, embora haja algumas teorias relativamente à diferença entre raças (que teria base genética), a diferença não é tão significativa quanto à variação entre os seus indivíduos.
(acho graça, primeiro pedes-me a coisa nas costas de envelope, depois retiras-lhe importância, desvalorizando o raciocínio cingindo-te aos dois primeiros pontos. isto da seriedade intelectual é lixado)
Eheheh!!! Gostei muito da tua explicação. E já li os pontos todos. ;) Mas em princípio não se tiram conclusões verdadeiras a partir de pressupostos errados. E aqui fui eu que me expliquei mal. Para mim o pressuposto errado é usar o QI como indicador de inteligência.
ResponderEliminarNSC, muito provavelmente...
ResponderEliminare sinceramente acho que não é à força de o repetires...
ResponderEliminarnem vale a pensa dar resposta a esse tipo de gente que não quer ver evidências...
e agora podia "espraiar-me" por ai...mas não me apetece...
afinal hoje é feriado e vou espraiar-me, realamente ;)
Diza, se fosse evidente não era preciso prová-lo.
ResponderEliminar"...esse tipo de gente...."? Mais respeito, sim?