Umas das minhas melhores amigas chama-me carinhosamente "the rock". Não é necessariamente um elogio. É uma forma de estar na vida, com um falso optimismo à prova de bala, capacidade de relativizar, de forma a ser-se um apoio fiável. Nem sempre é fácil. Ser a rocha implica manter-se em pé quando tudo o resto desmorona, quando nada parece ter resolução possível, quando mesmo a esperança acaba. É preciso ser-se capaz de manter a cabeça no lugar, manter a força, o alento, sob todas as circunstâncias. Dizer-se que está tudo bem, quando não está. Sorrir, sem se saber como. Manter uma aparência imperturbável., mesmo quando tudo à nossa volta nos diz que não vai acabar bem, que não há finais felizes, que não há forma de fugir ao inevitável. Mesmo que se esteja na merda mais funda e não se veja a saída. Because you just can't afford to break down. Implica esconder sentimentos, emoções, medos. Implica não chorar durante anos, por mais longos e penosos que sejam, e por vezes construir uma carapaça quase intransponível, que ninguém percebe se é real ou fictícia. Na maior parte das vezes é irreversível, mesmo quando se deixa de ser precisa. Mesmo quando aquilo que mais se teme finalmente acontece. Once a rock, always a rock.
Sometimes I wonder if there's a rock for me.
eu chamo á mesma coisa a "esfera", a minha "esfera". quem lida comigo no dia-a-dia nem sonha o que vai lá dentro, no núcleo. acho que se contam pelos dedos de uma mão as que desconfiam, e, são família. mas certezas não há...
ResponderEliminarNão vejo porque não há-de haver.
ResponderEliminar(beijinho à pedra doce, então)
ResponderEliminarporque estás a ler na net? por isso é que não vês. =)
ResponderEliminardo que é feita a vida senão da capacidade de sonhar?
ResponderEliminarAbraços
Eu, que me esbandalho toda por dentro, me vou abaixo por merdas que não têm importância nenhuma, que me descrevo como sendo fraquinha de cabeça e uma mariquinhas de merda, uma vez ouvi uma conhecida dizer que eu dava ares de ser imperturbável, segura, de não precisar de nada nem de ninguém e que passava pelas coisas sem precisar de ajuda externa.Uma colega de trabalho disse-me uma vez que eu era uma pessoa muito segura e (espanto) equilibrada.
ResponderEliminarÀs vezes, aquilo que aparenta ser a maior fortaleza, a tal que os outros julgam uma construção para evitar ataques externos, é também um entrave a que nos vejam na nossa fraqueza. Porque as pessoas não entram, e presumem que está tudo bem lá dentro. E quem lá está perde o hábito de vir à porta pedir uma ajudinha para arredar um móvel, ou bater ao vizinho para pedir um raminho de salsa.
E um gajo habitua-se e deixa andar, não tem salsa, paciência, come-se sem tempero.
Não deixes andar. Não tenhas medo. Há muitas rochas que nunca te apareceram ao caminho porque nem se lembraram que tu precisasses.E se calhar também têm medo, de se sentir supérfluas.
:) (jinho)
Uma vez um amigo contou-me uma cena passada com uma nemorada, um maluquinho que a insultou, coisa do género, e que ela entrou em histeria e ele foi a correr salvá-la. Lá no meio, disse: se fosses tu não me preocupava, que davas conta do assunto.
ResponderEliminarUma pessoa monta camas de casal sozinha, etc, e a certa altura nao precisa de nada, pronto. Nem sempre é bom.
ahahahahahhahahah...vamos chorar todos em conjunto?:P
ResponderEliminarÈ uma forma de pensar errada...muito gostamos nós todos de sermos victimas...Há sempre pior...e nesse pior, há pior ainda...pensem positivo, não há heróis, muito menos rochedos...anda-se a ver muitos filmes, rascas...pelos vistos.
Ninguem é um rochedo....Lamento informar.
A vida são 2 dias e pensar desta forma não é inteligente, não é ser forte, é, antes, ser fraco...é uma fuga, um escape estragado, que faz demasiado barulho para ser suportável a mais pequena viagem...isto traz repercussões óbvias.
Ser positivo, não viver o drama pelo drama, ser honesto é que é de "homenzinho".
Há remédios para todos os males.
Querido Ryan
ResponderEliminarquando aprenderes a escrever vítimas voltamos a falar, sim?
Calhau, foi o que me chamaram.
ResponderEliminarSabes que eu sou um pouco assim, quem me conhece sabe que estou sempre lá para dar um ombro para chorar ou apenas para ouvir resolver ou ajudar a encontrar soluções.
ResponderEliminarMAs é como tu dizes, por vezes nó tb precisamos de ter um ombro assim, mas se somos para os outros, esses outros acham que não precisamos do mesmo por sermos fortes, e as vezes estamos mesmo na merda e não temos ninguém para nos ouvir, apenas mais alguem que precisa falat e passar mais um fardo de preocupações para os nossos ombros.
É como diz a Luna, uma pessoa faz a mudança da casa sozinha muda camas e monta estendais e de um momento para o outro acham que somos super mulherese que nao precisamos de ombros para chorar.
Atenção somos é mulheres práticas e desemrrascadas, mas momentos de fragilidade todos temos.
drsculpa lá o mega texto
Beijo
Sou um saudosista e n estou de acordo com o novo acordo ortográfico.
ResponderEliminarMais acento, menos acento, mais c, menos c, acho que percebeste a msg...
Na blogoesfera é preciso assim tanto rigor? que psicoticismo e paranóia...relax little girl:).
Meu caro, vítima já se escrevia vítima antes do acordo ortográfico, ao qual não aderi.
ResponderEliminarNa blogosfera não é preciso tanto rigor, na quarta classe sim.
ahahahahahah!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarBué LOUCO!!!!!:))))
Achas que d me devia autoflagelar?:)
Talvez repetir a palavra víctima 30 vezes?:)
Adorei a 4ta classe, gostava de voltar lá um dia, como é que sabes?
Porque a fiz, com boas notas.
ResponderEliminarAs melhoras.
Muitos Parabéns por isso e, por escreveres sempre com a pontuação toda certa..:)deves ser um exemplo a seguir!? Porque é que não tentas ir para realizadora de cinema? Fazes grandes filmes..:)!!
ResponderEliminarPoupe-me senhora Luna...
Cheers mate:)
eu acho que saíste directamente do berçário para a "era digital". um dia cais e entendes que ser optimista também tem repercussões. pôr as hipóteses é que revela inteligência, a decisão, essa, é sempre emocional. uns têm mais queda para um lado, outros para o outro. a arrogância por outro lado ainda (credo tanto lado), revela a perda de consciência racional.
ResponderEliminarQue filmes, posso perguntar?
ResponderEliminar(tanta gente que sabe tanto da minha vida, credo)
Vegan, é o seguinte, temos de confiar em nós, de dentro para fora...
ResponderEliminarSer arrogante é um adjectivo, obrigado por me qualificares tão bem;).
Eu só quero o melhor para toda a gente.
Luna, filmes...tens conversa de quem tem a mania que é forte mas que depois quer é colinho, precisas é de arranjar um namorado.
Tão simples, como é que nunca pensei nisso?
ResponderEliminarQuem é amigo?
ResponderEliminarQuem?
;)
ó Luna, só te falta agora um comentador sem blog, só com nome, a dizer que "nada disso, a vida é simples, o que precisas é de um gajo, pá" enquanto está numa sub cave escura e sozinho, a opinar sobre tudo e todos e essencialmente a fazer refresh ao blog a ver se alguém lhe responde...
ResponderEliminar(espera... já tens, malandra!)
E pelos vistos responde :)
ResponderEliminarNão estou numa sub cave mas estou debaixo da ponte:)
bem, eu não sei tudo e tu, pelo que escreves, deves confiar muito em ti.
ResponderEliminareu vou continuar a esconder o que sinto das pessoas que vivem à minha volta, a aguentar tudo o que posso sem cair ou vacilar, e a dar só a alguns, uma reservada minoria, a pequena amostra do que cá vai dentro. (que tal esta linha de pensamento para auto-estima? já tinhas pensado neste prisma? se calhar encaixa melhor no teu estereotipo?)
o não nos revelarmos, tal como a opção contrária, é uma decisão legitima. considerares uma um sinal de inteligência e a outra um sinal de burrice, é... o que lhe quiseres chamar. chamei arrogante. acho que fui simpático. peço desculpa se ofendi. =)
(uma pena ser em baixo...)
ResponderEliminarvá, Ryan. Lexotan e tenha calma... um dia alguém vai dar lhe atenção.
Muito booooooom:))), fico lisongeado com as várias linhas e toda a atenção que me dedicaram:)
ResponderEliminarDeus vos pague, porque como já sabem, eu não tenho dinheiro.
Adorei as vossas respostas de grande cravura intelectual e deixo um forte aplauso a todos vós.
Gostei muito de todos os adjectivos com que me qualificaram, desengane-se quem pense que fiquei ofendido, antes pelo contrário.
Não fiquem é ressabiados com o meu protagonismo, não faço por o ter:), apensas quero passar despercebido no dia a dia, sendo feliz à minha singular maneira.
beijinhos e abraços. Aqui este vosso ídolo, vai ali dar uma voltinha e volta mais tarde para vos dar mais miminhos:)...sei que gostaram.
Hangloose:)
Muito booooooom:))), fico lisongeado com as várias linhas e toda a atenção que me dedicaram:)
ResponderEliminarDeus vos pague, porque como já sabem, eu não tenho dinheiro.
Adorei as vossas respostas de grande cravura intelectual e deixo um forte aplauso a todos vós.
Gostei muito de todos os adjectivos com que me qualificaram, desengane-se quem pense que fiquei ofendido, antes pelo contrário.
Não fiquem é ressabiados com o meu protagonismo, não faço por o ter:), apensas quero passar despercebido no dia a dia, sendo feliz à minha singular maneira.
beijinhos e abraços. Aqui este vosso ídolo, vai ali dar uma voltinha e volta mais tarde para vos dar mais miminhos:)...sei que gostaram.
Hangloose:)
Hum... bem que já tinha suspeitado que o puto não batia bem... achei que era só eu...
ResponderEliminarMas confesso que fiquei deslumbrada com o fino recorte literário de "grande cravura intelectual"...
O que é "grande cravura intelectual"?
E "não fiquem é ressabiados com o meu protagonismo" também é bonito. É sim senhores. (WTF?)
Acho que era para ser "craveira", mas o rapaz, já se sabe, não liga à ortografia.
ResponderEliminarLuna, este post fez-me reflectir sobre o meu percurso e, naturalmente, o de algumas das pessoas que acompanho. Vou tentar explanar:
ResponderEliminar1. Ser-se "the rock", em parte pode consistir numa quase estratégia de viver o melhor possível e permitir que a existência dos que nos estão próximos seja agradável/ funcional/ harmoniosa. Mais do que uma escolha clara.
2. Podemos ser "the rock" para os outros e para nós. Mas, de tempos a tempos, temos que nutrir-nos. Como se fôssemos rosas. Temos que ser atentas e doces connosco (com os outros também, mas penso que é mais fácil agir com ternura, mesmo se aparentemente rude, com os outros). Porque, se assim não for, sentiremos essa falta de auto-carinho, mais tarde ou mais cedo, com a agravante de podermos vir a imputá-la a outras pessoas e estas demonstrarem um imenso espanto, já que, poucas vezes "os outros" pressentem os nossos anseios - sobretudo os que até para nós permanecem quase secretos.
3. "Quando aquilo que mais se teme finalmente acontece" estamos diante do caos. É uma libertação, sem dúvida, mas terrivelmente assustadora. Que fazer agora com essa força, se ela já a nós se coseu? Mas, é também uma hipótese de confrontarmos as nossas "certezas" e reformularmos caminhos.
4. Acho que existe "a rock for you", provavelmente existem várias, até. Mas, enquanto não se cruzarem, é bom pensar que existem muitas pedras, algumas fracotas, outras ásperas, outras pontiagudas, outras quase insignficantes, mas nessa magnífica imperfeição, estão "ali". E muitas vezes, quando "chamadas", mesmo se discretamente, podem ser muito, muito importantes nas nossas vidas.
Isto faz-me lembrar uma altura em que, com uma relação estável, apaixonei-me por um gajo, também ele, com uma relação estável.
ResponderEliminarEu resolvi a minha vida, pus-me disponível e pronta a embarcar nesta nova relação.
Ele não podia, porque tinha receio que ela cometesse uma loucura, se desgraçasse, abandonasse o emprego, se suicidasse... Que coitada, nunca se iria refazer!
E eu? Ah, eu era rija, eu aguentava-me, era forte. Pr'ó caralhinho, sim?!
Até os gatos vadios não estranham festinhas.
(By the way, conheço outra alcunha mais engraçada mas não digo aqui... :P)
Só vos quis dar mais uma oportunidade de brilharem...:)
ResponderEliminarNão vos escapa nada hum? È sinal que leram tudo e atentamente:)
Vai mais um isco? Aposto que o vosso canal favorito é a tvi...
Piranhas sem dentes...meus amores;)
Querido, aqui na holanda não há TVI.
ResponderEliminarTemos de ir tomar café luna, és um amor:)
ResponderEliminarEste post lembra-me..
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=tpzV_0l5ILI
Sim, conheço a sensação...e o que mais me aborrece é que ninguém me pergunta "como estás?" porque acham que estou sempre bem. E não estou sempre bem!
ResponderEliminarRYAN... LisonJeado, cariño...com J. Jota.
ResponderEliminarFora a Pólo Norte, acho que mais ninguém por aqui te conhece, certo? Eu percebi-te em letra, género e número, e quando precisares duma rock, I can be yours. Lembra-te da minha calma a controlar o incêndio que provoquei no teu fogão ;) Gosto mto de ti minha rock, oh pá!
ResponderEliminarThanks. :)
ResponderEliminar(eu sei, tu também és uma rochazinha)
Adorei Luna. Sem dúvida, um dos favoritos dos que já escreveste. Talvez por me rever tanto.
ResponderEliminarNão é fácil ser um "rochedo". Nada mesmo. Até porque, volta e meia, vira-se contra nós.
E ao ver isto http://stuffnoonetoldme.blogspot.com/2010/09/47.html
ResponderEliminarlembrei-me deste teu post
Ryan,
ResponderEliminarCá pirete!