28 de maio de 2011

Re-post: O pincher

Uma grande amiga minha tem uma cadela Rottweiler, linda, meiga, que nunca fez mal a ninguém, e que se deixa montar alegremente pelos miúdos pequenos que tem constantemente à sua volta. A Carlota, de seu nome, passa a maior parte do tempo num terraço grande, num primeiro andar, com vista para a rua, apoiando as patas dianteiras no murinho, como se estivesse à janela. Todos os dias, um cão pequeno, daqueles irritantes e barulhentos, passava na rua sob o seu olhar. Todos os dias, o raio do cãozinho lhe ladrava, provocando-a, atiçando-a, sabendo-se seguro por achá-la presa. Todos os dias a importunava em sua casa, por vezes mais do uma vez, durante meses. Até que um dia, sem contar, lhe passou à frente quando ela estava solta. Não houve quem a conseguisse agarrar, e correndo na sua direcção, apanhou-o e deitou-se em cima dele. Não o mordeu, não nada, limitou-se a mostrar a sua força. Teve de ser o pai da minha amiga a levantá-la à força, pegando nela com os braços, porque ela se recusava a mover-se, prendendo-o debaixo. Quando a levantaram, o cãozinho, esse, tinha-se mijado todo. Nunca mais lhe ladrou.

8 comentários:

  1. essa cadela só pode ter lido Sun Tzu

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  2. Ficas a saber que a Madalena tinha um Rottweiler (o saudoso Batata) que era igual de personalidade, um doce. Só o gato Vasco o punha em sentido. ;)

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  3. Mas não me parece que o meu Batata só se deitasse em cima de um pincher irritante. Acho que o mordia todo; saía à mãe :-)

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  4. LOL! :D Cá em casa também temos uma pincher e um Amstaff! Ela é uma histérica, ladra, ladra, ladra... Ele é um paz de alma, limita-se a olhar para ela e a fazer um ar de interrogação! São uma comédia! :D Até ao dia em que ela lhe mordeu no focinho e ficou lá pendurada pelos dentitos... E ele, o que fez? Mandou-a pelo ar, para bem longe... Tão cedo, não voltou a meter-se com ele! :p Bjs

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  5. Olha, Luna: a idade e a experiência dizem-me que há muitos animaizinhos como o do teu post.

    São pequeninos e ridículos e insignificantes, mas estão sempre em pontas de pés para se auto-convencerem que são grandes.

    Depois, quando as coisas lhes correm mal, agarram-se à casquinha de Calimero e "ai coitadinho de mim que sou tão pequenino e fazem-me sempre mal... e perseguem-me... logo a mim que não faço mal a ninguém!"

    E isso, garanto-te, nunca vai mudar.
    Mesmo quando justamente punidos, vão sempre alegar que há um complot contra eles e que os cães grandes e malvados conseguiram, com grandes trafulhices e ossos grátis, corromper toda a matilha.

    E serão sempre assim, mesmo que fiquem sozinhos, ou com dois ou três miseráveis da mesma igualha a lamber-lhes as feridas.

    Por isso, desejo-te muita paciência e serenidade, que bem vais precisar.

    O mesmo desejo à I, à Teresa, à Madalena, à Alexandra, à Charlotte e a todas as pessoas que vão engrossando o "clube", por terem cometido o grande crime de manifestar a sua opinião.

    Um beijinho.

    Maria (outra).

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  6. Bolas! Toda a gente tem cão menos eu!

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