27 de junho de 2011

Acidentes de viação


da Pipoca mais doce

Não há mesmo nada a dizer. A coisa que primeiro me vem à cabeça é a estupidez. A estupidez das mortes na estrada. Que coisa tão estúpida. Não há morte mais estúpida, mais idiota, mais imprevisível, mais injustificada, na maior parte das vezes mais injusta, e principalmente mais evitável, do que a morte em acidentes de viação. Também eu tive amigos mortos estupidamente em acidentes de carro ou de mota, dos quais tive conhecimento de repente. A reacção é de choque, nada nos prepara para algo assim, nunca. A minha amiga Rita morreu estupidamente num acidente de viação, num carro que não conduzia, num acidente provocado por excesso de velocidade. Uma miúda cheia de vida, com uma carreira promissora e toda uma vida toda pela frente. Estava em  Erasmus em Itália quando uma amiga comum me comunicou a notícia, e a primeira reacção foi de incredulidade, uma pessoa não consegue acreditar, digerir, aceitar uma morte assim. Ainda hoje me lembro dela em momentos inesquecíveis, nas aventuras quase surreais que partilhámos, e quase me custa a crer que já cá não está. E nem sequer imagino a dor de quem passa pelo mesmo com familiares muito próximos, a revolta, a angústia, a dor têm de ser ainda maiores. Os meus pais, que foram ao enterro, ficaram muitíssimo impressionados e angustiados ao ver aqueles pais, porque é impossível ser pai e mãe sem se identificarem, sem imaginarem o que seria se fosse o seu filho, e não há dor maior do que perder um filho. E depois aparecem notícias como as do acidente do Angélico, em que todo o país fica de coração apertado, por uns tempos, até toda a gente se esquecer de que todos os dias há pais e familiares de coração nas mãos por filhos, por pais, por irmãos, devido a estúpidos acidentes de viação causados por excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, condução irresponsável, por tanta coisa evitável.
Sempre que vou a Portugal hoje em dia morro de medo de conduzir. Vou na estrada e parece-me que estou metida num jogo de playstation de fórmula 1 com gente a conduzir a 200 à hora, a ultrapassar perigosamente, a mudar vinte vezes de faixa, a picar-se, a conduzir tendo bebido, a gabar-se de fazer Lisboa - Algarve em duas horas, como se fosse motivo de orgulho, e não um atestado de inconsciência. Portugal tem das piores taxas de mortalidade na estrada da europa, e tem muito a ver com a nossa cultura de (in)segurança. No norte da europa ninguém conduz assim. Ninguém bebe tendo de conduzir, ninguém anda estupidamente depressa, até porque as multas são exorbitantes. Mas em Portugal ainda não há essa consciência. E mais e mais acidentes irão acontecer até que uma consciência global de segurança na estrada se enraíze definitivamente. Até que as pessoas percebam que a sua conduta irresponsável pode resultar em mortes. Não só as delas, mas de pessoas inocentes.
O acidente do Angélico, por quem todo o país reza neste momento, vem pôr o dedo na ferida e relembrar um problema real, que afecta centenas ou milhares de famílias todos os anos. Todos os dias há pais, avós, filhos, irmãos, maridos e mulheres em salas de espera de hospitais à espera de milagres pelos seus. À espera de que a medicina salve quem à partida não deveria estar naquelas camas. Todos os dias há gente devastada pela perda, pela estupidez destas mortes que poderiam ter sido evitadas. E que é preciso combater, começando por nós próprios, e pela nossa postura ao volante. Há coisas inevitáveis, é verdade, mas a maior parte dos acidentes não o são, e parte de nós reduzi-los. Como? Com consciência de que a responsabilidade também é nossa.

35 comentários:

  1. Também perdi amigos em desastres de carro. Eu própria podia ter morrido num, ia a guiar e o carro capotou, ainda hoje não sei o que aconteceu, o carro, que tinha 1300 km e menos de um mês, foi para a sucata. Se não levasse cinto posto, o mais certo era já não estar cá, foi a opinião unânime de polícia e equipa médica. Assim escapei com oito pontos na cabeça, uma coisa de nada.

    O único sobrevivente do acidente da Princesa Diana ia no lugar do morto, mas era o único que levava o cinto apertado. É por coisas assim que, mesmo que vá no banco de trás (até num táxi) aperto sempre o cinto.

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  2. De facto é de lamentar, mas por outro é de suspirar. Morreu outra pessoa, está outra pessoa em estado crítico e todos ligam ao Angélico, esse ser angelical que ia a conduzir sem cinto de segurança e num carro sem seguro.
    Lamenta-se a perda de vidas, principalmente sendo um jovem, mas não se lamenta a inconsciência...

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  3. Tens toda a razão. Se houvesse mais prudência e responsabilidade muitos desgostos eram evitados.

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  4. Concordo completamente com o André. Já há eventos no facebook para apoiar o Angélico, mas ninguém se lembra da pessoa que morreu. Segundo apurei, o acidente deveu-se ao rebentamento de um pneu, mas a avaliar pelo estado em que o carro estava não deviam ir devagar com certeza.

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  5. @aquimesmo, as pessoas não conhecem a pessoa que morreu, não sabem o seu nome, por isso não fazem luto por alguém que não conhecem, e como todos os dias morrem pessoas na estrada, seria no mínimo estranho que o fizéssemos. No caso do Angélico mesmo que nunca o tenhamos ouvido cantar ou representar, sabemos quem ele é, nem que seja através das revistas que estão na sala de espera do dentista, e provavelmente muitos de nós conhecemos melhor esta figura pública que os nossos vizinhos.


    PS. Pela primeira vez que apercebi-me há pessoas que enviam as condolências via sms, em vez de o fazem pessoalmente ou através de um telefonema. Isto é no mínimo estranho. Caso o enlutado receba uma destas sms, deve responder?

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  6. Aqui entre nós, este fim-de-semana tive de ir a Portugal e conduzir de Lisboa ao Algarve e vice-versa. Apesar de eu própria ir (e agora lamento a estupidez que fiz, não tornarei) a 170km/h, ria-me e dizia à minha co-piloto "só em Portugal é que e vou a 170 e sou ultrapassada por meio mundo". É incrível, os espanhóis (com os quais vivo e convivo) não suportam gente que passa dos 130, andam sempre pela direita, fazem pisca antes de ultrapassar e são infinitamente mais civilizados que nós ao volante. Excepto nas rotundas lolol

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  7. Estive aqui a dar voltas à cabeça, e juro que não me lembro de alguém (família, colegas, conhecidos) que tenha morrido num acidente. Apenas uma prima muito afastada, que nunca conheci, que morreu da forma mais estúpida possível: atropelada numa passadeira.

    Sou uma caguinchas ao volante. Detesto velocidade, e felizmente o meu carro também. Na cidade tenho pavor de dar com uma pessoa de repente, e já muitas vezes fui salva pelo santinho do abs, embora circule sempre abaixo do limite.

    Ainda assim, e porque também sou inconsciente, e porque raramente coloco cinto quando vou atrás, não consigo atirar pedras. Se para alguma coisa esta história serviu, foi isto: nunca mais ando sem cinto no banco de trás.

    Tenho muita pena das vítimas que esta autêntica guerra nas estradas já causou. E as vítimas não são só os sinistrados, mas todos os amigos e familiares afectados por essas mortes.

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  8. A condução belga é pior que a portuguesa. Como é caro tirar a carta numa escola de condução, as pessoas aqui podem ter licença para aprender a conduzir com os pais, amigos, etc. Logo, além dos erros serem perpétuados, não há ninguém que os possa corrigir. Há que dizer que as pessoas podem conduzir sem carta e SOZINHAS!!!!! antes do exame durante uma série de meses. E também há coisas estúpidas como as melhores discotecas serem fora das cidades e terem acesso por autoestrada, o que faz com que consequentemente haja muitos acidentes na estrada após o horário de fecho das mesmas. Não é só em Portugal que as coisas são más, isso não lhe retira obviamente a falta de responsabilidade. E até era fácil combater este tipo de situações: mais radares, multas ainda mais pesadas, tolerância ZERO ao álcool e um combate cerrado à ideia de que quem é chico esperto é o maior... Mas pouco se pode esperar de países desgovernados.

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  9. Pois, na Bélgica de facto nao sei como é, mas aqui as multas são pesadíssimas e o pessoal no geral respeita mais.

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  10. e essa consciência passa pelas pessoas começarem a utilizar o cinto de segurança. não percebo como há pessoas que ainda não o põem!

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  11. conheço uma situação parecidíssima com esta do angélico: um colega que conduzia bêbedo, depois de ter fumado uns charros, em excesso de velocidade e SEM CARTA, com mais dois colegas meus, que foram projectados do carro e morreram os dois. o condutor foi o único sobrevivente. não sei se será pior sobreviver e ficar para sempre com o peso da morte de dois amigos ou se será melhor morrer e não ter de enfrentar isso e a família das vítimas. não foi uma situação nada fácil, lembro-me, e por mais que não se queira, vai-se sempre culpar o condutor, ainda que inconscientemente. eu culpo conscientemente. eu sei que nestas alturas ninguém quer saber de quem foi a culpa ou não, mas quem conduz com pessoas ao lado e não tem responsabilidade suficiente para o fazer, tem de ser culpabilizado e eventualmente punido.
    posso confessar que não conduzo propriamente devagar, não é nada de que me orgulhe, mas é mais forte que eu. mas faço isso quando estou sozinha (eu sei que mesmo assim posso pôr em risco a vida dos demais condutores e assim sendo tenho o cuidado necessário), não quando levo pessoas no meu carro e pelas quais eu sou responsável.

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  12. Maat, o que é "o cuidado necessário"? É que mesmo com ele arriscas-te, e também um dia podes ser punida e, quem sabe, culpabilizada conscientemente por outros.

    Já agora, contra a punição nada contra, que é ou será feita em sede própria. Já a culpabilização é que me encanita. Principalmente quando vem de quem nem tem nada a ver com o caso, nem é familiar de vítimas, que nesses casos entendo e é humano fazê-lo. Merda fazemos todos, e assim como apontamos o dedo hoje, amanhã a nós o podem apontar.

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  13. Luna,
    a minha experiência na Alemanha diz-me que as pessoas tendem a cumprir limites de velocidade nas cidades. Na auto-estrada encontras de tudo, sendo que (arrisco dizer) que a velocidade média é de 140 Km/h. Há quem se cole à traseira do carro embora conduzas dentro da dita norma, há quem nao use o pisca e quem ande exageradamente rápido, etc, etc, etc.
    Em algumas auto-estradas (ou parte delas) nao há limite máximo de velocidade. Isto levanta a velha questao de se um limite máximo pode proteger vidas. Eu sou da opiniao que nao é suficiente. Mais importante que isso, seria educar condutores e sociedade.
    Mais um exemplo deste país: nao há carro que circule na estrada sem seguro; isto é, uma matrícula (até as temporárias) só é atribuída mediante um seguro do veículo. Portugal podia comecar por aqui.

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  14. cuidado necessário é abusar onde sei que posso abusar, ou seja, vias rápidas e auto-estradas. não ando a 100 nas localidades, obviamente. por exemplo, na circunvalação no porto(não sei se conhecem), estrada que faço todos dias e onde o limite é 50, posso dizer que raramente o cumpro (eu e 95% das pessoas, já agora, não que interesse muito) porque é um limite irreal. não ando a 100 também, mas ando a mais que a velocidade permitida por lei. abuso, mas como disse com cuidado e só quando acho que é seguro fazê-lo.
    é claro que estou sujeita a fazer merda. toda a gente está, mesmo que ande a 20 kms/h. aliás, é mais perigoso um carro a 50 na auto-estrada que eu na circunvalação a 70.

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  15. em relação à culpabilização, é óbvio que isso não me interessa pessoalmente, porque graças a Deus não aconteceu comigo ou com alguém próximo de mim, mas como disse a família, e estava a falar especificamente da família e amigos próximos, irá fazê-lo quase de certeza, ainda que inconscientemente.
    é óbvio que eu não tenho o direito de julgar ninguém, nem neste caso do angelico em particular me interessa muito, mas tenho direito à minha opinião. e a minha opinião é que o angelico foi muito irresponsável e é culpado pela morte de uma (ou de duas, não se sabe ainda) pessoas inocentes.

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  16. Maat, como é que o facto de ele não levar cinto causou a morte das outras duas pessoas? A obrigatoriedade de uso do cinto é pessoal, ou seja, quem não o usa responde por si, a coima é aplicada ao prevaricador e não ao condutor (salvo se se tratar de criança obrigada a uso de dispositivo, digo eu, em que o responsável terá que ser ou o condutor ou pai/tutor que siga no carro). Mesmo a menor que com ele seguia tinha 17 anos, ou seja, não é inimputável.

    Isto se entretanto a lei não mudou, o que neste país acontece com frequência.

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  17. sim, claro, a questão do cinto é da responsabilidade do ocupante. mas conduzir em excesso de velocidade não é. e não me digam que ele ia a 100 porque não ia de certeza. se fosse a 200, já era uma sorte, com um carro daqueles. se ele fosse a 100 e lhe saísse uma roda, o carro não tinha ficado naquele estado. e conduzir um carro sem seguro é ilegal. se eu andar sem seguro, sou multada. o seguro serve precisamente para estes acontecimentos, infelizmente. quero ver quem vai indemnizar a família do rapaz que morreu ou quem vai pagar os cuidados da miúda que está em coma. para mim, ele é culpado, digam o que disserem. mas a minha opinião vale o que vale, nada. e é memso só isso, uma opinião, independentemente de estar certa ou errada.

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  18. Pronto, estou esclarecida. Parece-me que, como muitos que por aí andam, a Maat estudou pelo Código Penal do Taxista, e dá relevo ao princípio de prova "ele não andava ali a dar milho aos pombos".

    Desculpa lá o sarcasmo, mas não gosto.

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  19. estás desculpada. não é para gostares. como disse é a minha opinião, que não vai mudar com sarcasmos ou nada do género.

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  20. Sabe bem criticar, porque por momento achamos que aquilo só acontece ao Angélico que ia muito rápido, mas não me acontece a mim que só ando muito rápido quando ando na auto-estrada sozinho.

    Há mais mil e não sei quantas histórias anuais de pessoas que andam sozinhas na auto-estrada, com o "cuidado necessário" (e tenho muito bons amigos que sei que o fazem), e depois se espetam contra uma família que vinha sossegada de férias ou rebenta um pneu e vão às piruetas cair em cima do casal que ia de fim de semana.

    Criticar é muito humano e acho que as pessoas o usam, sem maldade, para se convencerem que isto realmente só acontece aos outros. Mas acredito que as pessoas deviam usar mais esta história (infelizmente banal) para pensarem duas vezes na próxima vez que tiverem de pegar no carro para ir de Lisboa ao Porto e tiverem muita pressa para chegarem rápido e irem dormir depressa.

    (de qualquer forma, acredito que fossem muito rápido, mas ninguém sabe muito bem os factos reais, a quanto iam, se levavam cinto ou não, etc, por isso estamos todos a cagar postas de pescada)

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  21. Fuschia
    é por isso que não teço considerações sobre o que aconteceu realmente ou não. Mas estes casos são uma chamada de atenção a como toda a gente se comporta na estrada.
    Eu, que automaticamente ponho o sinto nos bancos da frente, confesso que só o faço uns 50% das vezes no banco de trás, o que é má prática da minha parte também. Mas vou tentar passar a por sempre (desde que haja, nem sempre é o caso).
    O rebentamento de um pneu pode nao ser evitável, nem previsível, mas talvez se os ocupantes do carro tivessem todos cinto, talvez não tivessem saído feridos com tanta gravidade nem perdido a vida. Nao sabemos, mas é uma possibilidade.
    E sendo o caso, é ainda mais revoltante, pois estas vidas poderiam ter sido poupadas, independentemente de culpas, que nestas situações pouco importam. É muito triste.

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  22. E eu continuo sem perceber porque é que uma blogger que confessadamente anda em excesso de velocidade não está a fazer nada de mal, porque toma o cuidado necessário; mas um fulano famoso que alegadamente iria em excesso de velocidade porque se o carro ficou assim é porque ia, é apontado a dedo como responsável pela morte e ferimentos de outrem.

    Pagou bem caro o seu excesso de confiança e tolice em não usar cinto, verdade; mas eu, que já acompanhei (não pessoalmente, note-se) verdadeiros e comprovados casos de homicídio por negligência na estrada, fico com as entranhas revoltadas ao ver a facilidade com que o povinho acusa, julga e executa. Sim, que a felicidade e sorrisinho de desdém que adivinho atrás do ecrã ao saber-se do desligar da ficha cheira-me a coisa de carrasco wannabe.
    Revoltante.
    E se um dia destes ouvir falar de alguém a quem, na circunvalação, por rebentar um pneu, entrar em aquaplanning, ou se atravessar um cão à frente, se despistou e morreu, faço o mesmo? Ó pá, não me tentes, Satanás. Não, não faço.

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  23. ui, não falta muito estou a receber hate mail. sempre foi o meu sonho :)
    o endereço está no perfil, sente-te à vontade.

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  24. Eu não hate. O hate é desperdício de energia, e love is all you need.

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  25. Agora o outro ocupante do carro que sobreviveu apenas com ferimentos ligeiros veio a público afirmar que todos se encontravam com o cinto de segurança posto...

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  26. "veio a público afirmar que todos se encontravam com o cinto de segurança posto... "

    Dificilmente acredito nisso. Uma pessoa que leve o cinto de segurança posto muito dificilmente é cuspida de um veículo.

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  27. como disse antes, o meu post não pretendia atribuir culpas, mas de facto, nao sei qual a probabilidade de 3 em 4 cintos (75%) nao funcionem num BWW...

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  28. Nem sabia que o carro era um BMW. Mas lembro-me de uma vez, aí pelos meus 14 anos, irmos a caminho de Espanha. Era um BMW e o meu Pai devia ir a uns 140 km/h. Rebentou um pneu. O carro não teve comportamentos esquisitos, só uma leve tremedeira. O meu Pai encostou logo, mudou o pneu e seguimos viagem.

    Tendo em conta que isto aconteceu há mais de 30 anos e que a BMW muito deve ter aprimorado a tecnologia entretanto, fico com a suspeita de que a velocidade a que o carro acidentado ia era bem mais alta. A não ser que tenha saltado mesmo uma roda, o que é outra conversa, parece-me.

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  29. No meio disto tudo lançaram uma notícia errada: ELE LEVAVA O CINTO. Agora gostava de saber quantos jornais é que vão emendar os erros que anunciaram...Aliás, tiveram de cortar o cinto para o tirar do carro...Não percebo este jornalismo

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  30. "Aliás, tiveram de cortar o cinto para o tirar do carro..."

    Das duas uma, ou ele foi cuspido, ou foi tirado do carro. As duas coisas ao mesmo tempo são, digamos, impossíveis. E isso vai contra as notícias que diziam que ele tinha sido atropelado depois de ter sido cuspido do carro.

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  31. Cuspida e atropelada foi a vítima que morreu imediatamente. Mas também tinha lido que ele também tinha sido cuspido. Especulaçao, mau jornalismo?

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  32. Numa notícia que vi e entrevistavam o chefe dos bombeiros, este dizia que o condutor tinha sido desencarcerado. Na visão, a foto do carro: não tem porta do condutor. Ah, e não o acho muito danificado, considerando o acidente: a moldura do vidro da frente está quase direita.
    Também dizem, na visão, que ele ia sentado em cima do cinto, para não activar o sensor (até a minha carripana apita se eu não coloco cinto). Muita informação contraditória.

    O que é verdade, o que não é? A gente sabe lá.

    Mas o que isto ensina, sem qq dúvida, é que julgar sem estar na posse de todos os dados é precipitado e pode-nos levar a ser injustos e fazer figuras tolas. Mas ninguém vai agora admitir que se precipitou ou fez um mau julgamento, pois não?

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  33. Olha, desde que ando de bicicleta que tenho muito mais cuidado: quando vou passar em cruzamentos, etc., nos quais tenhos prioridade por lei, certifico-me mesmo de que os carros param. Já me disseram: tens prioridade, porque paras? E eu digo sempre: porque se levar com um carro em cima e ficar paraplégica, não me conforta mais saber que estou com a razão e o outro é culpado.
    Nestas situações, pouco importa de quem é a culpa...

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  34. É como eu enquanto "peona". Mesmo estando verde, muito cuidadinho a atravessar. Ter razão não conforta muito, quando se está numa cadeira de rodas.

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