Em Portugal, infelizmente, não há uma cultura de mecenato, beneficência, ou mesmo de voluntariado. Toda a gente gosta de dizer que apoia as artes, projectos dignos e tal, mas quando se vai a ver, contribuir que é bom, nicles. Mesmo quem divulga, e apregoa "vá, divulguem isto que precisa de ajuda", muitas vezes no final não se chega à frente. Já vi isso vezes sem conta. É certo que a maioria de nós não pode dar muito, vivemos com orçamento limitado, mas a verdade é que mesmo podendo, não o fazemos. E quando alguém consegue algo, vêm quatrocentas mil almas desmerecer, com aquele despeitozinho de "porque é que ajudam fulano de tal e não a mim?" e mais outras quatrocentas mil a dizer "que não merecia assim tanto, e estão a ver, nem sequer fez exactamente o que disse que faria".
A maioria de nós mais facilmente compra duas bolas de berlim que doa esse dinheiro para patrocinar alguém sem qualquer benefício próprio. E isso envergonha-me. Envergonha-me entrar no site da Katie, antropóloga/fotógrafa, que foi para a selva amazónica documentar uma tribo que não é fotografada há 50 anos, e mesmo tendo vivido quase toda a vida em Portugal, ver que poucos nomes portugueses constam na lista de patrocinadores ao seu projecto. Contam-se pelos dedos. Nem que fosse um euro, mas nada... Oh que linda foto, oh que lindos indiozinhos, muito interessante, mas há-de haver mais gente interessada nos moglis com macacos na cabeça, porquê eu?
Tal como me envergonha que sobre a Maria, em vésperas de ir para Timor 6 meses como voluntária da ONU (by the way, voluntária significa sem receber ordenado durante esse tempo), tenha visto tantos comentários mesquinhos, ah mas afinal não vai para Bruges, mas afinal não leva o gato, que grande vaca, a puta, a aproveitar-se das pessoas ao vender livros que comprou e custaram dinheiro, vendendo-os pelo máximo dinheiro que derem por eles, devia era dá-los a todos e contrair um empréstimo a 100 anos, em vez de andar a pedir às pessoas que pagassem por coisas que ela própria pagou para ter, quando em vez de ir para Bruges para tirar uma pós graduação que serviria o sonho de ingressar na ONU, aproveita uma oportunidade de ingressar na ONU directamente, a vaca, devia ter recusado, e ainda por cima não leva o gato, que além de ter de ultrapassar mais de 20 horas de viagem numa gaiola no porão, teria de passar por quarentenas nos locais de destino e volta, sempre na gaiola, e estar sujeito a apanhar raiva em Timor, e provavelmente não sobreviver a tudo isso. Mas se prometeu aos leitores que o levaria, mesmo que os veterinários todos o desaconselhassem, devia mantê-lo, independentemene do que é melhor para o animal. Que grande vaca. Não só pede dinheiro pelo recheio da sua casa, como ainda por cima muda os seus planos de vida, e escolhe o bem estar e saúde do seu animal, em vez de o levar consigo, nem que fosse morto, porque era nisso que as pessoas pensavam quando pagavam dinheiro pelos seus livros que custam dinheiro se comprados na livraria, com a diferença que num caso pagavam à Fnac e noutro à Maria, e a Maria é menos digna que a Fnac, só porque é uma pessoa real. Mas pagando à Maria é um favor que se faz, claro.
A maioria de nós mais facilmente compra duas bolas de berlim que doa esse dinheiro para patrocinar alguém sem qualquer benefício próprio. E isso envergonha-me. Envergonha-me entrar no site da Katie, antropóloga/fotógrafa, que foi para a selva amazónica documentar uma tribo que não é fotografada há 50 anos, e mesmo tendo vivido quase toda a vida em Portugal, ver que poucos nomes portugueses constam na lista de patrocinadores ao seu projecto. Contam-se pelos dedos. Nem que fosse um euro, mas nada... Oh que linda foto, oh que lindos indiozinhos, muito interessante, mas há-de haver mais gente interessada nos moglis com macacos na cabeça, porquê eu?
Tal como me envergonha que sobre a Maria, em vésperas de ir para Timor 6 meses como voluntária da ONU (by the way, voluntária significa sem receber ordenado durante esse tempo), tenha visto tantos comentários mesquinhos, ah mas afinal não vai para Bruges, mas afinal não leva o gato, que grande vaca, a puta, a aproveitar-se das pessoas ao vender livros que comprou e custaram dinheiro, vendendo-os pelo máximo dinheiro que derem por eles, devia era dá-los a todos e contrair um empréstimo a 100 anos, em vez de andar a pedir às pessoas que pagassem por coisas que ela própria pagou para ter, quando em vez de ir para Bruges para tirar uma pós graduação que serviria o sonho de ingressar na ONU, aproveita uma oportunidade de ingressar na ONU directamente, a vaca, devia ter recusado, e ainda por cima não leva o gato, que além de ter de ultrapassar mais de 20 horas de viagem numa gaiola no porão, teria de passar por quarentenas nos locais de destino e volta, sempre na gaiola, e estar sujeito a apanhar raiva em Timor, e provavelmente não sobreviver a tudo isso. Mas se prometeu aos leitores que o levaria, mesmo que os veterinários todos o desaconselhassem, devia mantê-lo, independentemene do que é melhor para o animal. Que grande vaca. Não só pede dinheiro pelo recheio da sua casa, como ainda por cima muda os seus planos de vida, e escolhe o bem estar e saúde do seu animal, em vez de o levar consigo, nem que fosse morto, porque era nisso que as pessoas pensavam quando pagavam dinheiro pelos seus livros que custam dinheiro se comprados na livraria, com a diferença que num caso pagavam à Fnac e noutro à Maria, e a Maria é menos digna que a Fnac, só porque é uma pessoa real. Mas pagando à Maria é um favor que se faz, claro.
Ando enojada com a bloga ultimamente, irritada com tanta maldade e despeito que andam por aqui. E principalmente, desiludida. Porque a beneficência e solidariedade são muito lindos de apregoar, mas praticar que é bom, que fique para os outros, que a mim também ninguém me dá nada.
Luna,
ResponderEliminarInfelizmente isso que descreves não se passa só na blogosfera...é geral...
Poxa...eu achei lindo o gesto da Maria. E quero lá saber onde vai ela gastar o dinheiro, porque sei que o fará de forma desinteressada. Não é para ela, é para ela poder ajudar outros.
ResponderEliminarconcordo.
ResponderEliminarSão essas mesmas pessoas que estavam a torcer para alguma coisa correr mal para poderem criticar. As coisas correram melhor do que o expectável? Tanto melhor, ainda é mais fácil dizer mal. É lamentável.
ResponderEliminarPalminhas. Muitas.
ResponderEliminarE convenhamos, a Maria vai para Timor ser milionária como voluntária, é uma verdadeira galinha dos ovos de ouro aquilo em timor. e boa vida. viver em mansões e hoteis de cinco estrelas, enquanto se apanha malária. vai para lá ter vida de raínha, de papo para o ar, banhos em leite de burra, aí com os mil euros que ganhou ao vender os seus bens pelos quais pagou bem mais...
ResponderEliminarUi, filha, sabes lá, Timor é supé féchion, tem os melhores clubes, a melhor sociedade, até a mosquitanga anda de LV no braço. Ela gastou tudo em vestidos e stilletos, só pode.
ResponderEliminarsim, e vestidos de noiva, uma pessoa para ir para lá tem de andar todos os dias envolvida em camadas de tule para afastar os mosquitos. mas nao véus quaiquer, elie saab para cima, haja nível.
ResponderEliminarAinda não me tinha apercebido dessa tristeza. Gentinha pobre de espírito mesmo.
ResponderEliminarLuna, concordo com tudo o que refere no post.
ResponderEliminarA alteração no percurso da Maria suscitou alguma desorientação a algumas pessoas, sim. Questionei-me sobre isso e a hipótese de explicação que encontrei passa mais ou menos por isto: facilmente as pessoas se "apropriam" dos sonhos dos outros e os tornam "seus". Logo, um desvio, principalmente se comunicado tão "em cima da hora" pode causar alguma perturbação. E tal, Luna, pode ter a ver com mesquinhez, sim, mas não necessariamente com maldade, inveja, ressabiamento, etc, etc. Pode ser aquele sentimento - irracional, claro, de sermos "fintados". É imaturo? Sem dúvida. É idiota? É. É humano? Creio que sim.
Nota I - não li qualquer comentário abjecto sobre o assunto, por isso, se os houve, não é a eles que me refiro.
Nota II - Admiro imenso a Maria. Este comentário apenas tenta reflectir um pouco sobre estes "sentires", tentando compreender sem imediatamente etiquetar os emissores de opiniões (não esquecer a nota I).
Leonor
ResponderEliminara Maria enviou um e-mail bastante longo a todas as pessoas que contribuiram e apoiaram a sua causa explicando tudo, tintim por tintim, desde o sonho, desde a oportunidade, desde o não poder mesmo levar o gato, até à forma como seria gasto o dinheiro que recebeu das pessoas que a apoiaram. Todas as pessoas que deram um centimo à Maria receberam esse e-mail. Curiosamente, as que tanto eetrebucham agora são as que nunca contribuíram, e como tal nao receberam o tal e-mail, o que não deixa de ser caricato: reclamar pelo dinheiro que nunca se deu, sem saber que quem deu está muito bem informado. E isto tem o seu quê de ironia, ah se tem.
Estamos as três de acordo. I., grandes comentários que deixaste na Pipi, está lá tudo, clap, clap.
ResponderEliminarÉ blogue que não volto a comentar, e retirei-o dos links e deixei de ser seguidora quando foi o muito feio post sobre a mudança de planos da Maria.
Mexem com os meus, mexem comigo, lamento lamentar.
A decisão de não voltar a comentar já tinha algum tempo, quando comecei a não gostar das duplicidades de critérios (que se verificaram até comigo, quando, tendo moderação de comentários, publicaram comentários anónimos venenosos a acusarem-me de plágio, ainda por cima de um blogue que acho perdido de idiota, ao menos pusessem-me a copiar coisas com qualidade). Depois veio a total falta de graça e começaram os ataques pessoais óbvios. Alguns até sobre blogues e bloggers de que não gosto, o que não impede que ache feio, e baixo. Não gosto de blogues vendetta.
E depois deste comentário arrisco-me a ser alvo, but I couldn't care less. Era um projecto giro? Era. Fez-me rir muitas vezes. Mas isso já está a ficar cada vez mais distante no tempo.
Posso acrescentar um esclarecimento à Leonor, Luna?
ResponderEliminarLeonor, o comunicado não foi tão em cima da hora como pode parecer. A Maria comunicou-nos em privado, à Luna e a mim, ainda durante o processo da sua admissão como voluntária, quando tudo eram incertezas e um grande buraco escuro feito de muitos receios, que aquilo estava a acontecer. Qualquer uma de nós jura em tribunal com a mão na Bíblia, porque é verdade.
Também ando um bocadinho farta da blogosfera. São polémicas atrás de polémicas. Gostava de perceber o objectivo. Mas não consigo. E não me refiro a esta questão da Maria. Mas a várias outras coisas que vão por aí surgindo.
ResponderEliminarLuna, obrigada pela sua resposta. Desconhecia, de facto.
ResponderEliminarTeresa, eu não me referia aos amigos da Maria, claro que esses, independentemente da data de comunicação, não iriam comportar-se de forma mesquinha com a amiga. Estava, sim, a tentar perceber o sentimento difuso, tão comum na blogosfera, de como a partir de um apoio sincero, mas obivamente distante, traduzido na divulgação da célebre barra, se podem gerar reacções tão intensas, como se as pessoas se sentissem "defraudadas", entende?
Ou seja, apenas tentei reflectir sobre a forma como as sensibilidades são voláteis e algumas pessoas se podem "perder" nos sonhos das outras.
Mas acho que me expliquei mal. De qualquer forma, obrigada por ter respondido ao meu comentário.
"Teoria da frustração-agressão".
ResponderEliminarÉ googlar. A Psicologia explica (mas é matéria do último ano, portanto, talvez ainda não tenham chegado lá...).
;)
Luna, a Maria teve inclusive o cuidado de mandar esse mail a pessoas que não contribuíram com um cêntimo que fosse, mas que apenas a ajudaram a divulgar o leilão. Porque quiseram, porque lhe acham graça, porque lhes apeteceu. Ela teve esse cuidado, teve essa decência. Pessoas que ela nunca viu, não conhece, não sabe quem são, como é, por exemplo, o meu caso. E, acredito, o da grande maioria das pessoas que a apoiaram.
ResponderEliminarEra só.
Bjos
“Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; inveja é não querer que o outro tenha. (…) O ódio espuma. A preguiça se derrama. A gula engorda. A avareza acumula. A luxúria se oferece. O orgulho brilha. Só a inveja se esconde. (…) o verdadeiro amigo não é o que é solidário na desgraça, mas o que suporta o sucesso. (….) A solidariedade na alegria é muito rara.” (Inveja mal secreto, Zuenir Ventura)
ResponderEliminarÉ um livro que nunca me canso de citar. Quem vive em Portugal, quem é português, ou quem conhece portugueses, perceberá porquê. Creio que o autor terá tido material para se inspirar para este livro graças à nossa herança genética. :)
Meninas peço desculpa por me intrometer mas realmente estas situações são tristes.
ResponderEliminarEu infelizmente não contribui para a causa da Maria porque só há pouco tempo tive conhecimento mas li o "e-mail" no blog penso que dela, onde estava tudo explicadinho.
Infelizmente a inveja é algo que anda por aí desde sempre e acho que em tempos de crise as pessoas deixam de as conseguir controlar, e por isso é ver inveja a proliferar aí pela blogosfera. Inveja da coragem de uns perseguirem os seus sonhos, inveja de uns poderem ter umas coisinhas que também gostaríamos de ter...enfim. Eu também tenho ligeira inveja (saudável) porque gostava de conseguir concretizar alguns sonhos que também são dificeis, mas não saio por aí a insultar quem tão esforçadamente os consegue. Devemos é dar os parabéns e apoiar essas pessoas, esperando que um dia também alguém nos apoie a nós, caso necessitemos.
Infelizmente não tenho muito, mas nem que seja com 50cent contribuo para tudo/todos aquilo/aqueles em que/quem acredito!
Bjinhos
(gosto muito do teu blog)
alvaquasetransparente.blogspot.com
Eu ainda fui ao site da Katie, mas confesso que aqueles processos de pagamento online através de cartão de crédito ou paypal me deixam esmorecida..:/
ResponderEliminarMas contribui para a causa da Maria e achei que a ida para Timor era um feliz atalho a Bruges. Talvez depois Burges já nem faça sentido, quem sabe?
Pois que isto é muito engraçado quando se gozam com os outros, mas quando gozam com os nossos já não tem graça. Foi o que aconteceu no Pipi. Não eram vocês que a defendiam há uns tempos atrás com unhas e dentes? Inclusivé a I fez não sei quantos posts a defendê-la por alguém supostamente ter posto um processo ou uma queixa. Mas ela já atacava outra pessoas. A questão é que convosco e com as vossas brincava e havia sátira e com outros gozava e axincalhava. Vocês só viam o vosso lado. Agora vê-se.
ResponderEliminarQuanto à Maria, nunca simpatizei com ela, talvez por pedir que a ajudassem por um lado e estar sempre azeda e a maldizer tudo e todos por outro, as mulas, as putas, e isto e aquilo. No entanto, reconheço que é uma pessoa lutadora, com coragem que outros não têm. Por isso, desejo-lhe sorte. Indo ou não para Bruges. Levando ou não o gato.
Cara Marie Lelay
ResponderEliminarnão sei se foi a si que já há uns tempos respondi exactamente à cerca da Pipi num comentário semelhante, mas se não foi, repito o que disse na altura.
eu não respondo por outras pessoas, respondo apenas por mim, independentemente do que blogger A, B ou C disse ou fez, só porque até simpatizamos uns com os outros e nos comentamos. de modo que dizer que vocês isto e vocês aquilo, é abusivo no que toca a este assunto, porque eu não respondo em colectivo.
O que eu pessoalmente penso da Pipi e dos seus posts, e se me rio com eles ou não, se acho graça ou não, se acho felizes ou infelizes, comento-o em privado, e que eu saiba, não privamos, pelo que não me parece que possa pôr palavras na minha boca ou saber o que eu penso ou não.
Nunca me terá visto aqui nem em lado nenhum escrever sobre a Pipi, quer seja a defender, elogiar, ou mesmo criticar, tirando numa resposta a um comentário parecido com este o seu há uns tempos. Como tal desafio-a a encontrar o que quer que seja escrito por mim sobre a Pipi neste blog, ou em outros. E mesmo no blog da Pipi só encontrará comentários meus em alguns posts onde fui visada, nem sequer em todos.
Este texto não é dirigido especialmente ao texto originalmente publicado na Pipi, entretanto apagado, embora o tenha achado maldoso e infeliz, mas especialmente aos comentários que tenho visto blogosfera fora sobre o assunto.
E especialmente a ridícula indignação por parte de quem nao contribuiu, pela a falta de explicações, aludindo às expectativas defraudadas de quem deu dinheiro em troca de objectos, quando a única razão de não terem tido essa detalhada explicação sobre desde a mudança de planos à decisão (dolorosa) de deixar o gato, é exactamente não terem contribuído e por isso não haver qualquer razão para que a Maria se lhes dirigisse de forma personalizada, como fez com toda a gente que a ajudou.
Olá Luna,
ResponderEliminarNão me prenuncio acerca da Maria, que pouco conheço da sua história e acho muito bem que vá para Timor como voluntária.
Mas não concordo que em Portugal não haja uma cultura de voluntariado ou de ajuda ao outro. Não faço comparações com outros países porque nunca vivi fora do país (mas nas viagens que faço vejo também muita gente a olhar para o outro lado ao passar por um sem abrigo, exactamente como aqui).
No “meu” Portugal (porque não estou a generalizar, escrevo aquilo que conheço) há muita gente a fazer voluntariado, seja com pessoas, seja com animais. Há muita gente que em todos os presentes que oferece está a contribuir para uma causa qualquer. Tenho amigas que ao comprarem, por ex, uma agenda porque é para ajudar uma causa qualquer a mandam oferecer a outra pessoa e criam uma “corrente” engraçada. E podia continuar indefinidamente. Se há ou não muito mecenato, não sei, não me movo nesses círculos, mas parece-me que aqui quem dá mais não é quem mais tem. Mas essa já é outra história.
Mas e voltando a entrar no tema do post, sinceramente que esperam que seja a net, a blogosfera a mostrar solidariedade? Mesquinhez existe em toda a parte e na blogosfera onde “dar a cara” é apenas mostrar um icon e um nome fictício (e mesmo assim nem isso é feito sempre) tudo é permitido e o ideal é cair nas boas graças de algo (que nem sei bem o que é) seja lá como for. Mas não concordo que a blogosfera seja um exemplo fidedigno de Portugal.
(lamento o testamento mas não consegui condensar mais isto)
Patrícia
Patrícia
ResponderEliminarmal seria se ninguém em Portugal fizesse voluntariado ou contribuísse para causas, mas a verdade é que nao é uma cultura enraizada, não comparando com outros países, especialmente anglo-saxónicos, onde fazer donativos a instituíçoes, apoiar projectos, etc., é muito mais comum e generalizado.
Claro que em Portugal há excepçoes, há pessoas que o fazem, mas comparativamente muito menos.
Para ter uma ideia do mecenato em Portugal, basta ver que a ONG/IPSS que mais donativos recebe (a AMI), mesmo assim mais de metade do seu financiamento vem da Segurança Social.
ResponderEliminarE a única ONG/IPSS de alguma dimensão que sobrevive só à custa do voluntariado é o Banco Alimentar contra a Fome, o que em países anglo-saxónicos ou nórdicos seria algum impensável (há ONG nos EUA que têm a dimensão de algumas das maiores empresas portuguesas que sobrevivem exclusivamente à conta do mecenato, donativos e voluntários).
"Toda a gente gosta de dizer que apoia as artes, projectos dignos e tal"? Nao sei do que falas...
ResponderEliminarMarie Lelay, eu defendo quem acho que devo defender, e quando acho que o devo fazer. Nesse outro assunto quem atacou a Pipi não tinha razão (na minha opinião); neste assunto a Pipi (não me refiro a uma pessoa, mas a um colectivo atrás de um blog) comportou-se mal, pior ainda no tal post que apagou.
ResponderEliminarE vindo de quem atirou pedras a outro blogger, por andar a atiçar feras a uma figura qualquer, fica-lhe mal estar com este triqui-triqui digno da liga das porteiras mui caridosas que se juntam à esquina a falar da vida alheia. E digo-o sem medos e sem anonimatos, era o que faltava, a minha palavra é o que me resta.
E não conheço a Maria de lado nenhum, já agora, nem lhe fiz juramento de fidelidade. Falo por mim.
Como voluntária que fui durante anos, e que sou, acho que a cultura de voluntariado existe em Portugal sim senhora. O que não existe é muita gente com capacidade de abnegação suficiente para colocar as prioridades dos outros antes das suas, e então inscrevem-se, fazem uns meses de voluntariado e desaparecem na imensidão dos seus problemas diários com a mulher, o marido, os filhos e os colégios.Embora isto seja uma pena, é a realidade. O que não faz de nós menos voluntários, mas sim mais egoístas. Eu não gosto de dar dinheiro pra instituição ou pessoa alguma. Se posso ajudar, meto as mãos na massa, e ajudo. Dar a dita "massa" é que não. Até porque acho que é uma forma mto fácil de "lavar as mãos e a consciência" ao bom estilo: eu já dei praquela causa!
ResponderEliminarPra te dar um exemplo concreto, fico muito mais agradecida quando o Pingo Doce se chega à frente e nos dá 1000 euros em compras para alimentar os campos de férias do que quando nos dão dinheiro que vamos acabar por gastar do mesmo modo, mas que possivelmente não chega nem pra lata de feijão. Cada um dá o que pode, e uma caixa de primeiros socorros é muito mais fixe que 50 euros em cash. Estranho? Talvez. Mas é assim que eu penso.
Posto todo este testamento, é como veemência que digo que acho maravilhoso que a Maria vá como voluntária pra ONU e que demonstra uma capacidade de abnegação do carago, mto maior que a daqueles que "caridosamente" lhe compraram os livros a baixo custo. Estou-me completamente nas tintas pra opinião dos outros sobre a Maria e ela também deveria estar. Pq ela "chegou-se à frente" e quem está atrás a mandar bitaites rançosos são aqueles que, afundados na sua vida comezinha, serão sempre uns merdas, sem noção.
Eu não comprei um parafuso à Maria, por princípio, como acima explicado. No entanto, disse-lhe, e de coração, que se precisasse de ajuda qdo viesse parar a Bruges, que teria todo o gosto em fazê-lo. E fa-lo-ei caso seja o caso um dia.
Desculpa a frontalidade, mas eu gosto de gente de acção, que se responsabiliza pelas suas causas, não é de gente que dá porque "tadinho e tal, e ai Jesus que ele não pode e eu posso".
E eu gosto da Maria. Desejo-lhe a força do mundo e que as luzinhas todas a iluminem e a protejam. Espero em breve fazer o mesmo que ela.
Cara Luna blgosgfera tuga tá/é toda tolinha da silva...por isso nada me admira, nada a não ser o facto de todos terem colocado a maria num pedestal em estauto de heroína e de superstar pelo facto de se ter mexido para se arranjar como podia para o objectivo que tinha. A maria tem um sonho? pacífico, tudo bem, desejo-lhe a maior das sortes (eu não contribu+iria porque não concordo com a iniciativa dela, mas não critico, cada qual a fazer o que quer), agora daí a vir a ser heroína ou malfeitora...isso só reflecte bem o estado da blogosfera e a sua tacanhez. Resumindo e baralhando: Que os tugas são queixinhas, e apáticos e ainda invejosos e maus isso já sabia, no final de contas não sei porquê tanta admiração...mais do mesmo, o circo está montado!
ResponderEliminarCada vez mais ando tudo demasidao concentrado no seu umbigo.
ResponderEliminarMas isso que isso a Psicologia também explica não é Pólo?
Segundo as últimas notícias ainda continuava a ser Narcisismo.
E alguma frustração e inveja pelo meio também.