5 de julho de 2012

Conversas surreais

Aquele momento em que começamos a conversar com a aluna estagiária muçulmana de véu, e ela nos pergunta se temos marido, e nós: não, e se vivemos com o namorado, e nós: não, e depois começa a explicar que tem um problema grande, que ainda não tem marido - aos 21 anos -, e que até gosta de flitar - a sério, ainda não tinha reparado - e que gostaria de fazer um PhD aqui - é óptima aluna -, mas que os pais querem voltar à Turquia, e não a podem deixar a fazer PhD aqui sozinha se não arranjar um marido entretanto, para que tome conta dela. E eu de sorriso amarelo lá digo que não tenho esse problema,  que o meu pai confia muito em mim e no meu julgamento, e está bem com eu fazer a minha vida como eu quero, mesmo sem ter marido para me controlar, nao fosse o caso de eu querer ser devassa me proteger.

(fiquei sem perceber se ficou com pena de mim por não ter marido, ou se com uma certa inveja por poder fazer o que quero pessoal e profissionalmente sem ter de ter um. acho que um misto de ambos.)

12 comentários:

  1. Eu eu a pensar que a razão da devassidão por esses lados era a Heineken; está visto, no entanto, que é o controlo parental além-fronteiras.

    Estranho mundo o nosso.... ou talvez não.

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  2. Qual devassidão?

    É a ideia mais errada de sempre relativamente aos holandeses.

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  3. "Um bom marido não é o que controla as tendências devassas da esposa, é o que as orienta como a montanha orienta o rio para o mar"

    Já não me lembro se li isto ou se inventei... mas que é poético, é!

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  4. Não gosto de opinar sobre a religião/ideias dos outros mas gosto tanto, tanto, tanto de ser deste lado do planeta (leia-se, o lado que já nos deixa ser pessoas sem marido ao lado).

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  5. O pai da moça é que não consegue arranjar um moço à filha e a coitada agora está em apuros. Se fosse um bom pai tinha logo tratado do negócio quando a moça era criança para agora não ter estes contratempos.

    Ou então podias ter dito à moça que já tem idade para tratar da vidinha dela sem imposições dos pais. Assim como assim nem vias a cara de choque dela ao sugerires tal heresia.

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  6. É triste mas ainda existem destas situações! Enfim...

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  7. Falo de devassidão no sentido de comportamento social típico a todos nós, povos e indivíduos; não é por ter um preconceito sobre red light distrits ou afins do género.

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  8. Lindo ela fazer-te essa pergunta logo a ti! LOL Mto bom Anocas :D

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  9. Andorinha: seria igualzinho a ter a conversa contigo. Uma pessoa nem sabe o que dizer.

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  10. Talvez porque seja demasiado triste, pobre rapariga, os outros fiquem sem palavras (não consigo brincar com este tema, fico pura e simplesmente revoltada)

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  11. O sentimento de impotência deve ter sido grande :/ O que é que uma pessoa diz perante isto...

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  12. Ofereço-me para marido de Individuas muçulmanias com personalidade devassa.
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