Quando estava em San Francisco, pela altura do Natal, fui com a minha roommie às compras em Union Square, e de repente vimos uma campanha de Free Hugs. A minha roommie, muito menos tímida do que eu, disse de imediato: "sempre pensei que se visse uma campanha destas, iria abraçar alguém", e por isso lá fomos, e abraçámos um tipo, que por acaso era o mais giro.
Ironia do destino, o tipo era português, e long story short, tornámo-nos amigos. E por acaso dos acasos, era "o português da Pixar", que foi entrevistado por todos e mais alguns dos meios de comunicação mais prestigiados em Portugal, e que eu já citei aqui. E que acabou por ser a pessoa que nos proporcionou algumas das melhores experiências durante a estadia, desde sermos figurantes no Milk - e ver o Gus van Sant e o Sean Penn de perto -, a levar-nos ao festival Coachella, ou irmos à premiere do Wall-E. Aquele acto completamente espontâneo mudou a nossa estadia em SF para melhor, proporcionando-nos experiências que não teríamos tido, de todo, de outra forma, sem falar de termos conhecido uma pessoa especial.
E tudo porque, num certo dia, resolvemos ir abraçar um estranho.
Olha que história tão gira!
ResponderEliminarÉ tão perfeita que parece daquelas que só acontecem nos filmes. Fogo, se não é pela possibilidade de coisas destas acontecerem que vale a pena andar por cá, então não sei pelo que é.
Mas tendo em conta os comentários à miuda que abraçou o polícia, percebo agora que tanto eu como a minha amiga, segundo os portugueses, teríamos saído de casa com o intuito de irmos abraçar alguém para ganhar free-passes para premiéres e assim...
ResponderEliminaroh Luna mas as coisas sao diferentes, os contextos sao diferentes, tu fizeste uma coisa expontanea e gratuita, totalmente sem sem segundas intencoes- e atencao nao tou a dizer que a miuda o fez- mas quem te garante que aconteceu o mesmo com a tal situacao? nao poderia ter sido calculado? estou so a aventar a hipotese, porque estamos a falar de uma cultura onde falar e abracar estranhos e considerado esquisito...
ResponderEliminarja agora faco uma pergunta muy fuera: porque e que ela nao se agarrou a um policia gordo e velhadas(dos do costume)? ou os policias tugas estao agora assim todos tao jovens e engracados? eu tenho estado fora mas fiquei empressionada nesse sentido...
impressionada gralha sorry
ResponderEliminarainda bem que contaste a história, é bem gira :)
ResponderEliminarAh que fixe! O mundo parece outra coisa quando conhecemos pessoas fixes em momentos inesperados.
ResponderEliminarXuxi: pela mesma razão que fomos abraçar o mais giro?
ResponderEliminarE no entanto, apesar do que veio depois, nao saímos de casa a pensar: vamos abraçar um tipo para conseguirmos boleia para coachella e entrar no Milk.
tá decidido! vou começar a abraçar estranhos! ;)
ResponderEliminarPosso abraçar-te? :)
ResponderEliminarcheguei tarde à conversa, mas penso que ainda venho a tempo.
ResponderEliminara melhor fotografia das muitas que foram tiradas 'à miúda do abraço ao polícia' foi esta:
http://sphotos-c.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/538784_525953814086305_1060073935_n.jpg
talvez por não ser foto de profissional, e não ter sequer dimensão (tamanho) adequada, não rodou.
e é a melhor porquê? porque se tornam evidentissimas a espontaneidade e a sinceridade do gesto dela, e de como o polícia, no sorriso tímido que exibe, testemunha as palavras que ela lhe havia dirigido antes ('não preferia estar antes deste lado?') bem como, no cumprimento do seu dever, 'afasta-se, mas não me afasta'.
e ISTO é um símbolo. é. não só da manifestação, mas do estado do nosso país.
tudo o resto é totalmente irrelevante.
"porque se tornam evidentissimas a espontaneidade e a sinceridade do gesto dela"
ResponderEliminarPor acaso (e digo isto concordando em absoluto com todos os posts da Luna sobre esta matéria, acho que a maioria das críticas é de gente que devia ir fazer croché), segundo alguns relatos de quem viu a cena, ela já estava a conversar com o polícia há largos minutos (se virem alguns dos primeiros comentários antes de se saber quem ela era, até havia várias pessoas a dizer que devia ser algum familiar ou namorada do polícia para terem estado tanto tempo juntos no meio de uma manifestação), e só depois de os jornalista começarem a tirar fotos (miúdas giras são sempre boas fotos deste tipo de coisas) é que se lembrou de abraçar o polícia.
Não que isto queira dizer que não foi espontâneo (correlação não implica causa), mas que o gesto só aconteceu depois dos fotógrafos terem aparecido isso parece que só.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarclaro, quem é que não vai escolher o mais giro? a questão é mais: se fosse um velhadas gordo a foto existiria com aquele impacto? Duvido...
ResponderEliminarComo disse anteriormente os contextos são diferentes, é claro que não saíste de casa a pensar: vamos abraçar um tipo para conseguirmos XPTO, até porque
não poderias prever o impacto/resultado/efeito desse acto absolutamente espontâneo, gratuito e casual.
No célebre caso da míuda, eu só tento perceber se foi realmente total e completamente espontâneo, sem ser artificialmente feito para parecê-lo...com um sitio cheio de jornalistas, fazer a coisa certa ou errada dá garantidamente tempo de antena e vivemos numa época em que todos querem ser famosos por um dia; na era do imediatismo tudo serve: um abraço, um gesto universal tão simples e belo, vende!
E como às vezes a ocasião está lá, o acto não é totalmente abnegado...mas a verdadeira intenção nunca iremos saber e como cada gesto tem várias interpretações, acho legítimo que a interpretação possa diferir.
O gesto é inegavelmente bonito, se foi ou não com pureza de sentimentos e abnegação....penso que pode ser discutível.
Mas, mas, mas é MESMO necessário dissecar um abraço? Jasus, parece-me que há pessoas que depois de fazer o love vão contar os espermatozoides que cá para fora saltaram, tal é a necessidade de analisar, catalogar e relatar actos naturais do ser humano.
ResponderEliminarTenho-te tanta inveja, neste momento. Um tipo que trabalha na pixar... acho que me oferecia para escrava pessoal.
ResponderEliminarJá agora, o corpo de intervenção da PSP não tem polícias gordalhufos de bigode. Para dizer a verdade, não vejo um PSP (ou GNR)gordalhufo e de bigode p'raí desde os anos 90. Já nos states, não vi um único bófia mais magro que eu. Isso sim, fez-me confusão ;)
Ó Izzie, até parece que não sabes que nos states os polícias se alimentam a ração de donuts.
ResponderEliminarTudo o k é espontâneo e genuino é lindo, independentemente do k possa advir daí. E o bem atrai o bem, pelo menos gosto de pensar assim =)
ResponderEliminarM.
Deparei-me com o mesmo em Union Square, NY.
ResponderEliminarNão abracei ninguém.
Um dos clichés que se verificou nos States, para gáudio meu, foi ver um carro da polícia num drive-thru da Dunkin Donuts...
ResponderEliminarestou aparvalhada com esta história. damn! a isso é que eu chamo sorte. Ganhar um abraço de um sujeiro giro, ganhar um amigo, ver o sean penn e ir ao festival. que desencadear de eventos (sim, ando-te aqui a ler os posts todos, cada um melhor que o outro)
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