16 de setembro de 2012

Nunca a frase "não somos a Grécia" fez tanto sentido


Um abraço vale mais do que mil cocktails molotov.

Roubada à Isa.

17 comentários:

  1. eu vi uma foto de um casal a segurar a bandeira da Grécia. achei bonito. a manifestarem-se com os portugueses. o motivo de união pode não ser bonito, mas é impressionante como mobilizou tanta gente, de todos os quadrantes, nacionais, partidários, sociais. foi isso que foi impressionante. Fora de portugal inclusive, Bruxelas, paris e tal. a 8000km de distância, emocionei-me e juntei-me à festa no twitter. #orgulhodomeupovo, só te digo.

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  2. Estive lá e também a vi. Mas neste mesmo local, à frente do edifício onde está instalada a comissão permanente da TROIKA, depois dos maiores atritos terem sido apaziguados, constatei exactamente isso, quando vi uma mãe de família a puxar literalmente as orelhas a dois jovens que estavam a atirar garrafas de Super Bock e lhes deu o sermão das suas vidas, do género "Eu não sou tua mãe, mas o que estás a fazer aleija, e a violência tira-te a razão, e tu aí se não quiseres que eu te chateie larga-lá isso". Qual polícia de choque!
    De seguida ouve uma ovação de palmas para a senhora e o corpo de intervenção desfeito em sorrisos.

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  3. Isa, eu que tenho vário amigos gregos, e ainda ontem estive a jantar com um, sinto que há um grande sentimento de solidariedade entre nós.

    Obviamente que neste caso me referia à escalada de violência que por lá aconteceu, Atenas a arder, etc., e que felizmente não aconteceu por cá.

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  4. p.s. e juro que fico sempre de coração nas mãos com medo que as coisas se descontrolem e descambem em pilhagens e assim, que só servem para descredibilizar os outros 90% dos manifestantes. esta manifestação pacífica encheu-me de orgulho do meu país.

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  5. :') Isto sim, vale a pena.

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  6. Luna, nem mais.

    Helena, que lindo, vou roubar o seu comentário.
    Gd abraço

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  7. Luna, estive em Atenas em Março, a meio de todos os riots. Só fui porque tinha uma comunicação oral no principal congresso da minha área. E já tudo pago, do meu bolso.

    Vi na tv e jornais, toda a violência 2 semanas antes de ir. E de novo, nas semanas após o regresso. E durante os 7 dias que lá estive, não vi nada, a não ser um povo igual a nós. Simpático, solidário, trabalhador e apaixonado por esplanadas. Fiquei com a sensação que o que eles tinham era apenas mais 2/3 bestas em cada 1000 - que preferem ir para as manifestações atirar garrafas de cerveja - do que nós, portugueses.

    Estive numa das manifestações ontem. E quando cheguei a casa, fiquei tão orgulhosa (por ver os outros milhares na tv), quanto irritada por ouvir enormidades, ver garrafas e petardos a voar em direcção à policia ou pior - em direcção ao parlamento. :-\

    Não somos a Grécia. Mas podíamos ser...

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  8. ps: Não há aqui, no meu comentário, qualquer critica. Apenas a ideia de quem qd lá esteve viu e ouviu os gregos tão zangados com aquela situação de pilhagens, vandalismo e violência, como teria ficado eu. E como ficou a jornalista da tvi24 que fazia ontem (depois da meia-noite) a reportagem em direto, que só faltou chamar vândalos e gentalha à fila da frente da manifestação de Lisboa, que usava mascaras....

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  9. Shadow

    durante esses tempos chegava todos os dias ao escritório para ver a minha colega grega de lágrimas nos olhos, chocada com a violência e dizendo exactamente que eram "bestas" quem fazia aquilo. A minha comparação nada tem a ver com achar que o povo grego é aquilo, mas com um certo descanso que não tenha acontecido o mesmo em portugal, por culpa de algumas bestas.

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  10. Para mim a grande diferença é a malta ter levado crianças, fartei-me de ver crianças. E tampas de panelas, para banda sonora! heheeh

    mas também pensei que neste país nunca aconteceria alguém imolar-se, e quando recebi a sms fiquei :-O

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  11. Sim eu diria que a manifestação portuguesa se caracteriza por ter várias semelhanças com um passeio domingueiro, com crianças de mão dada com os pais e carrinhos de bébé.

    Não vejo isso como um problema, eu própria desistira de ir a manifestações se achasse que todas elas acabavam em violência. Vi alguns jovens a partirem garrafas em cima de carros, mas acho que isso é mesmo atraso mental. Quer dizer um deles fez isso com o condutor lá dentro, a esperteza não era muita..

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  12. As camaras apanharam a cena de um rapaz, pelas tatuagens e por ser um jovem , em frente à sede do FMI Liboa, a pedir contenção a um Sr. que estava a ser incorrecto com as forças policiais. Ele pedia calma e repetidamente disse: eles só estão a fazer o seu trabalho, apenas. E a garantirem a segurança.

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  13. Felizmente correu tudo bem, mas confesso que tremi e temi o pior quando passámos em frente à sede do FMI. Rebentaram petardos, vimos coisas a voar, e polícia de choque a chegar, e a chegar... como estávamos com uma criança (a minha sobrinha de 11 anos fez questão de ir - babando de orgulho), virámos para uma lateral e fomos apanhar a parada mais à frente, na Av. de Berna. Este tipo de episódios não se pode repetir, sob pena de se alienar quem mais interesse tem em participar. E coitados dos polícias, que também vão pagar e bem, mas têm de estar ali a fazer o seu trabalho.

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  14. http://www.publico.pt/Sociedade/nao-fui-a-primeira-pessoa-no-mundo-a-abracar-um-policia-1563434

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  15. Aqui na terra os agentes da PSP foram prestáveis e cordatos. E havia um agente de folga com um cartaz a dizer "O sindicato da polícia está com todos os portugueses!". Pela primeira vez vi toda a gente unida, funcionários públicos, funcionários do privado, estudantes. E isso é de arrepiar.

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