8 de outubro de 2012

Portrait of Facebook


36 comentários:

  1. Imagem um pouco preconceituosa. Quem é sensível aos problemas dos animais, não deixa de o ser perante os problemas da fome e do sofrimento humano. Digo eu, que tão facilmente contribuo para uma causa como para outra.

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  2. Pode até ser, mas eu pelo menos no meu facebook vejo 462946 posts sobre animais por dia, e talvez aí um de dois em dois meses sobre preocupações relativamente a seres humanos. E já vi dezenas posts a pedir cobertores para animais, e ia jurar que nunca vi nem um para sem abrigo.

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  4. E porque é que pensa ser mais importante apelar pelas pessoas do que pelos animais? Não estamos todos neste mundo? Não sofremos todos? Porque é que as pessoas têm mais direito de ser ajudadas do que os animais? E já agora, quantas associações e campanhas para a ajuda de pessoas conhece e quantas para a ajuda de animais? Costumo gostar dos seus posts, parece-me uma pessoa informada e educada, mas sinceramente acho que nesta questão não esteve bem. Neste mundo o ser humano não é nada mais do que um animal igual aos outros todos, as pessoas é que têm a mania de achar que são mais importantes, quando a única coisa que fazem é prejudicar todos os outros seres vivos. Olhe eu mais facilmente ajudo um animal do que uma pessoa, porque os animais são maltratados pelos da minha espécie, e nunca me fizeram mal, já as pessoas...
    Mau no facebook, são as pessoas que perdem tempo a comentar a casa dos segredos e coisas do género. Isso sim é uma perda de tempo e deixa-me muito irritada, agora se todos os males fossem pessoas a querer ajudar animais, acredite, o mundo estava bem melhor!

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  5. A Luna não está a criticar quem defende os animais, mas sim as aventesmas que são capazes de se comover com um animal mal tratado, mas que não ligam um cu a que, por ex, uma jovem paquistanesa de 14 anos , que defendia a educação para as mulheres, ter sido baleado na cabeça por um estafermo fanático.

    Perante isto,não há comparação possível.

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  6. Filipa C

    creio que a Filipa de baixo entendeu perfeitamente a ironia e o humor do cartoon (sim, é um cartoon humorístico, de um site dedicado ao humor).

    Aliás, o que eu critico é exactamente expresso no seu discurso quando diz "Olhe eu mais facilmente ajudo um animal do que uma pessoa".

    I rest my case.

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  7. Uma vez estávamos a ver uma reportagem sobre a pobreza e fome num país africano. Não há só lá eu sei, mas no caso em questão, era em África. Crianças que viviam na rua, subnutridas, a morrer pelas cantos, aparece um animal no canto da imagem e diz um amigo meu: Ai isso é que não, os animais é que não que não têm culpa nenhuma.
    Cada um pode ser fanático pelo que quiser, mas nada de bom vem dos extremos.

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  8. Margarida:

    my point exactly.

    E as criancinhas subnutridas, têm culpa? O que me encanita (gosto muito desta expressão) é a perfeita indiferença perante a miséria e desgraça de milhões de seres humanos, a contrastar com a extrema sensibilidade relativamente aos animais. O que não quer dizer, obviamente, que eu não seja sensível ao abandono e maus tratos a animais.

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  9. Ah, e já agora, há uns tempos apareceu-me no facebook um post com uma foto de uns tipos a serem pisados na largada de touros em pamplona, com comentários tipo: bem feito, espero que vao para o infernol, etc.

    Vamos cá a ver, eu sou contra as touradas e largadas de touros, etc, mas daí a ficar contente com o facto daqueles idiotas que resolvem correr bebedos à frente dos touros nas ruas morram, ou fiquem para e tetraplégicos, ou com outro tipo de sequelas, vai um grande, grande passo. Quando comentei que achava horrível o teor dos comentários e desejos àquelas pessoas, que certamente tinham mães/mulheres/filhos, tive como resposta que os touros também tinham mães... E mais uma vez, I rested my case.

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  10. Pois, de facto a nossa deve ser a única espécie animal que se renega a si própria, passo a redundância. Pensar no bem-estar das outras espécies antes da nossa deve ser meio contra-natura. E eu também não sou a favor das touradas, atenção.
    Ainda esse meu amigo, disse uma vez: Testes de medicamentos em animais? Há tanta gente presa!
    Eu só consegui abrir a boca e admirar. A sério, as pessoas não têm noçãozinha nenhuma do processo que leva um medicamento a entrar no mercado e que todos, penso que sem excepção, são testados em animais. Desde o mais inofensivo analgésico ao mais revolucinário sei lá o quê que deve ter entrado entretanto no mercado. Estarei errada? Há coisa de 5 anos quando tive farmacologia na universidade era assim, sem excepção, logo antes da experiência em humanos.

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  11. Margarida:

    todos os medicamentos são testados em animais primeiro, disso não haja dúvidas. Depois, se bem sucedidos, passam à fase de ensaios clínicos (várias fases, com diferentes objectivos; se não me engano (já não me lembro bem: fase um: toxicidade; fase dois, efeito, fase três: dosagem), em que são testados em voluntários humanos. E só depois dos ensaios clínicos se mostrarem positivos poderão eventualmente chegar ao mercado.
    Eu já me tenho auto-censurado sobre o assunto (ainda recentemente), por saber que chocaria imensa gente. Mas como costumo dizer, há que escolher: querem curas para o cancro? Então há que aceitar testes em animais (altamente regulados, e com uma comissão de ética a aprová-los - aqui até têm um padre na comissão). E quem faz testes em animais tem de fazer um curso específico, para garantir que os animais sofram o menos possível, e cada experiência tem de provar que usa o mínimo de animais possível.

    Eu, pessoalmente, não faço testes em animais, e não estou sequer autorizada a isso, dado que nao tenho a qualificação.
    No entanto, formulações que eu desenvolvo, serão testadas em animais (ratinhos), por outras pessoas. Se eu gosto e me é indiferente, não. Se entendo a necessidade, sim. E a única forma de testar as minhas formulações relativamente à sua eficácia enquanto vacinas anti-cancro, é testando em ratinhos primeiro, e não ha volta a dar.

    (há uns tempos o meu colega que testa as formulações disse-me para ir assistir, e eu reluctante lá fui, e a certa altura virou-se para mim e disse: não te vais passar e começar a chorar ou entrar em histeria, pois não?)

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  12. Pois, é um processo longo, com muitas etapas, super regulado, que testa em animais. Num mundo ideal não seria necessário, mas infelizmente é, e ainda bem que se faz. Se não todas aquelas pessoas que conhecemos que sobreviveram a um cancro, por exemplo, ou até nós, que tomámos bastante vezes medicamentos para diversas doenças durante a infância, estariam mortas.
    O que me choca é dizerem "testem em presos, há tantos". O preso sou eu, és tu, a tua mãe, a tua namorada, a tua filha, o meu irmão. Vamos testar em pessoas?
    A questão em si é ridícula, basta conhecer esse processo que descreveste, mas a ideia "usem os presos", senhores, eu até me benzo com a mão esquerda (uso esta expressão porque faltam-me as palavras para qualificar).

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  13. Margarida: e já foi feito. em campos de concentração, por exemplo.

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  15. Bom, como diz uma pessoa pela qual eu tenho um grande respeito "as opiniões são como os cus, cada um tem o seu", simplesmente acho que, mesmo sendo defensora dos animais, e tal como disse, ajudar mais facilmente um animal do que uma pessoa, não ando a dizer às pessoas que já estou farta de ver coisas no facebook para ajudar as pessoas. Mas enfim, a brincar a brincar...
    Quanto aos testes em animais e mais especificamente sobre o cancro, é curioso que tive hoje mesmo uma aula na faculdade sobre isso. Eu sou aluna de biologia, uma área que, como é de calcular, utiliza frequentemente animais não só nas aulas, para ensinar os alunos, como para investigação, e como tal, nós como alunos somos alertados para a realidade da experimentação animal e para as alternativas a esta realidade. Tomei hoje conhecimento que apenas 8% dos medicamentos que são experimentados em animais,têm os mesmos resultados em humanos, o que quer dizer que se testarmos um medicamento em animais, e este for bem sucedido, apenas temos 8% de probabilidades de que este o venha também a ser em pessoas. Isto foi um estudo feito por várias universidades nos estados unidos, encomendado pelo governo, e que serviu exactamente para perceber se seria ou não assim tão necessário experimentar em animais, ou se haveriam melhores alternativas, e a conclusão foi que realmente há alternativas melhores, a única coisa necessária é investimento nessas alternativas, e assim que ele começou a aparecer, assim começaram a aparecer bastantes alternativas muito mais eficazes. Por outro lado, em relação ao cancro, a coincidência de tratamentos que resultam em animais, que também resultam em humanos é inferior aos tais 8%, já se descobriu até a cura para o cancro em ratinhos por exemplo, em que as células cancerígenas são perfeitamente controladas, e em humanos isso ainda não foi possível. Para alem disso, há uns tempos, cientistas portugueses fizeram uma grande descoberta na área do cancro, classificaram o cancro da mama em 7 subgrupos (se não me engano foram 7)diferentes e estes senhores não utilizaram um único animal durante a investigação, serviram-se apenas das alternativas que já existem.
    Para terminar, tal como condeno a experimentação animal, embora saiba que se esta não fosse uma realidade não saberíamos muitas das coisas que sabemos hoje em dia, condeno também a experimentação em humanos, que, apesar de muita gente pensar que não existe, ela é uma realidade e não só nos campos de concentração e não só no passado. Tudo aquilo que exija o sacrifício de um ser vivo na minha opinião é condenável, apenas acho que como animais com maior capacidade intelectual, deveríamos perceber que os animais não têm que sofrer porque nós temos a mania que somos os donos do mundo, mas a maioria das pessoas não pensa desta forma, não dão portanto um bom uso à sua intelectualidade de que tanto se gabam e os faz sentir superiores aos outros animais.

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  16. Cara Filipa C

    e em coerência, espero que não tome medicamentos em caso algum.

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  17. Cara Luna

    É de facto lamentável que haja tanta gente que não saiba aceitar uma opinião diferente da sua de forma saudável. Vejo isso muitas vezes em blogs, as pessoas não aceitam criticas construtivas, ou é para lhes darem palmadinhas nas costas ou então não serve. Eu não vim para aqui ofendê-la, vim aqui comentar uma publicação sua, dando a minha opinião e fundamentando-a, tal como já o fiz noutras situações em que gostei do que escreveu. Penso que é para isso que os blogs servem, troca de opiniões e perspectivas, de forma saudável e harmoniosa. Eu não vim aqui ofende-la e dizer baboseiras, pretendi apenas dar-lhe uma outra perspectiva do assunto, tal como deu a sua a quem a quis ler. Lamento que não tenha encarado de uma forma positiva. No entanto e como lhe disse, costumo gostar dos seus posts e como tal, continuarei a vir aqui, pelo menos até ao dia em que o que escrever deixar de me interessar de todo.

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  18. É pena os comentários descambarem sempre para uma coisa que não tem nada a ver. Eu também fico chocada com maus tratos animais e público pedidos de ajuda a animais porque faço voluntariado numa associação. Em relação a pessoas não o faço, porque não conheço, nem faço parte de nehuma associação do género. Porque sabemos que há quem se aproveite da ajuda dos outros e não entregue as coisas a quem de direito.
    Entendi o humor do post e nem vinha comentar. Pelos vistos isto caiu mal a algumas pessoas sem necessidade. Não se estava a falar em testar em animais.

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  19. Cara Filipa C

    não se trata de saber ou não saber aceitar opiniões opostas, eu aceito tudo, apenas não concordo consigo.

    E como tal, parece-me inútil pôr-me aqui a discutir interminavelmente sobre questões que nada têm a ver, e que são bastante complexas e delicadas, num post que pretendia ser apenas uma piada irónica.

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  20. E já agora, só mesmo para rematar, cara Filipa C:

    Entao e de entre os medicamentos que NÃO resultaram em ratinhos, qual a percentagem que resultou em humanos?

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  21. No outro dia uma amiga minha teve que rapar o pelo ao seu gato. E digo teve, porque o gato tinha um problema grave de queda de pelo, o que já lhe estava a causar problemas no aparelho digestivo (e os medicamentos para esses problemas no aparelho digestivo não estavam a resultar). Além do mais essa minha amiga tem um bebé de 15 meses e não achava propriamente muito higiénico ter um bebé a andar no meio de tanto pelo e vomitado espalhado por todo o apartamento.

    Depois de rapado o pelo ao gato, tirou uma foto ao bichano, dizendo que parecia um frango depenado, mas ao menos agora tinha deixado de vomitar.
    Uma amiga dela comentou a foto dizendo coisas que nunca pensei ver por causa de cortar pelo a alguém (humano ou animal). Disse que aquilo era inadmissível, como é que era possível impor tanto sofrimento a um animal, que devia ter vergonha, etc., etc. Quem a lia parecia que a minha amiga tinha torturado o animal durante semanas a fio, antes de o estripar ainda em vida. Surreal mesmo.

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  22. ehehe pisaste o terreno sagrado dos animal-lovers. Sofre as consequências.

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  23. Boa, para que discutir e trocar opiniões diferentes? Fixe fixe é discutir quando as pessoas têm a mesma opinião que nós, muito mais produtivo sem dúvida. Viva o progresso! Não me admira que depois lhe saiam posts destes. Ficou totalmente apresentada. NOW I rest my case...

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  24. Cara Filipa C

    pelo que me fez chegar, é aluna de biologia, sem qualquer experiência no mundo da investigação. Podesia discutir muito muito muito consigo, tendo em conta que tem zero experiencia em investigaçao, até nos cansarmos e não nos entendermos.
    Espero que enverede pela carreira de ensino, ou se for pela investigaçâo, e lamento lamentar, chegará a um ponto em que os testes em animais são parte fundamental (muto mais que na minha formação).
    Desejo a maior das sortes e isso tudo, juro, mas não estamos neste momento no mesmo degrau de conhecimento no campo da investigação científica, especialmente no que concerne a imunoteriapia do cancro.
    Daqui a uns anos falamos, sim?

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  25. Luna, nem mais. O seu comentário sobre a questão das touradas diz tudo. Fico perfeitamente incrédula quando vejo o sentimento de quase vingança e satisfação sanguinária dos que estão contra as touradas quando ocorrem acidentes que chegam a ceifar vidas ou a provocar danos irreversíveis. Eu também sou contra as touradas, e não deixo de sentir compaixão pelos humanos. É uma questão de empatia.
    Que essa empatia não exista parece-me estranho e, arrisco dizer, contra-natura.

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  26. Acho nobre que se ajude e cuide dos animais, assim o fazem as sociedades ditas civilizadas. E temos em Portugal inúmeras instituições que se dedicam a isso, com o apoio de voluntários, o que considero igualmente louvável. Mas, no meio de tanto fururu, apraz-me dizer o seguinte: não há, neste país, uma única comissão nacional de protecção para o idoso. Todos os anos, brotam como cogumelos campanhas de apoio aos animais abandonados, chovem indignações e apelos dos mais variados quadrantes, é abrir o facebook e ver os chamamentos a cair tipo chuva. Mas, nunca vi uma campanha pelos idosos desamparados; nunca vi a mesma indignação e comoção no facebook por aqueles que são votados ao abandono, que morrem de doença e de solidão. Vejo dezenas de manifestações contra as touradas (com as quais não concordo), mas não vejo manifestações e protestos contra os que morrem em casa e ficam 10 anos esquecidos até que as Finanças se lembrem deles. Entre-se numa enfermaria de um qualquer hospital e atente-se aos que lá são deixados. Chamamo-los casos sociais, ficam 2, 3, 4 meses internados à espera que um qualquer lar tenha uma vaga para oferecer-lhes. Sou médica, sei do que falo. Lembro-me de toda a polémica que se instalou aquando do Europeu de Futebol, devido aos cães que foram mortos em condições absolutamente atrozes. Também me indignei. Mas pouco tempo depois, 44 mineiros sul-africano foram abatidos à metralhada como se de peças de caça se tratassem. Houve manifestações, protestos, petições, boicotes? Surgiram apelos indignados no facebook? Ao Presidente Zuma alguém pediu contas, tal como se pediu a Viktor Yanukovich? Fizeram algum alaridozinho em frente à embaixada sul-africana como fizeram (e legitimamente) em frente à da Ucrânia quando os cães foram mortos? Alguém piou? Não.

    Por isso, Luna, compreendo perfeitamente o seu post.

    Cumprimentos

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  27. Interessante a quantidade de pessoas que só ouvem o próprio pensamento, fico sempre banzado.

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  28. Prezado:

    bora casar à distancia?

    :)

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  29. Eu vinha dizer que acho que não é possível alguém que se condoa com a infelicidade de um animal não se indignar com o sofrimento humano - mas a realidade da caixa de comentários esmagou-me.

    Mas tenho que dizer que apesar de poder haver muitos mais pedidos a favor de animais a solidariedade da sociedade a favor dos humanos é muito superior da a favor dos animais - e isto não é uma crítica! Ainda no fim de semana passado havia um peditório num Jumbo de alimentos para uma associação de animais abandonados e, ao fim da manhã quando lá deixei a minha, a recolha era irrisória quando comparada com o que vemos quando há peditórios, por exemplo, do Banco Alimentar (para onde contribuo também, sempre).

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  30. Eu sou a madrinha. Posso levar o meu gato como menino das alianças? E a Ana pela coleira?

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  31. não sou mau com os animais, mas não fico de coração partido com os animais sabendo que gente, pessoas morrem com fome...

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