9 de janeiro de 2013

Vá lá, é só mais um copinho

Realmente num país em que praticamente toda a gente que eu conheço bebe e conduz sem quaisquer problemas, onde sou quase forçada a beber seja ao almoço ou ao jantar, em que sempre que saio de carro e me corto nas bebidas sou apelidada de careta, e sou sempre incitada a beber "vá lá, é na boa, vais ver que não há polícia", sem haver um pingo de reprovação social, dos mais velhos aos mais novos, porque o problema é só poder ser apanhado, todo este ai jesus com a deputada apanhada com os copos parece-me, no mínimo, um bocadinho hipócrita.

(na Holanda, até o meu amigo mais louco e bêbedo, não pega no carro se tiver bebido mais de 2 cervejas)


Adenda: no caso de não ter ficado claro, eu desaprovo o comportamento da deputada, mas acho que o problema é muito mais profundo, e vem de uma cultura de aceitação deste tipo de comportamentos, e que a indignação se deveria estender ao comportamento generalizado, com reprovação social, e não apenas nos casos isolados, quando se trata de figuras públicas ou com responsabilidades políticas. E obviamente reprovo a imunidade política.

49 comentários:

  1. Então conheces a sensação de ter de dizer que NÃO mais de 5 ou 6 vezes. Não, não me apetece vinho, não, não obrigada, não quero, não me apetece, nem sempre me apetece vinho, não obrigada.

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  2. Não estou a acompanhar o "ai jesus" mas vi a notícia e acho que se deve exigir uma melhor conduta de quem nos representa. A verdade é que o país tem os políticos que merece.
    Eduardo

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  3. Políticos que tal como o resto dos cidadãos estão inseridos numa cultura em que não é visto como reprovável beber e conduzir. O cidadão comum critica o político, mas se calhar acha imensa graça a recordar daquela vez que foi perdido de bebedo ao volante e até tinha de tapar um olho - já ouvi histórias do género contadas com genuíno orgulho.

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  4. Infelizmente tens razão, mas como me incluo na tal minoria que nem pensa em beber se vai conduzir, indigna-me e não é pouco.

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  5. Já agora, e porque já me chamaram careta muitas vezes, e isso me chateia solenemente, careta é o c@ra.
    Pá, sabem lá o gozo que é ser mandada parar numa operação stop às três da matina, ver uma carrada de carros parados, uns cinco tipos a ser autuados (ou notificados para comparecer em tribunal), e eu a topar o ar de alívio dos GNR a ler o meu teste, que era menos uma série de papelada para encaminhar. E deixaram passar o facto de ter moradas diferentes nos documentos, tadinhos, que já tinham imenso com que se entreter :)

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  6. Izzie: devíamos todos ficar indignados, mas não só com a deputada, mas com todos os nossos amigos que já foram apanhados em semelhantes condições - e posso desde já dizer que os meus não se contam pelos dedos de uma mão.

    É uma questão cultural, e enquanto não mudar a mentalidade, nada a fazer.

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  7. Acredita que eu fico, mas depois entra o chorrilho de desculpas, a descrição dos excelentes dotes de condutor, e eu desisto. Gosto muito quando me tentam fazer cúmplice com o 'ah, e tu nunca fizeste'. Não. Não fiz.
    Pá, se eu mandasse, tiravam a carta de novo, e tinham de fazer aulas de prevenção rodoviária, com leitura de relatórios de autópsia de vítimas de acidentes de viação. Com fotografias. E também há que alertar consciências quanto ao perigo de falar ao telefone e mandar sms.

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  8. Eu em portugal sou muitas vezes apelidada de careta por beber e não conduzir depois de tal...por isso...

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  9. Luna, vamos por partes, que eu já não vou para novo e há ocasiões em que só cortando às postas é que a coisa faz sentido.

    Antes de mais, Luna, não querendo desfazer no que dizem os que privam consigo às refeições (note que resisti a concluir que são seus amigos), a verdade é que não conheço gente assim, é certo que na adolescência havia alguns, mas isso foi há muito tempo e nesse tempo usava-se o incentivo ligeiro, jamais a insistência feroz (até porque dava sempre jeito alguém capaz de levar os mais abalados a casa)

    Depois, Luna, fico sem perceber se a incomoda ou não que alguém que conduz com uma taxa de álcool de 2,41 ande por aí à solta.

    A seguir, Luna, não lhe parece que alguém (note que evito o género, sei que a sua sensibilidade ao género é extrema) que terá participado na Comissão Interparlamentar de Segurança Rodoviária deverá ter um cuidado adicional, quer seja pela sua condição de parlamentar (repare como evito dizer que é uma deputada), quer seja pela informação adicional que terá sobre o tema?

    (um respeitoso cumprimento ao seu amigo holandês, isto no pressuposto de as duas cervejas serem blanche e em garrafa de 2 decilitros)

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  10. Concordo contigo em género, número e grau, esta escandaleira toda no país das "públicas virtudes, vícios privados" até enjoa.

    Por acaso detesto isso do "só mais um copo". Se eu quiser bebo, não é lá por insistirem como se tivéssemos todos de beber x quantidade. E também sempre que tenho de conduzir, não bebo, mas isto sou eu que tenho mesmo medo de me magoar e magoar outras pessoas. É das tais coisas que não quero carregar comigo, muito menos por não ter os reflexos em ordem.

    Cá para mim deviam estar anexadas à carta de condução, todas as infracções graves, tipo registo criminal ao volante e tirar-lhes a carta de condução, como disse a Izzie, tinham de fazer novo exame. Simples, é um inconsciente ao volante, não tem carta. Acho eu que é simples.

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  11. Pipoco

    creio que é claro que para mim não é aceitável andar a conduzir com 2.4 de alcoolemia - como digo nos comentários - mas que culturalmente não é mal visto beber e guiar, e que por vezes até somos incentivados a fazê-lo, em vez do contrário.

    Ao contrário da Holanda, onde o não beber quando se conduz está tão enraizado e é tão mal visto socialmente, que mesmo os meus colegas mais bebedolas não pegam no carro depois de mais de duas imperiais heineken - um deles já foi várias vezes a pé para casa (uns 3.5 km) depois da happy hour no science club (bar da faculdade que abre à quinta à tarde), deixando cá o carro.

    Claro que idealmente uma pessoa num cargo político deveria agir de forma mais responsável, mas sabemos que os altos cargos por si só não mudam comportamentos enraizados - vide strauss khan ou clinton.

    O que critico aqui é a hipocrisia da condenação da deputada, quando provavelmente se incentiva os amigos a fazer o mesmo nas noitadas.

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  12. Tenho para mim que a Luna se dá com pessoas de estranhos hábitos. Não conheço quem incentive tal coisa.
    Quanto à deputada, tem de dar o exemplo por todas as razões já apontadas. E convenhamos que 2,4 é um bocadinho excessivo.

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  13. É possível. O pessoal das barracas é assim.

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  14. Luna, creio que o que me levou a não entender o que escreveu foi que não tenho privado com quem me incentive a beber sabendo que terei que conduzir a seguir (bem pelo contrário). Foi por isso que não entendi ser apelidado de hipócrita (a minha postura, claro está...), já que vivo neste país (primeira premissa do seu raciocínio) e acho criticável que se conduza com uma taxa de alcoolemia de 2,41 g/l (segunda premissa).

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  15. Eu sou mais uma, das que se vai conduzir não bebe, ou deixa o carro estacionado onde está e vai de taxi, tendo, no dia seguinte, de se levantar e ir buscar a dita viatura.
    A mim está-me enraizado, e ainda bem.

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  16. Estão a crucificá-la por ser deputada, mas se calhar na sexta vão a um jantar, vão beber e até vão armar-se em gabarolas na segunda feira pela quantidade que beberam e pela dificuldade em enfiar a chave no carro. Mas a deputada é que não.

    Eu também acho que ela não devia beber, mas por favor, isso é como conduzir com excesso de velocidade, é sempre muito mal visto quando alguém ia a 300 à hora e matou duas pobres inocentes numa passadeira, mas quando é o gajo que fez coimbra-lisboa numa hora já é o campeão.

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  17. Fushia: nem mais.

    Essa de fazer lisboa-algarve em hora e meia e outras do género também é algo que me ultrapassa.

    Eu, que já não estou habituada a conduzir, nos meus primeiros dias em portugal morro de medo pela forma como o pessoal se comporta na estrada - como se fosse uma corrida para ver quem chega primeiro - e eu sou geralmente considerada "uma atada" por não andar depressa.

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  18. Ainda junto mais um: "no país onde se fazem competições entre amigos para ver quem foi apanhado com maior taxa de alcool no sangue.."

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  19. Beber e conduzir que é uma cultura tipicamente portuguesa (com o qual não sou conivente, nem aceito). Contudo importa não esquecer que tal comportamento representa um grande perigo. Na noite da passagem de ano, uma condutora muito embriagada matou (por atropelamento) um jovem de 24 anos. Nem se lembra do acidente. Foi encontrada mais tarde (cerca de 2 km) a dormir no carro. O que podemos dizer?

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  20. Quando fui à loja do cidadão pedir o meu cadastro (para dar à entidade empregadora) recebi felicitações da sra que me atendeu por não ter multas por conduzir em excesso de velocidade ou embriagada! Parece que em miúdas da minha idade é normal ter várias.

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  21. Há muita gente que sim, bebe e vai conduzir e nem quer saber. Mas olha que há mais do que se pensa que não o fazem, ainda que muito menos do que as que deviam.
    Eu também não bebo nada quando vou a conduzir, já cheguei ao cúmulo de não pedir um crepe com Baileys porque "é álcool", enfim, pancadas que seriam explicadas por traumas em vidas anteriores se acreditasse nisso.
    A senhora foi apanhada com 2,41!! Isso é tipo crime duas vezes, é de uma pessoa se indignar. Claro, depende de quem o diz. Se for alguém que ainda ontem fez o mesmo, é uma hipocrisia de todo o tamanho. Espero que a imunidade seja levantada. Há crimes bem piores, que há, mas caramba.. 2,4 é obra!
    Beijinho

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  22. Eu revejo em tudo no comentário do pipoco... mas se calhar também privo com pessoas diferentes, não sei!
    Mas julgo que a indignação neste assunto em questão, pelo menos para mim e daqueles com que privo vai além do modelo que devia ser a senhora e afinal ter sido apanhada com álcool a conduzir... tem a ver sim com a imunidade por ser deputada! E não tem a ver com este caso em particular, mas com a situação em geral. A que propósito é que existe esta imunidade? Não somos todos humanos? Não somos todos cidadãos? Não me parece justificável que ainda não tenha sido levantada e muito menos que ela exista!

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  23. e para não falar em casos mais graves e crimes bem piores...

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  24. Calma, eu não falei em imunidade - aliás referia-me a reacçoes que vi espalhadas pelas redes sociais, muitas vezes de gente que já vi bem torta, e que certamente não reagiria assim se fosse com um amigo.

    Obviamente nao deveria ter imunidade nenhuma, e ser punida dentro do estipulado pela lei e com inibição de conduzir por tempo determinado, etc., como qualquer cidadão.

    Quanto ao "tipo" de pessoas com quem privo ou conheço, enfim, não vou comentar...

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  25. Continuo em achar uma generalidade abusiva acerca do país.

    Na adolescência há muita parvoice desta mas em adultos? Claro que há aquela cena de "bebe" mas se o pessoal tá a conduzir ninguém faz esse tipo de comentários parvos.

    E tenho vários grupos de amigos, desde os pé de chinelo aos de alto gabarito, deste os com muita ou pouca formação. Respeito e educação não são por aí.

    Por isso acho abusivo isso do país que é assim ou assado, ou das pessoas que tem esses comportamentos.

    Fora isso sim, as pessoas em geral são hipocritas.

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  26. Beeeeeeeeeeeem... Também tenho de concordar que privo com grupos diferentes dos que referiste.

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  27. Fico muito contente em saber que, ao contrário de mim, ninguém mais priva com gente que lhes diz que mais um copo nao faz mal. Fico mesmo.

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  28. Luna, eu concordo TOTALMENTE contigo! E sim, tb tenho muitos amigos apologistas do "é na boa, eu tenho bons reflexos, uns copos não fazem mal...". Aliás, todos os sábados à noite bebem uma série de finos e vão logo a seguir conduzir para casa todos contentes... E eu, que até gosto de beber uns copos de vez em quando, mas que não toco em álcool quando vou conduzir, sou vista como a totó que não alinha no resto. Por isso, percebo perfeiamente o ponto de vista!

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  29. Susana: é isso mesmo.

    fico descansada por não ser a única a admitir não ter só amigos absolutamente responsáveis, já começava a pensar que sem saber sempre tinha vivido num ghetto.

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  30. Olha, eu devo ter vivido numa bolha de gentinha estranha, mas também tenho amigos assim...

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  31. Mac, o quê? gente das barracas, só pode. ;)

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  32. Realmente o seu grupo de amigos em Portugal (país onde raramente vai porque as viagens são caras) parece ser um pouco para o irresponsável e bebedolas, não?

    Faz duas generalizações abusivas: aquela em que (à imagem dos seus amigos) qualifica todos os portugueses que conduzem como sendo uns bebedolas irresponsáveis e aquela em que idolatra os holandeses - afinal, depois de dizer tanto mal deles parece que a coisa se está a compôr... ainda acaba a amá-los.

    Mas não, minha cara: os condutores portugueses estão mais responsáveis (aliás o número de mortos na estrada tem caído drásticamente, procure no google as estatísticas) e os seus imaculados holandeses não serão assim tão santinhos:

    "It is also possible to estimate the number of drink drivers that have died in traffic crashes on the basis of the number of drivers that have ended up in hospital after a crash and are tested for alcohol. In a random sample in the Netherlands, 25% of severely injured drivers that had ended up in hospital, had alcohol in their blood"

    http://ec.europa.eu/transport/road_safety/specialist/knowledge/alcohol/prevalence_amp_rate_of_alcohol_consumption/crashes_and_injuries.htm

    Cheers!

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  33. "(aliás o número de mortos na estrada tem caído drásticamente, procure no google as estatísticas)"

    Essa é daquelas mentiras repetidas até à exaustão para nos sentirmos bem connosco próprios. O número de mortos caiu muito? Caiu sim senhora. O problema é que partimos de uma base altíssima. Em termos relativos fomos dos países que menos caímos e estamos hoje mais longe da média europeia (mais uma vez em termos relativos) do que estávamos no início do século. Temos níveis de sinistralidade (mesmo com todas as autoridades a aldrabar os números a seu belo prazer) que os países nórdicos tinham nos anos 90.

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  34. Lembrei-me desta quadra, que figura numa cantiga do Sérgio Godinho, e que se aplica tão bem a alguns comentários:

    Quando se embebeda o pobre
    Dizem, olha o borrachão
    Quando se emborracha o rico,
    Acham graça ao figurão.

    Cartuxa e Pera Manca não embriagam, quem os bebe não se preocupa com certas coisas, pá.

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  35. Caro anónimo registado

    conhece-me de algum lado? conhece os meus amigos? pois, bem me parecia.

    mas como até estou bem disposta, em vez de o mandar para o caralho, vou tentar responder.

    as minhas observações não derivam só do que assisto com os meus amigos e conhecidos, nas poucas vezes que vou a Portugal, mas dos comportamentos que fui observando em geral ao longo dos 27 anos em que vivi no rectangulo - 27 anos já dará para fazer uma ideia, não?

    da mesma forma, comparo os comportamentos com os que observo na Holanda, onde vivo há 4 anos.

    Eu não noto grande diferença nos hábitos de consumo de álcool em geral entre os dois países - tirando que em portugal se bebe mais vinho e cá mais cerveja. A diferença é que em Portugal a seguir pega-se no carro para ir para casa e cá não.

    E agradeço desde já o site que enviou. Clicando nas outras páginas onde não há só informação sobre a holanda, chega-se a umas estatísticas interessantes, algumas até, onde portugal vai à frente, como o número de dias em que se consome alcool:

    http://ec.europa.eu/transport/road_safety/specialist/knowledge/alcohol/prevalence_amp_rate_of_alcohol_consumption/alcohol_consumption.htm

    ou esta, onde 70% dos holandeses afirma não conduzir depois de beber, enquanto em Portugal não chega aos 50%. (ah, mas 20% nao conta)

    http://ec.europa.eu/transport/road_safety/specialist/knowledge/alcohol/prevalence_amp_rate_of_alcohol_consumption/drinking_and_driving.htm

    E para mostrar que também sei ir ao google, deixo este lindo artigo e também uma linda citação:

    "Portugal has long vied for the dubious honour of being the EU state with the worst road safety record."

    "Last year, more than 37,000 drivers were caught drink-driving, up 20% from 2005, in part because testing was stepped up in urban areas.

    Worryingly, more than half of those caught were over 1.2g/l - a criminal offence."

    http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6920720.stm

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  36. Ana, não li os comentários todos mas quero só dizer-te o seguinte. Os Holandeses são animais domesticados. Só deixaram de beber e conduzir qdo passaram a por multas na ordem dos 5 mil euros, com advogado e direito a um programa ao estilo AA obrigatório pra quem for apanhado a conduzir E AINDA (que isto é como a montra de prémios do 1,2,3) um equipamento de sopro no carro, sendo que o carro só arranca se tiveres zero graus de alcool. Tudo o resto na Holanda é hipocrisia. Fora isso, concordo contigo, em Portugal (e eu sendo Portuguesa) esticamos a corda. Nunca no entanto achei careta amigo meu algum que me dissesse: estou a conduzir, nao bebo. Mas já acharam isso de mim. Temos pena.
    A deputada tinha 2.4... isso nao era um copito. E a cena de aparecer nos jornais e mais q tal, foi pra ver se arranjam o perdao de 10 mil macacos apanhados com o mesmo. bjs

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  37. Andorinha

    animais domesticados ou não, a verdade é que nenhum dos holandeses que eu conheço pega no carro se tiver bebido, e não posso dizer o mesmo dos portugueses.

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  38. p.s. e nenhum dos holandeses que eu conheço foi já apanhado com alcool e sujeito a essas medidas.

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  39. Ana, trabalhas numa universidade. Eles nem dinheiro pra multa têm :)
    E eu conheço Holandeses e estrangeiros que já foram apanhados na Holanda e outros q tiveram sorte e não foram AINDA.
    Os Holandeses são animais domesticados. Ponto.

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  40. Andorinha, não tem a ver com ter-se dinheiro para pagar a multa ou não. Tem a ver com o facto de, pelo menos os holandeses que eu conheço, de facto não pegarem no carro quando bebem, e propositadamente não o levarem se souberem que vão beber. Muito mais que os portugueses.

    E as leis e reprovação social servem exactamente para domesticar as pessoas, coisa que na holanda é muito mais bem conseguida do que em portugal. Animais domesticados? Sim, e ainda bem. Ponto.

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  41. E pegarem na bicicleta bêbados q nem um cacho, conta?

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  42. Concordo contigo a 100%! e concordo com a Andorinha também, embora não conheça muito bem a realidade holandesa. Nunca vivi na Holanda, mas convivi com vários holandeses em Portugal e a ideia que tenho é mesmo essa que a Andorinha transmite. Eles são mesmo animais...domesticados lol

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  43. Andorinha: os danos causados por um choque/queda de uma bicicleta não se comparam nem de longe aos de um carro...

    (além de que é muito mais difícil pegar numa bicicleta completamente podre do que é num carro onde não é preciso fazer equilibrio)

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  44. Eu não disse que não privava com gente que não conduzia depois de beber. O que queria dizer é que nunca me apelidaram de totó por eu não o fazer... caso vá conduzir não arrisco mais que um copo de vinho e nunca insistiram comigo para beber que não tem mal nem me fizeram sentir mal por isso. E foi disso que eu entendi, também das palavras do pipoco, quando até refere a adolescência e das insistências... mas isso posso ter eu interpretado mal, ele é que o pode dizer.

    E sim, fui eu que falei na imunidade, porque foi essa a questão que levantou celeuma entre mim e quem me rodeia, porque alguém ser apanhado com 2,4 mg no sangue infelizmente, já não é propriamente notícia! E por isso, não revejo em mim, nem nos que me rodeiam a questão da hipocrisia de que a Luna falou!

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  45. Dêmos a mão à palmatória à Andorinha: é que o post e comentários posteriores da Luna referiam-se a uma espécie de respeito enraizado e evitar sempre conduzir depois de beber, do tipo civismo desde o berço. Afinal na Holanda é assim pela prevenção negativa, e bendita seja a mesma uma vez que evita muitos desastres.
    Claro que continua a ser verdadeiro haver muitos menos condutores bêbados e, consequentemente, sinistros na Holanda. Só que a razão não é por os condutores serem anjos e sim porque o poder legislativo e Governo deles não são anjinhos e são muito eficientes.
    A solução seria boa também em Portugal.

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  46. Barcelence:

    o facto de eu e a andorinha termos visões e experiências completamente diferentes, não quer dizer que eu não tenha alguma razão quanto à mentalidade dominante.

    as leis e a sua real aplicação não só fazem com que as populações se habituem a elas (ou domestiquem, como diz a andorinha), mas como com o tempo mudem de mentalidade.

    os holandeses não serão anjos, mas é muitíssimo mal visto e muito reprovado socialmente beber e depois guiar, e isso tem a ver com uma mudança de mentalidade que ainda não se deu em portugal.

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  47. 2,4 no balão? Mas alguém consegue abrir os olhos, sequer, com essa taxa?

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  48. " 2,4 no balão? Mas alguém consegue abrir os olhos, sequer, com essa taxa?"

    Consegue. Eu uma vez medi na Queima e tinha 1,9 e estava longe de não conseguir abrir os olhos.

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  49. Não há necessidade nenhuma de se picar Luna, essa do pessoal das barracas era totalmente escusada. No meu grupo de conhecidos não há rigorosamente ninguém a incentivar outra pessoa a beber, dizendo que não, que não será apanhada. Aliás, a maioria sai de táxi.
    Dizer que em Portugal a maioria das pessoas tem esse tipo de comportamento é uma generalização abusiva.

    E deixe-me dizer-lhe que é entre os meninos mimados, filhinhos do papá, que se assiste a maiores desregrares. O pessoal das barracas, como tão prontamente afirmou, quando bebe não guia, até porque a maioria não terá carro.

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