27 de fevereiro de 2013

Queridas pessoas que anseiam fazer o bem

Se eu um dia for humilhada publicamente, e o post onde fui gozada desaparecer passados cinco minutos, peço-vos desde já que não desatem a partilhar desenfreadamente a coisa em todas as redes sociais, blogs, jornais e revistas, para que fique para sempre na memória de todo o país, quiçá do mundo, e de todas as pessoas que conheço ou possa vir a conhecer, na ânsia incontrolável de proteger os meus frágeis sentimentos.
Agradecida.

26 comentários:

  1. Quero evitar escrever sobre essa polémica bacoca, que mais do que obviamente foi fruto de um lamentável erro - que qualquer pessoa que escreveu sobre os trapos dos Óscares (eu incluída) poderia ter cometido.

    No que toca ao erro, foi somente um erro, apagado logo que percebido. Revolta-me as pessoas armarem-se em moralistas e, para defenderem o seu ponto de vista, andarem a espalhar a porra da humilhação em tudo o que é lado. Muito pior a emenda que o soneto.

    ResponderEliminar
  2. É pá, vocês não perdoam.

    ResponderEliminar
  3. O episódio em concreto até não tem grande importância. Mas o problema abstrato, subjacente ao episódio, é o facto de muitos bloggers estarem verdadeiramente convencidos que podem escrever o que quiserem sobre quem quiserem.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Concordo. Chegamos a um ponto em que se acha que se pode dizer o que se quer, como quer, quando quer, só porque se tem uma pseudo-legião de fãs e se é colocada num pedestal como se de uma sumidade se tratasse. É o reflexo de uma sociedade em que o fútil e supérfluo é demasiadamente valorizado.

      Eliminar
  4. É que na ânsia de se armarem em defensores por um lado, aproveitando para espetar umas farpas por outro, acabam por borrar a pintura toda e só fazem mal. Falta recato a este país.

    ResponderEliminar
  5. "na ânsia incontrolável de proteger os meus frágeis sentimentos"
    hahaha

    ResponderEliminar
  6. "É que na ânsia de se armarem em defensores por um lado"

    Mas qual ânsia de se armarem em defensores. Eles querem é dizer mal da Pipoca, querem lá saber da miúda para alguma coisa.

    ResponderEliminar
  7. Asmelhoresfrancesinhas dixit...

    ResponderEliminar
  8. Asmelhoresfrancesinhas dixit...

    ResponderEliminar
  9. Bingo. Triste, triste, foi a na página de facebook do Dinheiro Vivo partilharem um link para esta história umas cinco vezes em duas horas.

    ResponderEliminar
  10. credo, que falta de vida própria.

    ResponderEliminar
  11. É por essas repetições absurdas de notícias que deixei de "gostar" do Dinheiro Vivo. Não passa de "poluição" visual...

    ResponderEliminar
  12. Mais triste ainda foi o post que deu origem à notícia.

    ResponderEliminar
  13. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  14. Foi triste porquê?! Viu inúmeras pessoas não muito bem vestida na passadeira vermelha. Gozou com as indumentárias de cada uma (de certeza que tu nunca gozaste com a roupa de ninguém!), assumindo que todas eram convidadas regulares dos Óscares. Se esta miúda não fosse portuguesa, ninguém aqui teria sabido que ela não estava lá por ser atriz, argumentista ou coisa que o valha. De certeza que devem haver milhares de posts de gente de fora de Portugal a gozar com a roupa da miúda e que nunca saberão que ela não era da indústria do cinema (e nesses post o assunto veio, durou umas horas, e já passou).

    ResponderEliminar
  15. Nunca escrevi posts a gozar com ninguém, não. E a chamar-lhes bimbalhonas também não. Como disse em cima, o problema nem é tanto este caso concreto. Já vi muito pior. É que estes casos demonstram que as pessoas estão convencidas que podem publicar o que lhes apetece a coberto da liberdade de expressão. Não podem, como devia ser evidente.

    ResponderEliminar
  16. Sim, acredito mesmo que nunca tenhas gozado com a roupa de ninguém em toda a tua vida. É que deve ser mesmo.

    A liberdade de expressão serve precisamente para se dizer parvoíces e ser ofensivo e todas as coisas ignóbeis que possas imaginar. Para dizer platitudes e falar sobre o tempo não é preciso liberdade de expressão para nada, qualquer ditadura o permite.

    ResponderEliminar
  17. asmelhoresfrancesinhas, não tenho a mais ténue ideia por onde anda, mas por onde eu andei, o meu comentário faz todo o sentido, visto que li algumas coisas em defesa da miúda, acredito mais com o intuito de atacar a Pipoca do que ser bonzinho com a miúda em causa.

    E já agora, evite essa sua mania absurda de pegar em parte daquilo que se comenta dos posts da Luna e fazer o seu comentário, se não for por mais nada, esse não é o seu papel numa caixa de comentários de um blog que não é o seu. Se quer dizer alguma coisa, dirija-se directamente a quem comentou. Fica-lhe melhor.

    ResponderEliminar
  18. O problema foi bem descrito na sua primeira frase. "Se eu um dia for humilhada publicamente..."
    A blogger em questão deveria ter o bom senso de não humilhar publicamente uma adolescente que não é figura pública, independentemente de esta ter ou não uma doença.

    ResponderEliminar
  19. Mas pode-se dizer o que se quer, liberdade de expressão é isso mesmo. Pode é depois haver consequências, mas isso é outra história, e esta já está a roçar os limites do absurdo.

    ResponderEliminar
  20. Não façamenor ideia do que se trata e nem li nenhum comento.
    Umas vezes é chato andar sempre à nora, outras pelos vistos é tão bom.

    ResponderEliminar
  21. À Cuca:tratando-se de fotos em evento público e por isso de acesso a todos, acho que dá pra comentar de tudo desde que se siga a regra geral: não mentir sobre a pessoa ou não xingar desmedidamente.
    À asmelhorefrancesinhas: estava eu ainda em desconhecimento total e absoluto sobre o facto de a miúda ser portuguesa ou não ser atriz, e já nessa altura me tinha arrepiado o comentário da Pipoca. Esse e o que foi feito à Quvanzhané Willis. Não por piedade do tipo "são crianças e por isso não merecem", ou porque tratando-se de crianças podem melindrar-se os pais. Não. O que me arrepiou foi o descabimento do comentário: se um blogue dedica grande parte do seu tempo a apontar indumentárias da red carpet, que raio há-de interessar o que uma criança de 9 ou de 12 anos decide vestir nos Oscars. É do tipo se fossem minhas filhas não iriam assim a um casamento ou à entrega de diploma do 1º ciclo; já, tratando-se de Oscars em que estão a viver um sonho, que se lixe: são crianças. Estúpido seria se o filho de um rapper assistisse aos óscars de fato de treino e bling nos dentes só porque sim, ou se uma recém-nascida ostentasse uma tiara de diamantes de sangue. O que se viu foi uma miúda de frufrus, e outra com um cão de peluche a servir de carteira. São simplesmente miúdas com vestidos graúdos e a usarem o que lhes dá na gana. Parece-me que a Pipoca as colocou no mesmo plano que as miúdas do Toddlers & Tiaras, essas, sim, quando são alvo de comentários toda a gente sabe que não é sobre elas, é sobre as (maníacas) das mães.
    Enfim, foi infeliz (mesmo).

    ResponderEliminar
  22. Bercelence, se foi infeliz ou não, isso é outra questão totalmente diferente. Da minha parte acho que muitos comentários desses muita vezes são, sejam sobre adultos ou crianças, (e da minha parte também acho que se deve ter cuidado especial com as crianças), mas isso também já vai para a opinião pessoal.


    Mac,
    "visto que li algumas coisas em defesa da miúda, acredito mais com o intuito de atacar a Pipoca do que ser bonzinho com a miúda em causa."

    Mas não foi isso exatamente que eu disse?! Agora ainda levo nas orelhas por concordar contigo? Isto é cada uma.
    Sobre qual o meu papel ou não, acho que não encontro o contrato onde tinha isso está escrito. Mas obrigado por me teres lembrado!

    ResponderEliminar
  23. Olha, bem visto! :D Estou cansada desta polémica idiota.

    ResponderEliminar

  24. Asmelhoresfracesinhas,
    "Sim, acredito mesmo que nunca tenhas gozado com a roupa de ninguém em toda a tua vida. É que deve ser mesmo"

    Não foi isso que eu escrevi, mas suponho que lhe dê mais jeito colocar as coisas assim. A verdade é que também não vale a pena tentar explicar aquilo que as pessoas não querem compreender.

    ResponderEliminar