1 de julho de 2014

Serviço público


20 comentários:

  1. No tópico vacinas tenho ouvido muitos amigos e conhecidos dizerem a frase "Mas também as vacinas não impedem que eles apanhem a doença!", como quem desvaloriza a sua utilidade. Eu, dentro do nada que sei sobre o assunto, digo sempre que depende da doença (a poliomielite, por exemplo, que eu saiba foi erradicada em Portugal graças à vacinação) e que, de qualquer modo, quando apanham as doenças para as quais foram vacinadas, têm sintomas muito atenuados. Parece-me que anda a fazer faltar uma campanha de sensibilização e esclarecimento da utilidade e progressos na saúde da sociedade graças à vacinação.

    P.S. - Este tipo de comentários parecem-me ser o ninho onde mais tarde a desinformação acerca, por exemplo, da ligação da vacinação ao autismo vão medrar.

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  2. Outro dia tive de levar com a teoria da conspiração sobre farmacêuticas e numseiquemais, e que há muitos estudos que comprovam os malefícios da vacinação. E logo após eu ter feito um juramento formal que nunca mais me metia em polémicas nem discussões acesas. Pode? Não pode, o universo odeia-me, e faz-me quebrar promessas, é mau.

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    1. Podes sempre enviar este cartooninho, sempre ajuda. (sim, as farmaceuticas ganham dinheiro - é para isso que as empresas existem, ou não seriam empresas - mas muitas vacinas que fabricam são encomendadas e financiadas por organizações como a WHO de forma a serem vendidas a custos mínimos, representandp uma fatia pequena dos lucros)

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    2. (eu também fiz essa promessa, ou pelo menos relativamente a certas pessoas com quem não vale a pena argumentar seja o que for)

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    3. Deixem de tomar medicamentos, também. Sinceramente o pessoal lembra-se de cada coisa...

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  3. Quando o buzz contra a vacinação voltou (vá-se lá saber porquê, mas de vez em quando reaparece), lembrei-me imediatamente de ti.
    E sim, deves fazer este Serviço Público porque a ignorância é tããão perigosa!

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  4. Há uns dias passou na RTP uma reportagem sobre esta questão da vacinação: pais portugueses se recusavam a vacinar os filhos. O que mais me inquietou foi mesmo o raciocínio daquela gente (isso e ver médicos a defender a não vacinação) que, se eles prestassem atenção, veriam que é falacioso. "Por que razão é que não quer vacinar o seu filho?" "Porque o mundo ocidental já não é afectado por estas doenças, que estão praticamente erradicadas." Ora então vejamos, e por que é que essas doenças estão erradicadas, pergunto eu? Por causa das vacinas (e isto eles próprios admitiam). E o que é que acontece se as pessoas deixarem de levar as tais vacinas? Essas doenças voltam. Ou melhor, já voltaram. Já há surtos de sarampo nos EUA e na Europa, sítios ocidentais onde supostamente esta doença estaria erradicada... Será muito difícil ver a lógica (ou falta dela) nos raciocínios desta gente?! Vêm com a história de que as vacinas têm muitos riscos (terão alguns, claro, como qualquer medicamento) e que é perigoso estar a inserir as doenças no organismo das crianças e blá blá blá. E eu tenho vontade de lhes pedir que olhem à sua volta e perguntem às pessoas que conhecem (nem é preciso ir muito mais longe) quantas delas tiveram reacções adversas às vacinas (não conta ficar com o braço vermelho ou dorido) ou apanharam a doença... Pois.

    http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=748808&tm=8&layout=122&visual=61

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    1. Exacto: doenças supostamente erradicadas estão a voltar devido à moda da não vacinação. Um surto de sarampo nos states foi ligado a uma única criança não vacinada, por exemplo. Esta atitude não afecta apenas os próprios, mas a chamada "herd immunity" e além de irresponsável é uma atitude profundamente egoísta.

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  5. Mas as vacinas não são obrigatórias? Uma série delas, pelo menos? Todos os colégios e escolas pedem os boletins de vacinas, se não estiverem em dia, não aceitam as matrículas. Como é que as pessoas fazem para contornar essa questão?

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    1. É uma questão que também já me pus e à qual não sei responder. Pelo menos antigamente, tanto em escolas públicas como privadas, ter as vacinas em dia era obrigatório, mas não sei se hoje em dia no privado continua a ser assim, a avaliar pela quantidade de gente que tem vindo a aderir a esta "moda" e que certamente não faz "home schooling".

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    2. Continuam a pedir Luna. Pelo menos todos os privados mais conhecidos as pedem, conheço gente com filhos nos mais variados colégios e escolas públicas.
      Sei disso porque às vezes vem em conversa, nas vésperas das matrículas é uma correria ao centro de saúde...

      Às tantas é moda de dizer e não de fazer. O que, neste caso, são boas notícias.

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    3. Deixo-lhe o link para a reportagem da RTP:

      http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=748808&tm=8&layout=122&visual=61

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    4. Não tinha visto. Obrigada.
      Sinceramente custa-me a acreditar que a questão da não obrigatoriedade seja efectivamente verdade. O que lhe posso garantir é que o boletim de vacinas continua a ser pedido. Mas efectivamente não faço ideia do que acontece se alguém alegar quer escolheu não vacinar o filho. Eu achava que a inscrição seria recusada mas a reportagem parece dar a entender que não.
      (sei pelo pelos de alguns privados que não aceitam crianças sem vacinação em,dia, e podem fazê-lo visto serem privados, mas não sei o que acontece no público, caso os pais aleguem objecção...)

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    5. Como disse, já tenho feito essa pergunta várias vezes sem ter tido ainda uma resposta clara. Mas parece-me que no caso de certas escolas aceitarem crianças sem a vacinação em dia, deverão no mínimo informar todos os pais disso mesmo, uma vez que essa política põe em risco os seus filhos.

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    6. Isso estaria capaz de apostar que não fazem. É informação pessoal e particular da vida de cada criança, não pode ser divulgada sem a aceitação dos pais do visado. Tem a ver com privacidade de dados, aos quais todos teremos direito.
      (ainda hei-de perguntar como funciona isso, no público, se é ou não obrigatório, agora fiquei curiosa)
      E vi, na reportagem, uma mãe dizer que não vacinou porque as outras crianças estão vacinadas e, como tal, os riscos são diminutos. Gosto dessa lógica da batata...

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    7. Daí que me pareça cada vez mais urgente o debate: se eu tivesse filhos, gostaria de ser informada se na escola que frequentam existem crianças não vacinadas (por razões não médicas).

      p.s. há tempos li um artigo de uma mãe de um menino com leucemia (nos EUA), que não podia ir à escola, porque havia crianças não vacinadas e não podiam correr esse risco,

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    8. Acho que li qualquer coisa sobre isso, salvo erro aqui mesmo, não me lembro se em post ou comentário. Isso é ultrajante.
      Penso que, caso comece a haver cada vez mais pessoas a enveredar por esse caminho e as doenças comecem efectivamente a voltar, se acabem definitivamente essas liberdades "modernas". A liberdade de cada um acaba quando começa a pisar os calos ao próximo. Parece bastante simples...

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    9. Mas as doenças já estão a voltar: surtos de sarampo e tosse convulsa em países onde estavam praticamente erradicadas.

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    10. Verdade. Mas provavelmente não em nº suficiente para que a coisa seja preocupante. Nove mortos em França, devido a sarampo não deve ser assim muito preocupante. Infelizmente é assim que se funciona...

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  6. A vacinação não é obrigatória em PT (mas felizmente a maior parte dos pais julga que sim). Os boletins são pedidos porque assim a escola mantem os não vacinados debaixo de olho, e se tiverem sinais de doença são obrigados a ir de quarentena para casa, para protecção dos colegas.

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