20 de novembro de 2014

Eu explico, querida

Uma coisa é ter certezas sobre o que considero evoluções desejáveis para uma sociedade mais civilizada, e enfim, melhor. Outra é sobre o que as pessoas devem fazer dentro das suas casas e com os seus filhos. É aquela ceninha entre a esfera pública e privada, 'tá a ver?


15 comentários:

  1. Naaaaa, a esfera privada salta sempre para a pública. Quando me dizem "ah mas é que a mim", fico logo de cabelos em pé.

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  2. Não me apetece ir a "blogs da moda" só para ver do que trata, efectivamente. Mas deduzo o que se trata... Dentro de cada casa, cada um sabe de si, digo eu! Mas quem sou eu? Não me faltava mais nada, alguém vir mandar bocas sobre o que se passa na minha casa... isto não é a casa do big brother

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  3. Agora que descobri que quem julga abusivamente os outros sou eu, LOLE, queria dizer aqui, na caixa de comentários dozotro, que se alguém julgou abusivamente alguém não fui eu, que me limitei a adjetivar, no limite a qualificar, mas ainda assim.

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  4. nfelizmente, o que as pessoas fazem dentro de casa com os filhos, está altamente relacionado com as evoluções desejáveis para uma sociedade mais civilizada.
    (Vendo além de bolas de árvores de Natal, claro)

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    1. Sem dúvida, aliás não há nada mais importante que a educação e os valores que se transmite às crianças para que se dêem essas evoluções sociais.
      Acontece que, de facto, se falava de árvores de natal, e nesse âmbito - i.e. opções perfeitamente corriqueiras como as bolas de natal ou se vêem desenhos animados ou jogam computador - não me sinto no direito de ditar certezas e sentenças relativamente às opções individuais e pessoais de cada um relativamente à educação que dão aos filhos, coisa que vi fazer muito nos últimos dias em várias caixas de comentários.
      O facto de não ter filhos contribui ainda mais para que me imiscua de fazer esse tipo de juízos, que como se costuma dizer, pela boca morre o peixe, e eu sei lá o que me espera no futuro.

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    2. E, obviamente, quando falo na falta de certezas sobre as opções de cada um na sua esfera privada - todo aquele conceito de "consenting adults" -, não incluo violência doméstica, maus tratos ou abusos sexuais, ou seja, crimes no geral, como já foi insinuado.

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    3. A sério, Xaxia, a sério? Vamos meter no mesmo saco as opções de cada um quanto a decorações natalícias e casos em que a vida, saúde e bem-estar de pessoas, ainda mais menores, podem estar em causa? Haja um módico de vergonha. Parece aquela linha de argumentação de 'primeiro legalizam o aborto, qualquer dia legalizam o infanticídio'. Haja paciência e, acima de tudo, honestidade.

      Se as pessoas tirassem o nariz da panela da vizinha e vigiassem antes o seu refogado, isso é que era. É que o cheiro a esturro está a tornar-se insuportável.

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    4. Izzie...estava a tentar sair do tema árvore de Natal, mas parece que temos que ficar presas ao tópico.

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    5. Xaxia, acontece que o post - ou os posts - se referiam exacta e particularmente à questão das árvores de natal e às escolhas que cada um faz, dado que era isso que estava a ser discutido.

      Se quisermos debater noutros termos, e pegar noutros tópicos, poderemos fazê-lo, mas com noção de que estaremos a falar de coisas diferentes.

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    6. Xaxia, não vamos desconversar, boa?

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    7. Izzie...não tenho tempo para desconversar. Lamentavelmente, qualquer comentário que se faça, ainda que não passe de isso mesmo, um comentário, ou de uma opinião, que nem sequer expressa se concordo ou não com a Luna na questão das árvores de Natal, será sempre transformado num cavalo de batalha. Sairei pela porta por onde entrei. Sinceramente não vale a pena. Demasiada intransigência e ideias pré-concebidas, não em relação aos temas, mas sobretudo em relação às pessoas.

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    8. Luna... Não faltarão oportunidades, quem sabe depois do Natal?

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    9. Xaxia, não sou intransigente, simplesmente não quero entrar em discussões estéreis, é sexta feita, este ano - mais uma vez - não houve subsídio, e tive uma semana cheia de aturar malucos e maluquices. E acho que trazer para a discussão, que começou com o debate sobre a qualidade da educação dada a determinado filho por determinada blogger, e, por inerência, as qualidades parentais dessa blogger, tudo a propósito de um raio de uma árvore de Natal, trazer a essa discussão casos em que obviamente qualquer cidadão pode e deve meter o bedelho, enfim, é derivativo e pior, subentende que nós, ao defender o laisser faire laisser passer na educação de cada família também fazemos vista grossa ao que é grave.

      Vou dar um exemplo que acho que define a minha posição e postura na coisa. Um dia ia eu a pé a caminho de casa e vejo uma menina de uns dois anos a fazer birra no passeio, parada que nem uma mula teimosa. A uns 5 metros, a mãe dizia 'se não queres vir, não venhas, eu vou-me embora!'. A miúda entra num berreiro, fica no mesmo sítio, e a mãe, andor. Não fiz nada. Minto: atrasei o passo: a mãe estava quase a virar uma esquina, aquilo é uma rua de muito movimento, eu estava pertinho da criança e se lhe desse uma travadinha e corresse para a estrada eu podia segurá-la. E se ela ficasse em pânico ao perder a mãe de vista, eu podia dar-lhe a mão e dizer para ir ter com a mãe - antes que outra pessoa o fizesse. Antes de a mãe dobrar a esquina, a miúda mudou de ideias e correu para ela, e seguiram as duas.
      Ora se em certas circunstâncias não teria qualquer hesitação em intervir, como disse ali que o faria, nunca, por nunca, abordaria a mãe para lhe dizer que aquilo não se faz porque - cria uma angústia tremenda na criança, um sentimento de perda iminente fortíssimo; - há outra maneiras de resolver, nomeadamente perguntar e tentar perceber porque a criança faz tanta questão em não sair dali e, se a razão for só teimosia, negoceia-se e convence-se, nem que seja com um 'eu sou tua mãe e vens comigo, ponto final' - num segundo uma criança atira-se à estrada, ou vem um gabiru que a leva. Nunca o faria porque não me compete. Não conheço as razões daquela mãe, não conheço as suas circunstâncias, não convivo com aquela criança todos os dias, não tenho o direito de presumir saber qual a melhor forma de lidar com ela e ainda menos naquela situação. Pessoalmente, não concordo. Mas que sei eu? E que faria eu, se estivesse cansada, se a miúda já me tivesse armado umas quantas nesse dia? Aliás, a minha mãe fazia-me isto muitas vezes - eu era daquelas que parava a apanhar pedrinhas, flores, a olhar para as paredes.

      E pronto, acho que a diferença é notória, e se percebe que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, e estares a misturar alhos com bugalhos é estar a fazer comparações comparações sobre o incomparável.

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  5. Quando mandarem fazer as t-shirts "Team Luna", arranja-me aí uma em S, sff :)

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