5 de novembro de 2015

Eu explico

Não se troça de alguém que está manifestamente em sofrimento, independentemente de sofrer ou não de depressão, e de acharmos ou não o grau de sofrimento razoável. Aliás, preocupa-me mais a sanidade mental de quem acha normal gozar com o sofrimento alheio.

11 comentários:

  1. Tal e qual, até porque aquilo que aos nossos olhos poderá parecer ridículo, não o será de quem o sente na pele. Às vezes, mais tarde, até é ridículo também para quem o sentiu, mas até lá, foi sentido e vivido. E isso nunca deveria ser motivo de gozo. Enfim...

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    1. Eu nem sei o que é pior, se gozar, se justificar porque é que se pode e deve gozar.

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    2. eu acho que é pior a segunda. Porque até o gozar, de uma forma espontânea e impulsiva, eu sou capaz de entender, há pessoas assim, que não conseguem evitar ter sempre uma palavra gozona debaixo da língua. Agora virem depois racionalizar a gozação é que me parece doentio.

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    3. E justificar o gozo com o facto da pessoa ter respondido de forma menos simpática - esperavam o quê, agradecimentos? - com um "ah, lá porque tem depressão também não precisa de chamar coisas feias às pessoas fofinhas que só queriam dar azo à sua liberdade de expressão" ou pior, acharem que se alguém estivesse realmente mal nem sequer reagiria.

      (é engraçado que vejo frequentemente as mesmas pessoas que defendem o seu direito de opinar livremente sobre os outros, são geralmente quem mais se ofende quando os outros respondem de forma menos simpática)

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    4. Também há racionalização "posso gozar porque é público, e quem se expõe tem de aguentar as consequências".

      Sendo que aqui o "posso gozar" significa que não há qualquer barreira ao gozo, como se as preocupações normais fossem todas levantadas por obra e graça da exposição pública do comportamento gozável e se tornasse logo obrigatório aceitar tudo o que acontecesse a partir daí.

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    5. eu ontem choquei-me quando liguei a tv à tarde (eu agora às cinco da tarde estou em casa) e estava o joão baião na rtp 1 a fazer uma rábula precisamente sobre a "marta e o gato e o namorado".
      mas isto já chegou aqui?(pensei que era assunto inflamado só da blogo)
      depois é que me explicaram que é normal, nestes programas da tarde eles falam destes assuntos "cor-de-rosa" que aparecem no correio da manhã

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    6. A carta foi falada em diversos jornais, n sei se será por ai o ser abordada nesses programas.

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  2. Exatamente, a última frase. É bullying, puro e duro, e é uma tristeza. Cães que não largam o osso, medo.

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  3. Mas pq é q dizer q se considera absurdo comparar um animal a uma criança tem, automaticamente, de ser interpretado como gozo à dor.
    Eu acho normal q as pessoas sofram qd perdem animais. Estranho seria se n sentissem.
    Já estar a ler um texto, onde durante algum tempo julgava tratar-se de uma criança p depois perceber q era um gato...n acho normal. N me faz gozar com a dor da perda.
    Acho q tenho dto a uma opinião. E dizerem-me, ah estas a gozar com uma pessoa q tem problemas mentais. Wtf? Beg your pardon.
    Acho é q as pessoas assumiram coisas erradas.

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  4. Mas é tão mais fácil criticar os outros, como se não tivéssemos também telhados de vidro...

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  5. Se calhar nunca se riram de alguem que mandou um terno mesmo à vossa frente? Porra nao ha nada mais engracado do que um homo sapiens a baldar-se!

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