4 de abril de 2005
Equador
Aviso desde já que vou falar do livro e contar o fim, por isso quem não o tiver lido, e estiver a pensar vir a lê-lo, passe à frente este post.
Estou muito chateada com o Miguel Sousa Tavares.
Finalmente acabei o livro, 500 gramas de papel, seguindo atentamente as aventuras e desventuras do Luís Bernardo por terras de S. Tomé e Príncipe, a sua paixão assolapada por Ann, mulher de David, e o gajo mata-se no fim?
Depois de quase 500 páginas, imaginando mil e um desfechos, descubro que a puta da Ann é uma ninfomaníaca: "Amo-te muito, blá blá blá, luta pelo meu amor blá blá blá" e outras tretas romântico-nogentas para depois meter os cornos ao marido e ao amante com o preto Gabriel, levando ao acto desesperado do suicídio do protagonista com um tiro no coração, sem sequer dar uns amassos na Doroteia!
Confesso que é uma desilusão. Sou assumidamente burguesinha neste aspecto, gosto de finais felizes. Ou seja, onde não é suposto que o nosso herói morra! Miguel, da próxima, pensa noutras últimas 3 páginas tá?
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começaste agora a ler?
ResponderEliminarporque carga de água é que publicas primeiro a imagem e só depois o texto??? hum??? já viste o raio de comentário que ficou ali em cima???
ResponderEliminarfico piurso com estes erros logísticos...
agora sobre o livro e esse comentário à laia de histórinha da carochinha... o Zé Bernardo era um tótó(falo por experiencia própria)... apaixonou-se pela mulher de outro e acreditou que ela podia largá-lo pa viver com ele... ahahah... só mm em contos de fadas...
outro facto histórico-científico-social... não se deve alterar os acontecimentos de um habitat, porque as repercursões poderão ser catastróficas... mesmo tratando-se de um habitat social... se o gajo não andasse armado em cão com pulgas lá com os otários dos fazendeiros da ilha e não tivesse salvo o Gabirú, a esta altura já tinha 100 e tal anos e ainda andava a pinar tanto com a Ann como com a Doroteia... tss tss... resumindo, acho que trata-se de um grande romance a relatar o início do Séc.XX mas, para sempre, contemporâneo.
Porque não dá para publicar os dois ao mesmo tempo, e dá menos trabalho enviar a foto e depois acrecentar o texto que vice-versa.
ResponderEliminarApesar de ter ficado irritada com o fim, gostei muito do livro até às últimas 3 páginas. Quem sai aos seus não degenera, e o Miguel Sousa Tavares provou ser mais que um enfant terrible. ;)
Gostei muito do livro também pelo trabalho de pesquisa que foi feito o que possibilitou a redacção de alguns factos reais que, a meu ver, dão outra ênfase ao livro. Curiosamente, vi o Sr.Miguel na sexta à noite no Bairro... eheheh... muito alto... e parecia que tava com uma broa do caraças(com todo o respeito) eheheh
ResponderEliminarConcordo contigo, logo no seu primeiro romance demonstrou muita maturidade.
Nunca li o filho da D. Sophia. Nem vou ler.
ResponderEliminarA verdade é que não há tempo para ler tudo e é necessário fazer escolhas. E as minhas prioridades dificilmente passariam pelo filho da D. Sophia.
E sou assumidamente preconceituoso.
Evidentemente, cada qual escolhe consoante as suas preferências, mas o romance surpreende. Até o meu pai, que é muito esquisito e nunca gosta de nada, gostou. E apesar de ter sido muito vendido, não tem o tom comercial de um Codigo Da Vinci.
ResponderEliminarÉ pá, como é que é possível? Esse livro é miserável! Tanto livro bom no mundo e tu vais ler o Miguel? Claro que só te podias desiludir.
ResponderEliminarLê antes a mãe, ganhas mais e não ficas com a sensação de perda de tempo (afinal ainda são algumas horitas a lê-lo)!
Mas em relação aos finais: eu curto mesmo é aquele género de livro em que o autor dá dois finais possíveis. Agora parece que está na moda.
A única vez que li isso foi no «Jaime Bunda e a Morte do Americano» do Pepetela. Achei piada, confesso, mas não preciso de repetir.
2º Conselho ao Miguel: Miguel pensa um bocadinho antes de escrever qualquer livro. Fica-te pelo Público que já não é nada mau.
Bem, as opiniões dividem-se. Eu realmente gostei do livro, mas não será do agrado de todos, obviamente.
ResponderEliminarAgora tou no do Chico.
Buarque?
ResponderEliminarE assim se prova que para bom entendedor...
ResponderEliminar;)
meio nome basta... ó blackmarrow, precisas é de ler o livro do Rui Zink... já não vais é a tempo da votação do final... : P
ResponderEliminarBlackmarrow... por acaso chegaste a ler o livro???
ResponderEliminarSabem lá a minha vida... eu e minha crise da leitura existencial.
ResponderEliminarTenho um problema enorme com o qual não sei lidar (já tentei sessões, mas nada...) Quando começo a ler um livro, por mais merdoso que seja, não consigo deixá-lo a meio. É uma obsessão. Tenho que o ler até ao fim para poder dizer bastante mal dele.
Então, não é que agora me deu para ler um livro infantil? «Coração» do E. Amicis, vejam lá. até parece que estou a ver os desenhos animados do Marco. E convenhamos que o Marco já não faz muito sentido na era em que vivemos. Então ali ando a moer as 200 páginas, a moer, a moer... sem sair da cepa torta, mas incapaz de pegar noutra merda qualquer.
De maneira que o Rui vai ter que me desculpar! não vou ler para já o livro dele! nem nos tempos mais próximos. Entretanto, o Lobo Antunes olha para mim todas as noites e eu para ele e digo-lhe «É pá, espera um coche que o Amicis tá a dar cabo de mim».
É uma saga...
Perdi-me. Qual deles?
ResponderEliminarAntes queria ter uma hérnia do que ler o Zink ou o filho da D. Sophia.
ResponderEliminarE deixo livros a meio. Alguns nunca mais lhes vou pegar, como «A enciclopédia dos mortos» do Danilo Kis. Outros estão apenas à espera.
E sou mesmo muito preconceituoso: raramente leio mulheres e escritores não-europeus. Mas os que leio são e serão sempre meus amigos fiéis. Acho que vou colocar um post sobre o tema.
Não li o livro do Zink, e uma vez que não está nas imediações do meu quarto nem o tenciono comprar, terão que mo oferecer para pegar nele.
ResponderEliminarTenho alguns livros na mesa de cabeceira a espera que lhes volte a pegar. Não gosto de deixar livros a meio, e por não tenho coragem de os pôr de parte e arrumar definitivamente, deixo-os ali a espera, sabendo que possivelmente não lhes pegarei mais.
Não sou preconceituosa, começo a ler, e ou gosto ou não gosto. Felizmente tenho uma vasta biblioteca em casa, coleccionada pelos meus pais e enriquecida com a herança do meu avô, tenho muito por onde escolher. Gosto de mulheres escritoras, e é de uma mulher um dos meus livros preferidos "O Deus das pequenas coisas".
epa... eu cheguei a comprar esse livro... da Arundhati Roy... né??? vendi-o uma semana depois qd reparei que trazia lá uma foto da autora... eu pensava que era um gajo... sofro de um certo preconceituísmo danado (comó Vampire)... não leio livros escritos por Mulheres... já tentei... mas não consegui...
ResponderEliminaro que li do Zink foi "os Surfistas" agora tá a apanhar pó... lá ao pé dos outros do Paul Auster...
Parece-me que o Blackmarrow já leu "O Deus das pequenas coisas". Eu tenho-o lá em casa, num canto qualquer de uma prateleira, mas provavelmente nunca o vou ler.
ResponderEliminarNão, não li... mas acho que anda lá por casa sim sr.
ResponderEliminarO problema é que eu compro livros a um ritmo maior do que aquele que consigo ler. Ontem, lá acabei finalmente a saga do Marco e da busca da Mãe na Argentina. Mas ainda me faltam 3 ou 4 capítulos para acabar a merda do livro.
Mas não tenho preconceito em relação às mulheres: já li boas e já li más, mas isso também em relação aos gajos.
ResponderEliminarO que há, é bons e maus escritores ponto
Mas eu gosto dos vossos preconceitos e taras, faz de vós seres especiais, como o M.
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