13 de junho de 2005
Álvaro Cunhal
Álvaro Cunhal
Uma figura controversa e incontornável.
Tanto para os seus seguidores como opositores.
Um lutador de causas e ideais. Concorde-se ou não.
Alguém que o dinheiro nunca comprou.
O Adeus ao homem, ao político, ao ensaista e ao artista plástico.
Nos seus anos de cativeiro encheu telas a lápis, como única forma de expressão que lhe era permitida. Assim nasceram os desenhos que desde sempre me lembro de olhar, nas paredes da minha sala.
Um lado mais desconhecido, mas verdadeiramente admirável.
*Os desenhos conhecidos de Álvaro Cunhal são os "Desenhos da Prisão", publicados em álbum, em Dezembro de 1975, pela Editorial Avante!. Esta publicação foi uma iniciativa do PCP e teve como objectivo a recolha de fundos.
Os desenhos são feitos a lápis sobre papel e foram executados entre 1951 e 1959, numa cela da Penitenciária de Lisboa, onde passou oito anos em total isolamento, e no Forte de Peniche, de onde se evadiu em Janeiro de 1960.
Durante cerca de dois anos (1949-1951) não teve acesso a qualquer material de escrita ou de desenho, mas em 1951 passou a ser autorizado a receber papel e lápis. Para efeitos de controle, o papel era numerado folha a folha e assinado pelo chefe dos guardas da Penitenciária de Lisboa - Lino -, pelo que há alguns desenhos em que se pode ver uma assinatura, que não é do autor dos desenhos, mas do tal Lino.
(ler mais aqui)
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Sempre adorei os desenhos... acho que falam por si, bem como os livros, e o conceito de liberdade ;)
ResponderEliminarNunca li nada do Manuel Tiago, mas também passei a minha adolescência a contemplar réplicas da obra plástica de Cunhal. Sem dúvida,os corpos deformados do trabalhador, recriados a lápis, mostram com intensidade a luta pela sobrevivência no Portugal de 50 e 60.
ResponderEliminarJá não se fazem portugueses assim!!
ResponderEliminarPor todas as razões, é um homem que fica para a historia contemporânea de Portugal. E é num contexto historico que a sua vida deve ser analisada.
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