Hoje disseram-me que andava estranha. E talvez ela tenha razão. Conhece-me bem, possivelmente tem. Isto fez-me pensar na minha vida e nas possíveis razões para não andar por aí a saltitar de felicidade com o melhor humor do mundo e muita vontade de ser simpática e sorridente e querer espalhar amor pelo mundo: a perda da minha mãe e com ela a minha melhor amiga, que apesar de já não ser aquela dor aguda permanece ainda a sensação de perda irreparável; a inexistência de vida sentimental, fechada para obras desde os olhos azuis e não mandar uma queca há mais de ... - nem pensem que vou dizer há quanto tempo, era o que faltava* - e a tão agitada vida social dos bons velhos tempos ter praticamente desaparecido também não ajuda... No fundo é uma sensação de solidão que se entranhou, e estranha-se, ó se se estranha...
*claro que os chatos do costume vão perguntar e por isso vou tirar os comentários, sorry ao pessoal normal que sabe ler sem invadir, mas vai ter de ser