29 de dezembro de 2006

Balanço

Já que anda tudo numa de fazer o balanço do ano que termina, não vou ser eu que vou ficar atrás. Devo dizer que o ano que passou foi uma bela merda, não no sentido de ter sido muito mau, que nisso no pódio mantém-se 2005 sem concorrência à vista como o pior ano da minha vida, mas por não se destacar por nada. Não aconteceu nada de relevante, nem de muito bom, nem de muito mau, e arrisco-me mesmo a dizer que nem assim-assim. Foi portanto um ano neutro, merdoso, na cepa torta, que não atou nem desatou, não fodeu nem saiu de cima. Não encontrei o homem da minha vida, não me apaixonei – ai, e que saudades tenho eu de me apaixonar -, não acabei o mestrado nem comecei a escrever a tese – começo em Janeiro, I promise -, não publiquei, não fiquei famosa, não ganhei o euromilhões se bem que também não joguei, não cresci, não emagreci 3 quilos, não consegui ler Dostoievsky, não fodi.
Enfim, tirando a viagem à Rússia e o concerto do Chico Buarque, um ano para não lembrar.

6 comentários:

  1. For what is worth,

    Mas foi o ano em que descobri as horas perdidas e o ano em que o blog se tornou um vício diário. Por isso, obrigado e faço votos que 2007 seja um ano cheio depois da bonança de 2006.
    Até breve

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  2. Portanto, não foi bom nem mau, foi uma grande merda, né?! Mas agarra-te à memória das infindáveis catedrais russas e do facto de poucas pessoas poderem dizer que conhecem os santinhos de leste todos... Não é para qualquer um!

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  3. É tramado fazer o balanço e apercebermo-nos que afinal... afinal as coisas não aconteceram e não aconteceram daquela forma poética, harmoniosa, equilibrada... que faz de nós seres um pouco mais bonitos interiormente.

    O importante, mas importantíssimo é não sentirmos que foi um ano mau, mas aquele Mau que deixa marcas e muitas delas levam tempo demasiado para deixarem de se fazer sentir.

    Importante, mas mesmo importante é fazer da viagem à Russia e do concerto do Chique Boarque algo de gratificante, empreendedor... e o resto virá por acréscimo.

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  4. Buarque!!!
    Zeus!
    Bu-ar-que

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  5. Para ti que dás importância a isso; ainda vais a tempo de te apaixonar. ;-)
    Hoje só é dia 29...

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  6. Deixa-me ser quase poética e usar um pouco dos meus conhecimentos... Sabes quando entre maré baixa e maré alta há um período em que não se passa nada? Não há correntes, não há vento... a vantagem??? A água fica claríssima, no mergulho é óptimo, dá para ver claramente TUDO.... depois voltam as correntes, as ondas, o vento, as corridas, as águas turvas! :p

    Bom ano! Boa maré alta!


    P.S.- estes factos são válidos para dias normais... não aplicável em dias de tempestade e mau tempo!

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